Boletim semanal do boi gordo (IMEA)
Atualizada dia 10 dez 24
CUIABÁ - Em nov/24, Mato Grosso exportou 71,72 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) de proteína bovina, queda de 10,17% ante out/24 (Secex). Apesar do recuo mensal, o volume é o segundo maior já registrado para a série histórica e o maior para o mês de novembro. Com isso, no acumulado de janeiro a novembro, as exportações de carne bovina em 2024 já acumulam 700,52 mil TECs, com Mato Grosso atingindo um novo recorde de volume exportado na mesma parcial.
Esse cenário é reflexo da alta demanda por parte de outros países além da China, como os Emirados Árabes e Estados Unidos, que têm ampliado consideravelmente seus volumes de compra. Para se ter ideia, em 2024, o volume importado por esses dois países foi 2,11 e 1,49 vezes maior, respectivamente, quando comparado aos registros de 2023.
RECUO: com a demanda local retraída, o boi gordo a prazo em Mato Grosso apresentou baixa semanal de 4,33% e ficou cotado em média a R$ 308,88/arroba.
CAIU: na última semana, o boi magro de 12@ acompanhou o ritmo de queda do boi gordo e exibiu recuo semanal de 1,43%, cotado em média a R$ 345,00/@.
DIMINUIU: com a menor demanda interna, a carcaça casada do boi no estado apresentou desvalorização semanal de 2,43% e ficou precificada a R$ 22,73/kg.
Volume de bovinos abatidos cai 6,10% em nov/24
Depois de sete meses consecutivos com abates de bovinos superiores a 600 mil cabeças, em nov/24, volume no estado recuou para 588,93 mil, redução de 6,10% em relação ao mês anterior (Indea). Os principais responsáveis por essa diminuição foram os machos, cujo número de animais enviados para as indústrias foram 12,64% inferior ao de out/24, somando 351,91 mil bovinos, o menor nível desde jun/24. Já as fêmeas somaram 237,02 mil cabeças no período.
Apesar da redução mensal, quando analisado o acumulado de 2024 (de janeiro a novembro), o total de bovinos enviados para o gancho atingiu 6,84 milhões de cabeças, estabelecendo um novo recorde histórico. Esse valor representa acrescimo de 672,80 mil animais em relação ao consolidado de 2023, que detinha o recorde anterior, que era de 6,16 milhões de bovinos.
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Atualizada dia 26 nov 24
CUIABÁ - Em set/24, marcou-se o início do movimento de alta nos preços do boi gordo na maior parte dos estados brasileiros. Assim, na parcial nov/24 (até 22/11), o preço do boi gordo matogrossense ficou na média de R$ 305,61/@ (valor a prazo e livre de Funrural, Imea), o que representou alta de 13,70% no comparativo mensal. Já a arroba paulista a prazo ficou cotada a R$ 337,04/@ (Cepea), acréscimo de 10,90% no mesmo período.
A maior valorização em Mato Grosso em relação a São Paulo resultou no encurtamento do diferencial de base entre os estados, que ficou na média de -9,33%, queda de 2,24 p.p. ante out/24. Essa valorização do boi gordo nas praças se deve à demanda aquecida, tanto interna quanto internacional, pela proteína bovina. Para ilustrar, o Brasil atingiu um novo recorde no volume exportado, totalizando 2,86 milhões toneladas equivalentes carcaça (acumulado de jan/24 até out/24).
VALORIZOU: com a demanda aquecida em Mato Grosso, o boi gordo a prazo exibiu alta semanal de 1,31% e ficou cotado em média a R$ 314,97/arroba.
ALTA: em Mato Grosso, a maior demanda pela bezerra de 6@ incentivou uma valorização semanal de 3,00% e ficou cotada em média a R$ 10,30/kg.
INCREMENTO: o boi magro acompanhou o movimento de alta do boi gordo no estado e ficou cotado em média a R$ 348,50/@, com uma leve alta de 0,14%.
Carcaça casada do boi atingiu o maior preço da série histórica
Em nov/24 (até 22/11), a arroba do boi gordo já acumulou valorização de 39,67% ante set/24 (mês que iniciou o movimento de alta do indicador). Esse aumento foi impulsionado pela demanda aquecida pela proteína vermelha, tanto interna quanto externa, que superou a oferta de animais. Dessa maneira, com o bom escoamento da carne bovina em Mato Grosso, as indústrias conseguiram repassar a alta do custo da aquisição do boi gordo para o atacado.
Assim, em nov/24, a carcaça casada valorizou 32,41% no mesmo comparativo e atingiu o maior valor do indicador na série histórica, cotado a R$ 22,64/kg. A maior alta do boi gordo em relação ao atacado encurtou a diferença entre o valor de venda da carcaça casada e a arroba do boi gordo, que ficou em 9,99% no período. Por fim, a tendência para o próximo mês é que a demanda pela proteína vermelha continue aquecida em função das festividades do final de ano e do maior poder aquisitivo da população, fatores que aumentam o consumo de carne.
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Atualizada dia 12 nov 24
CUIABÁ - Em out/24, foram enviadas 627,18 mil cabeças bovinas para abate em Mato Grosso (Indea). Apesar do recuo de 3,07% no comparativo mensal, o número total de abates de janeiro a outubro de 2024 alcançou novo recorde, superando o volume total de bovinos abatidos em 2023, com 6,24 milhões de cabeças até o momento. Esse movimento de alta foi incentivado pelo maior número de machos abatidos durante o período.
Em out/24, o volume de machos abatidos foi o segundo maior de toda a série histórica, com total de 402,81 mil cabeças, e participação de 64,23% no volume geral. Esse cenário foi reflexo da alta quantidade de machos nos confinamentos, que resultou na maior oferta estadual, mas não impactou nos preços do boi gordo em virtude da demanda aquecida pela proteína vermelha.
INCREMENTO: com a maior demanda pelo gado gordo em Mato Grosso, o boi gordo a prazo exibiu alta semanal de 1,78% e ficou cotado em média a R$ 307,27/arroba.
ENCURTOU: as escalas de abate em Mato Grosso mantiveram-se reduzidas na última semana e ficaram na média de 6,79 dias úteis, com queda semanal de 10,36%.
ALTA: com a forte demanda estadual, o preço da carcaça casada do boi apresentou incremento semanal de 4,96% e ficou cotada a R$ 22,57/kg.
Em out/24, as exportações de carne bovina matogrossense atingiram novos recordes
Nesse período, Mato Grosso exportou o maior volume mensal já registrado na história do estado, com 79,83 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) enviadas para o exterior (Secex). Assim, quando analisado o acumulado de jan/24 até out/24, já foram exportadas 628,84 mil TEC. Com isso, o estado superou o recorde anterior de 605,35 mil TEC, alcançado em 2022. No entanto, apesar do volume recorde, quando comparada a receita de 2022 com a de 2024 é possível observar uma redução de 20,60%.
A retração é resultado do menor preço médio da tonelada, que ficou em US$ 3.468,20/t na parcial de 2024. Ainda, a China continua sendo a principal compradora da carne bovina de MT, com participação de 42,20% neste ano. Em seguida, Emirados Árabes (9,92%) e o Egito (5,02%) no mesmo período. Além disso, esse cenário de maior demanda pela proteína mato-grossense, tem superado a alta oferta de animais no estado, sendo um fator positivo para os preços do boi gordo no estado.
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Atualizada dia 29 out 24
CUIABÁ - Na parcial de out/24 (até 25/10), o boi gordo em MT ficou precificado a R$ 262,87/@ (Imea), com alta de 20,71% no comparativo mensal, enquanto em SP foi a R$ 300,62/@ (Cepea), incremento de 16,71% no mesmo período (ambas as cotações a prazo e livre de Funrural). Desse modo, o diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo ficou em -12,57%, retração de 2,90 p.p. ante set/24.
Essa redução no indicador foi reflexo da maior valorização da arroba mato-grossense em relação à arroba paulista. Para ilustrar, embora a média estadual tenha ficado em R$ 293,40/@ na última semana de out/24 (21/10 a 25/10), em regiões como a Centro-Sul, a cotação atingiu os R$ 300,87/@. Ademais, dada a expectativa de menor oferta de gado pronto para o abate, é esperado que os preços se mantenham firmes nas próximas semanas em MT.
VALORIZOU: na última semana, o boi gordo a prazo ficou cotado em média a R$ 293,40/@, alta de 6,81% no comparativo semanal, reflexo da menor oferta e maior demanda no estado.
RECUO: apesar da queda semanal de 0,80% da carcaça casada do boi, os preços seguiram acima do praticado nos últimos meses e fecharam na média de R$ 20,67/kg.
INCREMENTO: a cotação do boi magro de 12@ exibiu acréscimo de 4,49% ante a semana anterior e ficou em média a R$ 310,02/@ em Mato Grosso.{
O movimento de alta nos preços do boi gordo continua?
Em set/24, a cotação do boi gordo iniciou a valorização e quebrou a barreira de resistência em que se encontrava. Assim, em out/24 a alta no indicador se intensificou, com ganho de R$ 60,47/@ em relação ao mesmo período de out/23. Com isso, em 25/10 o indicador encerrou o dia rompendo a barreira dos R$ 300,00/@ em algumas praças do estado. Desse modo, o boi mato-grossense apresentou uma valorização mais intensa do que em SP, visto que a arroba paulista teve ganho de R$ 59,37/@ no mesmo comparativo e a média mensal (até 25/10) foi de R$ 299,77/@.
Ainda, em alguns momentos o preço do mercado físico foi maior que as cotações no mercado futuro. Contudo, os contratos de novembro/24 e dezembro/24 apresentaram valorização de 13,49% e 11,85%, respectivamente, no último mês. Por fim, um ponto de atenção no médio prazo é na oferta do gado de pasto e de fêmeas não emprenhadas da estação de monta, que pode influenciar os preços do boi.
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Atualizada dia 15 out 24
CUIABÁ - Em set/24 as exportações de carne bovina mato-grossense mantiveram-se em altos patamares. Foram exportadas 66,84 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC), alta de 1,70% ante o mês passado. Esse foi o 4º maior volume já registrado na série histórica, e recorde para setembro, impulsionado pela forte demanda de países como a China, Estados Unidos e Filipinas, que juntos somaram 59,96% do total exportado em set/24.
Além disso, no acumulado de jan/24 a set/24, as exportações somaram 549,00 mil TECs, incremento de 26,16% ante o mesmo período do ano anterior. Com as exportações mantendo o mesmo ritmo dos embarques mensais nos últimos três meses, 2024 se encaminha para superar 650 mil TECs embarcadas. A alta demanda internacional, durante este ano, exerceu um papel importante na sustentação dos preços da proteína ao longo da cadeia produtiva.
VALORIZAÇÃO: o boi gordo a prazo em Mato Grosso ficou cotado em média a R$ 257,58/@, com incremento de 10,04%, ganhando praticamente R$ 14,29/@ ao longo da semana.
ALTA: Na última semana, após atingir a maior cotação desde jan/23 (R$280,32/@), o boi magro (12@) continua com tendência de alta, reflexo da alta nos preços do boi gordo.
INCREMENTO: o preço da carcaça casada do boi registrou acréscimo semanal de 5,45% e, ficou cotado a R$ 19,33/kg, incentivado pela valorização da arroba e maior demanda.
Alto volume de animais abatidos impulsiona o VBP da pecuária em 16,58%
Conforme a 4ª projeção do Imea, o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) de MT para 2024 da pecuária (bovinocultura de corte, aves, suínos e leite) está projetado em R$ 33,26 bilhões, alta de 16,58% em relação a 2023. O principal responsável pelo avanço na produção do setor é a bovinocultura de corte (cadeia com maior participação no VBP da pecuária, 83,24% de toda a receita gerada) que está estimado em R$ 27,69 bilhões, acréscimo de 17,53% ante 2023.
Esse aumento foi proporcionado pela crescente produção de carne bovina, resultado do elevado volume de animais abatidos no estado. Para ilustrar, os abates de janeiro/24 a setembro/24 já somaram 5,62 milhões de cabeças, ao passo que a média para o período é de 3,76 milhões de animais. Desse modo, em 2024, o estado pode superar o volume de 6,16 milhões de cabeças abatidas, o que justifica o recorde estimado para o VBP da bovinocultura de corte neste ano.
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Atualizada dia 01 out 24
CUIABÁ - Segundo a Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM-IBGE), o rebanho bovino brasileiro foi de 238,63 milhões de cabeças em 2023, aumento de 1,61% ante 2022. Esse crescimento nacional foi impulsionado, principalmente, pelos estados do Paraná, Bahia e Maranhão, cujos rebanhos aumentaram em 822,73 mil, 764,47 mil e 700,48 mil cabeças, respectivamente, em comparação com 2022. Mato Grosso manteve o maior contingente do país, apesar de uma redução de 252,31 mil cabeças (-0,74%) em relação a 2022, devido ao alto volume de animais enviados para abate no período, especialmente fêmeas, cujos envios foram 40,57% superiores ao ano anterior.
Entre os municípios, São Félix do Xingu (Pará), apesar da retração de 2,80% em relação a 2022, mais uma vez liderou o ranking municipal de efetivo bovino, com um total de 2,45 milhões de cabeças. De Mato Grosso, apenas Cáceres esteve entre os cinco maiores municípios do Brasil, ocupando a 4ª posição, com 1,40 milhão de cabeças – equivalente a 4,12% do rebanho do estado.
ALTA: com a menor oferta de fêmeas no estado, o preço da vaca gorda à vista em Mato Grosso ficou em R$ 206,23/@, com alta de 1,55% em relação à última semana.
VALORIZOU: a maior demanda pela proteína vermelha proporcionou aumento de 1,12% no comparativo semanal do preço do dianteiro com osso do boi, sendo cotado a R$ 15,07/kg.
INCREMENTO: a cotação do bezerro de 7@ permaneceu no mesmo ritmo de valorização da última semana e exibiu alta de 0,77%, sendo cotado em média a R$ 9,27/kg.
Em setembro, o boi gordo registrou o maior preço
A arroba ficou precificada a R$ 215,73 (até 27/09), com ganho de R$ 10,01/@ ante ago/24, sendo a maior cotação que o boi atingiu nesse ano (janeiro a setembro). Tal cenário, foi resultado da menor participação de vacas no abates totais, aliado a boa demanda interna e externa pela proteína. Além disso, o preço de set/24 foi 16,24% maior que a cotação de set/23, a qual atingiu o “fundo do poço” dos últimos anos, visto que foi o menor patamar de preço desde jun/19.
Ainda, mesmo com a maior valorização do boi em set/24, os preços nos meses anteriores praticamente vinham andando de lado, visto que a média de ganhos mensais entre janeiro e setembro ficou em R$ 3,25/@, sendo esse um cenário típico de anos de transição do ciclo pecuário. Por fim, apesar dos abates totais ainda estarem em altos patamares, a redução na participação de vacas tem sido um fator positivo para os preços do boi no estado, tanto que os preços no mercado futuro apontam para valorizações no 4º trim./24.
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Atualizada dia 17 set 24
CUIABÁ - Segundo o IBGE, Mato Grosso produziu 949,58 mil toneladas de carne bovina no 1º semestre/24, maior volume de proteína vermelha alcançado pelo estado em um semestre, exibindo alta de 26,54% ante o 1º semestre/23. Esse cenário de aumento na produção é resultado do elevado número de bovinos abatidos, principalmente, vacas e novilhas.
Durante o 1º semestre/24, foram encaminhadas 3,54 milhões de cabeças para as indústrias, recorde no volume de animais abatidos para o período. Assim, a participação de fêmeas no 1º semestre/24 apresentou alta de 5,46 p.p. em relação ao mesmo período do ano passado, com participação média de 52,14%. No entanto, a maior participação de fêmeas nos abates, as quais possuem um menor ganho de carcaça, resultou em queda de 1,08% no rendimento de carcaça em relação ao período anterior e a média no estado ficou em 17,87 @/cabeça.
VALORIZAÇÃO: com a menor oferta de fêmeas no estado, a cotação da vaca gorda a prazo apresentou incremento de 1,60% no comparativo semanal e ficou precificada a R$ 205,04/arroba;
INCREMENTO: na última semana, o dianteiro com osso da vaca ficou cotado a R$ 13,29/kg, alta de 2,42% ante a semana anterior, pautada pela maior demanda durante o período.
AUMENTOU: a cotação do bezerro de 12 meses (7@) em Mato Grosso apresentou valorização semanal de 0,77% e ficou em R$ 9,13/kg, devido a menor oferta no mercado.
Produção da proteína bovina no Brasil deve aumentar 3,65% ante 2023.
Estima-se que o Brasil atinja o recorde de 11,35 milhões de toneladas de carne bovina em 2024 (USDA), aumento de 3,65% em relação a 2023, que era de 10,95 milhões de toneladas. A projeção considera o alto volume de animais abatidos no país e uma demanda sólida pela proteína vermelha. Para ilustrar, espera-se que a exportação brasileira alcance 3,30 milhões de toneladas de carne bovina enviadas para o exterior, sendo o maior volume já estimado para o país e mantendo o Brasil como o maior exportador global da proteína.
Em contrapartida, os EUA, como uns dos principais “players” na produção de carne, devem reduzir 1,17% ante 2023. Por outro lado, a Austrália tem uma perspectiva de alta na produção e na exportação de 11,06% e 14,74%, respectivamente, no mesmo comparativo, o que pode influenciar diretamente as exportações brasileiras, uma vez que o país é o segundo maior exportador mundial.
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Atualizada dia 20 ago 24
CUIABÁ - Na primeira quinzena de ago/24, o diferencial de base entre as cotações do boi em Mato Grosso e em São Paulo atingiu -12,22%, com variação de -0,92 p.p. em relação ao acumulado do mês de jul/24. O alongamento no indicador foi resultado da maior valorização da arroba em São Paulo em relação ao Mato Grosso. Desse modo, o preço do boi gordo a prazo em MT ficou cotado em média a R$ 206,71/@ na parcial de ago/24 (Imea), e exibiu alta de 0,74% em relação ao último mês.
Já em São Paulo, a valorização foi mais intensa, e ficou na média de R$ 235,49/@ (Cepea), com alta de 1,79% para o mesmo comparativo (ambas cotações a prazo e livre de impostos). É importante ressaltar que a perspectiva de alta no volume de gado confinado por ser um fator que contraponha a redução na oferta de gado de pasto, limitando a alta nos preços do boi gordo em Mato Grosso.
VALORIZAÇÃO: com a diminuição da oferta de fêmeas no estado, a cotação da vaca gorda à vista, exibiu alta no comparativo semanal de 0,30% e ficou precificada a R$ 188,55/arroba.
INCREMENTO: a cotação do bezerro de 12 meses exibiu valorização semanal de 1,17% e ficou cotado a R$ 9,05/kg. Vale ressaltar que esse é o maior valor precificado desde jul/23.
ALTA: em Mato Grosso, a maior oferta de machos durante o período incentivou o alongamento das escalas de abate no estado, ficando na média de 10,94 dias úteis.
Rrebanho confinado em 2024 pode ser 20,61% maior que em abr/24
Ao longo de 2024, é esperado que sejam confinados 874,31 mil animais no estado, aumento de 20,61% ante o volume de abr/24 e avanço de 57,48% quando comparado ao consolidado de 2023. Vale destacar que a maior parte do rebanho confinado está concentrado em confinamentos de grande porte, com 67,86% do volume total. Já os custos com a atividade se mantiveram praticamente estáveis quando comparados aos do 1º levantamento deste ano, com redução de R$ 0,47/@ no comparativo.
Assim, a média da diária confinada em jul/24 foi de R$ 11,75/@. Outro destaque foi a alta na adoção aos mecanismos de proteção de preços pelos confinadores, que atingiu o maior percentual de todos os levantamentos realizados pelo Imea, com o total de 49,26% dos entrevistados. Isso se deve às incertezas deste ano, devido à transição do ciclo pecuário, o que evidencia uma maior cautela por parte dos pecuaristas, diante da necessidade de reduzir os riscos do mercado.
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Atualizada dia 06 ago 24
CUIABÁ - Desde maio/24, o preço do bezerro tem apresentado resistência em Mato Grosso, sendo cotado em torno de R$ 9,00/kg desde então. Ao longo do ano, essa categoria apresentou recuperação de 5,89% (comparando o preço de 01/08 com a média de jan/24). Essa alta na reposição contrasta com a redução de 1,06% nos preços do boi gordo no mesmo comparativo.
O aumento nos preços de reposição frente aos do gado gordo resultou no alongamento do ágio do bezerro em Mato Grosso, que fechou julho/24 com média de 30,77%, ante o ágio de 23,00% de jan/24. Com isso, a tendência é que o ágio da reposição continue em busca de maiores patamares no longo prazo, tendo em vista que a oferta de bezerros este ano pode estar menor, uma vez que a desmama deste ano é oriunda da estação de monta de 2022, período em que se iniciou o movimento de abate de matrizes.
VALORIZOU: com a maior procura pela categoria para o 2º giro de confinamento em MT, o boi magro (12@) encerrou a última semana com média de R$ 228,05/@, alta de 1,36%.
LATERALIZADO: o boi gordo à prazo apresentou ajuste semanal de +0,16%, e foi cotado a R$ 209,21/@. A menor oferta de fêmeas contribuiu com o ajuste positivo no indicador.
QUEDA: com a menor demanda na segunda quinzena do mês, a carcaça casada do boi recuou 0,86% no último comparativo semanal, precificada a R$ 15,30/kg.
Preços da vaca gorda invertem movimento de queda e indicam sinal de transição do ciclo pecuário em MT
Mesmo com os abates de fêmeas atingindo máximas históricas, a intensidade da desvalorização nos preços da vaca gorda ao longo de 2024 tem reduzido. Na última semana (30ª), a vaca gorda à vista foi cotada a R$ 187,71/@, ganho de R$ 0,48/@ em relação ao preço médio da segunda semana do ano. Em 2023, no mesmo comparativo, a arroba da vaca gorda havia desvalorizado R$ 58,07.
Quando comparada a média do indicador na 30ª semana de 2024 com a mesma semana de 2023, o indicador apresentou ganho de 3,07%. Essa foi a maior (e praticamente a única) valorização anual para uma semana desde o início de 2022, quando os preços da vaca gorda começaram o movimento de queda. Esse movimento reflete que a oferta de fêmeas já começa a recuar, não suprindo a demanda, o que deve se intensificar ao longo dos próximos meses, com a aproximação da estação de monta.
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Atualizada dia 23 jul 24
CUIABÁ - O projeto ACAPA-MT¹ divulgou o relatório dos custos de produção agropecuária em MT referente ao 2º trimestre/24. O custeio dos três sistemas (cria, recria/engorda e ciclo completo) não apresentou ajustes significativos no comparativo trimestral. Para o sistema de cria, o preço médio foi de R$ 105,16/@ vendida, o que representou redução de R$ 0,59/@ ante o 1º trimestre/24.
Por outro lado, os custeios de recria/engorda e ciclo completo exibiram acréscimo de R$ 1,92/@ e R$ 0,28/@, respectivamente, no comparativo trimestral e totalizaram R$ 161,15/@ e R$ 116,78/@, na mesma ordem. Essa lateralização no custo se deve à estabilidade nos preços dos componentes do custeio, que praticamente não tiveram alteração no 2º trimestre/24. Por fim, com o período de seca no estado, os custos com núcleo e insumos para pastagens podem apresentar aumento para o próximo trimestre, uma vez que o diesel e a gasolina estão com tendência de alta
INCREMENTO: com a menor oferta de fêmeas nas indústrias, a vaca gorda à vista teve aumento de 1,84% na última semana, e foi cotada a R$ 185,89/arroba.
ACRÉSCIMO: na última semana, o bezerro de ano (7@) foi cotado a R$ 8,90/kg, alta de 1,59% no comparativo semanal, o que pode ser resultado de uma desmama com menor oferta.
MENOS DIAS: as escalas de abates em Mato Grosso reduziram e ficaram na média de 11,30 dias úteis, com ajuste de -2,08% ante a semana passada.
Relação de troca entre boi e milho ficou em 5,51 sc/@, diferença de 0,55/sc da média dos últimos 5 anos
A arroba do boi mato-grossense seguiu estável na parcial de jul/24 (até 19/07), sendo negociada a R$ 202,96/@, com ajuste de +0,32% no comparativo mensal. Em contrapartida, no mesmo período, o preço da saca do milho apresentou queda de 0,95% e ficou cotado a R$ 36,84/sc. Esse movimento favoreceu a relação de troca entre o boi e o milho, que registrou aumento de 1,28% ante jun/24, e ficou em 5,51 sc/@ na parcial deste mês.
Logo, o pecuarista deve ficar atento aos preços do milho, uma vez que em julho é período de seca no estado e, consequentemente, acaba impactando na disponibilidade e no vigor do pasto. Por fim, a tendência no curto prazo é que, com o avanço da colheita do milho, o preço do insumo tende a apresentar uma redução, mediante a alta disponibilidade de grãos nas indústrias, podendo ser uma oportunidade para o pecuarista na relação de troca.
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Atualizada dia 16 jul 24
CUIABÁ - Ainda como resultado da grande oferta de reposição, o ágio do bezerro de 7@ em Mato Grosso iniciou um movimento de queda no segundo semestre do ano passado, oscilando entre 20% e 25% ao longo dos meses. No entanto, essa tendência mudou com a entrada dos animais da desmama de 2024, e a partir de junho/24 a arroba do bezerro de ano iniciou um movimento de alta.
Atualmente, na parcial de julho/24 (até 12/07), o ágio do bezerro de 7@ está em 30,04%. Isso se deve à maior valorização do bezerro em relação ao boi gordo. Ao comparar a média da parcial de julho/24 com a média de janeiro/24, observa-se que o boi gordo no estado apresentou uma queda de 1,79%, enquanto o bezerro registrou um aumento de 3,84%. Esse movimento indica que a oferta de bezerros na desmama desse ano pode estar menor, refletindo o movimento do abate de matrizes que iniciou em 2022.
AUMENTOU: após semanas de lateralização, a arroba da vaca gorda refletiu a menor oferta de fêmeas nas indústrias e no dia 12/07 registrou ganho de R$ 4,56/@ ante a cotação do dia 08/07.
QUEDA: em Mato Grosso, o boi magro de 12 arrobas apresentou queda, e encerrou a semana cotado a R$ 225,01/@, redução de 0,57% na última semana.
MAIS DIAS: com a alta oferta de animais nas indústrias, as escalas de abates apresentaram alongamento, e ficaram na média de 11,54 dias úteis no estado.
Atratividade de exportação da carne bovina para a China tem reduzido nos últimos anos
Apesar de ainda se manter “isolada” na liderança das compras da carne bovina mato-grossense, com o aumento da demanda de outros países, a participação chinesa nas exportações do estado tem reduzido ao longo dos últimos anos. Além disso, a relação de troca entre uma tonelada exportada e arroba do boi gordo também tem recuado.
O Índice de Atratividade das Exportações para a China (indicador que mensura quantas arrobas de boi gordo seriam compradas com a exportação de 1 tonelada de carne bovina), também vem recuando. No 1º semestre/22 a relação de troca ficou em 91,68 @/tonelada exportada, ao passo que no 1º semestre/24 o indicador ficou em 80,42 @/tonelada. Os Emirados Árabes Unidos, por outro lado, vêm aumentando a participação nas exportações de Mato Grosso, e a relação de troca do país saiu de 65,25 arrobas por tonelada em 2022 para 88,38 @/tonelada, aumento de 35,45%.
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Atualizada dia 25 jun 24
CUIABÁ - O preço da arroba brasileira do boi gordo foi o menor dentre os principais países produtores de carne bovina, resultado, principalmente, da alta oferta de animais nas indústrias do país. Assim, em jun/24 (até 21/06), o boi gordo esteve a US$ 37,76/@ em Mato Grosso e US$ 40,91/@ em São Paulo (retração de 7,42% e 7,48% ante mai/24, respectivamente). Já na Argentina e no Paraguai, o indicador ficou em US$ 44,36/@ e US$ 46,20/@, na mesma ordem.
Por outro lado, a arroba americana teve a maior precificação, sendo comercializada a US$ 112,02/@ no mesmo período, o que representou alta de 1,45% no comparativo mensal. Essa valorização se deve à redução na produção da proteína bovina nos EUA, uma vez que o país passa por recuo no rebanho. Por fim, a menor cotação do boi gordo no Brasil perante os principais países pode favorecer a arroba brasileira no âmbito externo.
ANDOU DE LADO: na última semana, a arroba do boi gordo esteve estável em Mato Grosso, sem alteração no comparativo semanal, assim fechou na média de R$ 202,22/arroba;
AUMENTOU: o boi magro de 12 arrobas apresentou valorização de 1,35% no comparativo semanal, sendo negociado a R$ 225,00/@ no estado.
MAIS DIAS: as escalas de abates nas indústrias mato-grossenses mantiveram-se alongadas, com média de 11,20 dias úteis, o que representou alta de 2,65% ante a última semana.
Boi gordo apresentou estabilidade nos preços nos últimos 20 dias
As cotações da @ bovina na parcial de jun/24 “andaram de lado” e praticamente não se alteraram ao longo desse mês. Nesse período, o preço do boi gordo ficou na casa dos R$ 202,00/@, com ajustes diários de centavos ao longo do mês. Assim, o boi de MT foi comercializado na média de R$ 202,29/@ (até 21/06). Essa estabilidade nos preços foi resultado do intenso ritmo das exportações de carne, que sobressaiu à elevada oferta de gado nas indústrias e “sustentou” os preços do gado gordo.
Tamanha foi a oferta no período que as escalas se mantiveram alongadas ao longo de jun/24, e ficaram na média de 10,97 dias, sendo 58,07% acima da média dos últimos 5 anos para o período, que é de 6,94 dias. Por fim, mediante o cenário de escalas alongadas, a tendência é que os preços se mantenham “lateralizados” até o final de junho. No entanto, cabe ressaltar que na última semana os agentes do mercado futuro parecem ter apontado uma tendência de alta nos preços para o final do ano.
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Atualizada dia 20 jun 24
CUIABÁ - Em mai/24, Mato Grosso enviou 68,31 mil Toneladas em Equivalente Carcaça (TEC) de carne bovina para o exterior (Secex). Embora tenha apresentado queda de 0,35% ante abr/24, o volume ainda é 73,66% superior à média de maio dos últimos cinco anos. A China manteve o posto de principal importadora, com 24,54 mil TEC adquiridas (35,93% das exportações totais de MT), queda de 21,39% em relação a abr/24.
Vale destacar que Chile, Egito, EUA, Líbia, Rússia e Turquia, juntos, acumularam aumento de 7,66 mil TEC no volume importado em mai/24 ante a abr/24, compensando assim a menor compra pelo mercado chinês. O aumento na participação de outros países nas exportações de Mato Grosso tem encaminhado para uma menor dependência da China nas vendas da proteína vermelha pelo estado. Por fim, o cenário de demanda externa aquecida pode contribuir com a sustentação nos preços do boi gordo.
LATERALIZAÇÃO: a cotação do boi gordo andou de lado na última semana, ajuste semanal de -0,11%, e ficou na média de R$ 202,22/@ nos últimos 5 dias.
DESVALORIZOU: o boi magro acompanhou a retração nos preços do boi gordo, com redução de 0,76% no comparativo semanal, e fechou em R$ 222,00/@.
MAIS DIAS: após o encurtamento na última semana, as escalas voltaram a se alongar, com aumento de 1,03% no comparativo semanal, fechando a semana em 10,91 dias.
Produção de carne bovina e volume de animais abatidos em MT registram recorde
No 1º trim/24, o estado produziu 457,11 mil toneladas de carne bovina (IBGE), sendo o trimestre em que mais se produziu proteína vermelha na série histórica. O volume é 12,66 mil toneladas superior quando comparado ao 4º trim/23. Esse aumento na produção foi reflexo do elevado abate de bovinos em MT.
Assim, foram encaminhadas 1,70 milhão de cabeças para a linha de abate no 1º trim/24, maior volume de animais abatidos na história. No entanto, apesar do acréscimo no volume de abates e na produção da proteína, a maior participação de fêmeas resultou no menor rendimento de carcaça. Assim, a participação de fêmeas no 1º trim/24 foi de 52,41%, valor acima da média histórica, que é de 41,60% para o período. Desse modo, o rendimento médio de carcaça ficou em 267,82 kg/animal, redução de 5,05% no mesmo comparativo. Por fim, a tendência para o 2º trim/24 é que a produção de carne bovina se mantenha em alto patamar, visto que os abates continuam elevados.
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Atualizada dia 11 jun 24
CUIABÁ - Como esperado, a boiada do pasto “preencheu” as escalas frigoríficas e, mais uma vez, os abates registraram recorde em MT. Ao todo, foram abatidas 627,49 mil cabeças ao longo de mai/24, maior volume de animais enviados para o “gancho” em um mês no estado. No entanto, o que fugiu do “padrão” do período foi o volume de fêmeas abatidas.
Os pecuaristas reduziram o ímpeto de abater fêmeas e, pela primeira vez desde 2018, o volume de fêmeas abatidas em maio foi menor que em abril, com -6,03% fêmeas nas indústrias ante abr/24. Assim, a participação de fêmeas nos abates também recuou, e caiu para 51,49%, saindo do patamar de >55,00% dos últimos três meses. Apesar do volume abatido ainda estar elevado, esses dados mostram uma possível “redução” na intensidade dos abates de fêmeas. A tendência no curto prazo é de uma redução gradual na participação das fêmeas nos abates.
CAIU: após duas semanas de desvalorização, a arroba do boi gordo apresentou sustentação, com queda de -0,11% no comparativo semanal, cotada a R$ 202,45/@.
AUMENTOU: o bezerro de 7@s (sobreano) foi cotado a R$ 8,99/kg na última semana, alta de 0,32%, reflexo da maior procura pela categoria no estado.
MENOS DIAS: mesmo com queda de 4,68% na semana passada, as escalas permanecem alongadas, fechando a média semanal em 10,80 dias úteis no estado.
A intensidade da queda nos preços do boi gordo tem perdido a força
Mesmo com a valorização de 1,18% no comparativo mensal, a arroba do boi gordo acumulou queda de R$ 12,06/@ ao longo da última quinzena de mai/24. Apesar do movimento de baixa e do recorde nos abates, alguns indicadores já sinalizam a transição do ciclo pecuário. Um deles é a variação anual nos preços do boi gordo, ou seja, como os preços atuais estão em relação a 12 meses atrás.
A variação anual de mai/24 foi de -8,34% (ante mai/23). Com isso, a desvalorização anual do boi gordo na parcial de 2024 (média de janeiro a maio), ficou em -14,11%, ao passo que em 2023 (considerando os mesmos meses), o indicador ficou em -19,20%. Isso significa dizer que, apesar de ainda estar em queda, a pressão baixista sobre os preços do boi gordo tem perdido a força. Vale ressaltar que esta é uma análise pensando no longo prazo, e que, no curto prazo, a oferta ainda pode pressionar os preços do boi gordo.
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Atualizada dia 04 jun 24
CUIABÁ - Em mai/24 o boi gordo apresentou alta de 1,18% no comparativo mensal e foi comercializado em média a R$ 209,35/@ em Mato Grosso. No entanto, apesar da valorização no fechamento mensal, a arroba do boi gordo apresentou queda nas últimas semanas de mai/24. O indicador atingiu a máxima do mês em 09/05/2024, cotado a R$ 214,17/@, e encerrou o último dia de mai/24 (31) precificado em R$ 202,12/@, desvalorização de R$12,06/@ .
Já a carne bovina no atacado encerrou o último mês com desvalorização de 0,48%, com a carcaça casada bovina cotada a R$ 15,71/kg em mai/24. Essa retração se deve à alta disponibilidade da proteína vermelha nas indústrias, tendo em vista que os abates estão acima da média histórica. Por fim, no curto prazo, com a perspectiva de que os abates se mantenham elevados, o ritmo da demanda externa é um dos fatores que podem amenizar a pressão de baixa nos preços exercida pela oferta.
CAIU: com a alta oferta de animais nas indústrias, o preço boi gordo apresentou queda de 2,14% no comparativo semanal e foi comercializado a R$ 202,68/@.
AUMENTOU: o após a redução nos preços de reposição na semana anterior, o bezerro de 7@s apresentou alta de 1,23% na última semana e foi cotado a R$ 8,96/kg.
MAIS DIAS: com a demanda interna aquém do esperado e a elevada disponibilidade de bovinos para o gancho, a escala de abate se mantém elevada e fechou em 11,33 dias úteis no estado.
Produção da proteína bovina no Brasil deve aumentar 2,37% ante 2023
Conforme o USDA, a produção de carne bovina brasileira deverá alcançar 11,21 milhões de toneladas em 2024. O volume representa aumento de 2,37% em relação a 2023, que era de 10,95 milhões de toneladas. A projeção considera o elevado volume de animais abatidos no país e uma demanda sólida pela proteína vermelha. O Brasil deve embarcar 2,93 milhões de toneladas de carne bovina, alta de 1,14% no comparativo anual, o que representaria 26,14% de toda a produção brasileira em 2024.
Além disso, a redução no volume de carne produzida pelos EUA de 1,86% ante 2023, pode favorecer o Brasil no mercado exterior. No entanto, a expectativa de alta no volume exportado da carne australiana de 9,15% no mesmo comparativo, pode competir diretamente com o Brasil. No que tange ao consumo doméstico brasileiro, o departamento estimou aumento de 2,74% ante 2023, com volume de 8,33 milhões de toneladas.
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Atualizada dia 14 maio 24
CUIABÁ - Em abr/24, Mato Grosso exportou 74,99 mil toneladas em equivalente carcaça (Secex), maior volume já observado na história, 32,97% superior ao registrado em mar/24. Ainda, a China continuou como a principal compradora, com 29,79 mil TEC, valor mais alto dos últimos 5 meses. Em seguida, os Emirados Árabes, com 13,72 mil TEC, e ganhando destaque, as Filipinas, que aumentaram suas importações em 55,11% ante a mar/24, totalizando 4,13 mil TEC, no período.
Com isso, os países asiáticos têm apresentado forte força nas compras da carne mato-grossense. Outro destaque foi a participação da União Europeia nas exportações do estado, com o total de 4,17 mil TEC no último mês. Por fim, uma vez mantido o padrão de aumento no volume de proteína embarcada no 2º semestre, principalmente para a China, as exportações tendem a se manter elevadas.
ALTA: apesar das escalas de abates longas no estado, o boi gordo à vista apresentou acréscimo de 1,14% ante a última semana e foi cotada a R$ 213,25/@.
ACRÉSCIMO: o bezerro de 7 @s apresentou alta de 4,76% na última semana e foi cotado a R$ 1.888,99/cab, reflexo da maior procura pela categoria no estado.
MAIS DIAS: a escala de abate em Mato Grosso aumentou 9,46% na última semana e ficou na média de 10,18 dias úteis, devido à alta disponibilidade de animais.
Mato Grosso atinge novo recorde no volume de bovinos abatidos
Nesse sentido, em abr/24 foram abatidas 619,68 mil cabeças, maior volume já registrado no estado (Indea-MT), com 230,74 mil animais a mais em relação à média histórica de abates em abril. Ainda, as fêmeas foram as principais propulsoras desse crescimento, com participação de 55,49% sobre o abate total em abr/24, totalizando 343,83 mil animais abatidos no último mês - recorde no volume de fêmeas.
Com isso, o total de bovinos enviados para o gancho no acumulado de jan/24 a abr/24 alcançou 2,39 milhões de cabeças (com 54,21% de fêmeas), 32,62% superior em relação ao mesmo período de 2023. Essa foi a maior quantidade de gado abatido para o período na história, sendo 49,17% acima da média histórica, que é de 1,60 milhão de bovinos. Por fim, cabe ressaltar que o ajuste na lotação das pastagens que ocorre em maio, pode resultar no aumento sazonal da disponibilidade de animais nas indústrias, podendo manter os abates em altos patamares.
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Atualizada dia 23 abr 24
CUIABÁ - O maior volume de chuvas em abril em Mato Grosso pode melhorar a condição das pastagens e aumentar a retenção de animais nas propriedades no curto prazo.
Segundo o Aproclima, o volume de precipitação em abr/24 (até 18/04) no estado foi de 139,73 mm, sendo praticamente igual ao precipitado em todo o mês de abr/23. Desse modo, a maior incidência de chuvas neste período, provocada pelo El Niño (fenômeno responsável por alterações nos padrões climáticos), pode resultar na recuperação das pastagens do estado.
Esse movimento pode aumentar a capacidade de retenção dos animais nas propriedades, fazendo com que o pecuarista segure a boiada terminada por mais tempo no pasto. Uma vez confirmado esse cenário, os preços do boi gordo tendem a apresentar maior sustentação no estado, mediante a menor oferta de gado nas indústrias.
No entanto, a tendência é que o volume abatido entre maio e junho ainda aumente, mesmo que a melhora nas pastagens possa prorrogar o envio do gado para o “gancho”.
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Atualizada dia 09 abr 24
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, em mar/24, MT enviou 51,94 mil TEC para o exterior, aumento de 25,78% em comparação com o mesmo período de 2023. Em relação ao 1º trimestre de 2024, foram embarcados 154,68 mil TEC, sendo esse o maior volume para o período da série histórica. Entretanto, o preço médio pago pela tonelada exportada no 1º trim/24 reduziu 5,16% ante o 1º trim/23, e 17,06% comparado ao patamar de 2022.
Além disso, a China seguiu como principal compradora da carne bovina de MT, com participação de 43,19% no volume exportado (redução de 3,10 p.p. ante o 1º trim/23). Ainda, mesmo com o recuo no preço médio da tonelada exportada, o intenso ritmo dos embarques da proteína vermelha ao longo dos primeiros meses de 2024 sustentou os preços do boi gordo no estado, que poderiam ser ainda menores no período, devido ao alto volume de animais abatidos em Mato Grosso.
AUMENTOU: com a diminuição das escalas de abate, a arroba do boi gordo à vista apresentou alta de 0,69% na última semana, e foi cotada a R$ 205,23/@.
ALTA: com a maior procura pela carne vermelha no estado, a ponta de agulha do boi foi cotada a R$ 13,33/kg, acréscimo de 1,27% no comparativo semanal.
MENOS DIAS: as escalas de abates reduziram 4,12% no comparativo semanal e ficaram em 8,93 dias úteis, proporcionado pela maior demanda interna, típica do início de mês.
Influenciado pelo patamar recorde da presença de fêmeas nas indústrias, 2024 fecha o 1º trimestre com maior volume nos abates para o período.
Ao todo, foram abatidos 1,76 milhão de bovinos no 1º trim/24 em Mato Grosso (Indea-MT). O valor é 30,88% superior ao do 1º tri/23 e o maior volume já registrado para o período, sendo 43,15% acima da média histórica, que é de 1,22 milhão de cabeças. As fêmeas foram as principais propulsoras desse crescimento, com 951,15 mil cabeças abatidas no período, aumento de 44,56% no comparativo anual.
Ainda, as fêmeas em idade reprodutiva, ou > 24 meses, representaram 76,32% do total de fêmeas abatidas no 1º trim/24, resultado do abate das fêmeas não emprenhadas na estação de monta. Por fim, a perspectiva para o 2º trim/24 é de redução na participação de fêmeas nos abates do estado, visto que historicamente foram apenas 6 vezes, em 21 anos, que a participação de fêmeas nos abates totais no 2º trim superaram o 1º trim (mesmo com o aumento sazonal nos abates em maio, em função do ajuste na lotação das pastagens).
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Atualizada dia 26 mar 24
CUIABÁ - O diferencial de base MT-SP alcançou a média de -12,91% na 3ª semana de mar/24 (até 22/03), valor que é 0,70 p.p. superior à média do mesmo período de fev/24. Durante esse período, o preço da arroba do boi gordo a prazo em MT reduziu 1,58% ante fev/24, assim, foi cotado a R$ 204,68/@ (Imea), enquanto em SP apresentou queda de 2,37% no mesmo comparativo, e o preço a prazo foi cotado a R$ 235,04/@ (Cepea), ambos livres de Funrural.
Apesar da desaceleração do mercado de bovinos em ambas as regiões devido ao aumento no número de abates, a praça mato-grossense se manteve constante nos últimos meses. Dessa maneira, o diferencial de base vem caminhando para fechar mar/24 com encurtamento ante fev/24. Com isso, o diferencial entre as praças tem apresentado encurtamento em relação ao ano passado, uma vez que a média do indicador em 2023 foi de -15,31%.
ESTABILIDADE: devido à baixa demanda interna por carne bovina no estado, a cotação da arroba do boi gordo permaneceu estável, com ajuste de -0,24% no comparativo semanal.
QUEDA: na última semana, a carcaça casada do boi foi cotada a R$ 15,30/kg em Mato Grosso, redução de 1,29% ante a semana passada, devido à diminuição da procura interna por carne bovina.
REDUZIU: as escalas de abates diminuíram 1,97% no comparativo semanal, totalizando 9,45 dias úteis, porém os frigoríficos ainda operam com as escalas confortáveis.
Alta disponibilidade de DDG nas indústrias mato-grossenses proporcionou queda de 30,71%, ante 2023
Com a aproximação do 1º giro de confinamento no estado, parte dos produtores começa a se planejar com a compra dos insumos. Esse é um ponto importante do planejamento, uma vez que o dispêndio com a suplementação dos animais é um dos fatores que mais pesam no custo de produção do confinamento. Nesse contexto, o DDG (32,00% de Proteína Bruta), importante fonte proteica na dieta de bovinos confinados, foi cotado a R$ 925,00/t em mar/24 (até 21/03).
Logo, o preço do ponto de proteína (P.P.) ficou em R$ 28,91/P.P, o que representou queda de 30,71%, ante o mesmo período de 2023, influenciado, também, pela baixa demanda dos confinadores. Assim, a RT ficou em 0,22 t/@. Por fim, com a tendência de maior processamento de milho para produção de etanol, esperam-se preços ainda mais atrativos para o DDG, o que pode ser uma oportunidade para os confinadores.
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Atualizada dia 12 mar 24
CUIABÁ - O volume de carne bovina exportada por Mato Grosso em fev/24 foi de 55,19 mil toneladas equivalente carcaça (TEC), recorde na série histórica para o mês de fevereiro, segundo a Secex. O montante representou aumento de 28,84% no comparativo anual (em relação a fev/23), já no comparativo mensal, o acréscimo foi de 16,11% (ante jan/24).
A média diária de envios da proteína para o mercado externo foi de 2,62 mil TEC/dia, maior embarque por dia dos últimos 24 anos. Já a receita gerada pelas exportações foi de US$ 193,13 milhões, avanço de 18,97% ante jan/24. Ademais, a China continua sendo a principal compradora da carne bovina matogrossense, com participação de 45,84%. No entanto, os Emirados Árabes Unidos têm aumentado o volume negociado, e em fevereiro/24 foi responsável por 15,56%, maior percentual desde dez/18.
REDUZIU: a cotação do boi gordo em Mato Grosso diminuiu 0,44% na última semana, e ficou na média de R$ 203,17/@, devido à elevada oferta de bovinos no estado.
DESVALORIZOU: influenciado pelo mercado do boi gordo em queda, o boi magro desvalorizou 2,41% ante a última semana, e foi cotado a R$ 2.662,79/cab no estado.
DECAIU: a arroba da vaca gorda à vista reduziu 0,81% no comparativo semanal e foi cotada a R$ 182,96/@, motivado pela maior presença das fêmeas nas plantas frigoríficas.
Em fev/24, os abates de fêmeas em Mato Grosso atingiram o maior número já registrado em toda a série histórica.
Em fev/24 foram abatidas 579,52 mil cabeças bovinas com origem em MT. Ainda, a participação de fêmeas sobre o total de bovinos abatidos foi de 56,08% em fev/24, maior percentual para o período. Dessa forma, ao todo, foram abatidas 324,99 mil fêmeas mato-grossenses no último mês. O intenso envio de fêmeas para o gancho tem elevado os abates de Mato Grosso a um patamar bem acima da média dos últimos 10 anos.
A maior participação dos bovinos dessa categoria é sazonalmente maior no 1º semestre do ano, no entanto, os meses de março costumam apresentar o maior volume de vacas e novilhas no gancho. Esse movimento acontece por se tratar do envio de matrizes não emprenhadas na estação de monta para abate. Sendo assim, a depender do ritmo das exportações neste mês, o excesso da oferta pode ser um fator baixista para os preços da @.
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Atualizada dia 05 mar 24
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, durante a parcial de fev/24 (até 23/02), foram embarcadas 143,47 mil toneladas de proteína bovina in natura do Brasil. Desse modo, as exportações aumentaram 13,52% em relação ao total de fev/23, com US$ 651,34 milhões gerados a partir dessas negociações, acréscimo de 6,16% em comparação ao acumulado do mesmo período do ano passado.
A média diária de envios de carne para o mercado externo em fev/24 foi de 9,56 mil toneladas/dia, aumento de 36,22% em comparação com o mesmo período do último ano, que foi de 7,02 mil toneladas/dia. Sendo assim, é possível notar que a demanda externa continua em altos patamares, e, dessa forma, apesar do recuo no preço médio da tonelada exportada, o volume de proteína embarcada em fev/24 poderá superar o recorde de fev/22, dessa forma, tornando-se o maior volume para fevereiro.
QUEDA: diante da grande oferta de bovinos nas indústrias, a cotação do boi gordo em Mato Grosso reduziu 0,90% em relação à semana anterior, e ficou na média de R$ 204,06/arroba.
CAIU: resultado do aumento do envio de fêmeas para abate pelos pecuaristas, a vaca gorda à vista registrou queda de 1,63% ante a última semana, e fechou na média de R$ 184,45/@ no estado.
INCERTEZA: na B3, as cotações da arroba com vencimento para mai/24 caíram 2,44% em relação à semana anterior, estabelecendo-se na média de R$ 224,82/arroba.
Intenso abate de fêmeas resultou no menor nível de fêmeas em idade reprodutiva, podendo impactar a oferta de bezerros no longo prazo
Segundo o Indea, o rebanho de bovinos de Mato Grosso em 2023 foi de 34,10 milhões de animais. O intenso abate de vacas e novilhas nos últimos anos resultou na redução de 6,05% no volume de matrizes disponíveis (fêmeas em idade reprodutiva, ou > 24 meses). Com isso, a participação de fêmeas em idade reprodutiva no rebanho total de fêmeas atingiu o menor patamar da história, e ficou em 62,88% em 2023.
Além disso, outro fator que demonstra o desestímulo dos criadores é a redução nos protocolos de inseminação artificial. Segundo a Asbia, a comercialização de doses de sêmen destinadas à pecuária de corte em 2023 foi 5,40% menor que em 2022 – queda pelo segundo ano consecutivo. Por fim, considerando que a pecuária é uma atividade plurianual, a redução no volume de matrizes poderá impactar a oferta de bezerros desmamados a partir do ano que vem.
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Atualizada dia 27 fev 24
CUIABÁ - A arroba do boi gordo seguiu lateralizada em Mato Grosso, na parcial de fev/24 (até 23/02), e foi negociada em média a R$ 207,23 (ajuste de +0,30% ante jan/24). Por outro lado, o preço do milho no estado retraiu, e ficou cotado a R$ 38,35/sc no mesmo período, redução de 5,77% quando comparado a jan/24. Esse movimento favoreceu a relação de troca boi/milho, que registrou acréscimo de 0,33 sc/@ em relação ao mês anterior, e ficou em 5,40 sc/@ na parcial deste mês. Do mesmo modo, o farelo de soja também seguiu com tendência de queda, e reduziu 5,19% ante o último mês. Dessa forma, a relação de troca entre o boi gordo e o farelo ficou em 0,12 t/@ na parcial de fev/24. Essa melhora na relação de troca aumenta o poder de compra do pecuarista, o que é um ponto de atenção, principalmente, para os confinadores e semiconfinadores.
DIMINUIU: o preço da arroba do boi gordo reduziu 0,74% em relação à semana anterior, cotado na média de R$ 205,91/@, devido ao menor escoamento de proteína bovina no estado
REDUZIU: com a demanda interna em ritmo lento, a cotação da carcaça casada do boi diminuiu 2,06% em relação à semana anterior, e ficou com média de R$ 15,83/kg.
ENCURTOU: apesar do recuo de 2,18% nas escalas de abates pelas indústrias do estado, elas permanecem confortáveis e encerraram a última semana com um total de 10,76 dias úteis.
Mesmo com recuo na cotação da arroba paulista, Mato Grosso continua com a menor arroba em dólar.
A pressão baixista na arroba marcou algumas praças pecuárias do Brasil, reflexo da maior oferta de animais nas indústrias. Assim, o preço do boi gordo em SP reduziu 5,42% ante jan/24 e ficou em US$ 48,05/@ (até 23/02), enquanto a arroba em MT recuou 0,68% no mesmo comparativo e foi negociada a US$ 41,76 na parcial de fev/24. Ainda, a Argentina e o Uruguai registraram queda de 14,56% e 3,19% ante jan/24, respectivamente, e fecharam em US$ 46,09/@ e US$ 51,98/@, na mesma ordem. Já os EUA têm passado por uma forte redução na oferta, a perspectiva é que atinjam o menor rebanho bovino da história, o que tem favorecido as cotações do boi gordo no país. Assim, em fev/24, o indicador fechou a US$ 105,58/@. Dessa forma, o recuo na produção de carne nos EUA e a alta na cotação pode se tornar uma oportunidade para o Brasil no âmbito externo.
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Atualizada dia 14 fev 24
CUIABÁ - Os embarques de carne bovina de MT em jan/24 mantiveram-se aquecidos, com 47,54 mil Toneladas Equivalente Carcaça enviadas para o mercado externo. Esse foi o 2º maior volume para um mês de janeiro da história, com redução de 0,41% ante o recorde de jan/23. Apesar de continuar na liderança das compras do estado, a China vem reduzindo o apetite, e o volume negociado em jan/24 foi 27,25% menor que no mesmo período do último ano.
O recuo foi motivado, principalmente, pela recuperação no plantel suíno chinês, bem como pela dessaceleração na economia do país. Por outro lado, MT caminha para a redução na dependência chinesa, com o aumento na demanda de outros países. Assim, o volume de carne embarcado para os Emirados Árabes Unidos em jan/24, por exemplo, foi 5,76 vezes maior que em jan/23, de modo que o grupo passou a ser o 2º maior comprador da proteína do estado.
LADO A LADO: após o grande volume de carne negociado no último mês no estado, os preços pago pela @ do boi gordo continuam lateralizados, com ajuste semanal de 0,27%
ALTA: as cotações do boi magro seguiram a estabilidade do mercado do boi gordo, e o animal de 12@ foi cotado a R$ 2.739,57/cabeça na última semana em Mato Grosso.
DIMINUIU: após o alongamento de janeiro/24, as escalas de abate reduziram 1,74% na última semana, e fecharam na média de 10,70 dias no estado.
Mais uma vez, impulsionados pela presença de fêmeas nas indústrias, os abates bovinos registram recorde em Mato Grosso.
Nesse sentido, em janeiro/24 o volume total de bovinos enviados para as indústrias atingiu 615,13 mil cabeças, quantidade 19,40% maior em comparação com dezembro/23, segundo dados do Indea. Essa foi a maior quantidade de gado abatido em um mês desde 2003. O recorde foi sustentado pela maior presença de fêmeas nas indústrias – as quais tiveram participação de 50,15% sobre o total abatido em Mato Grosso. Cabe ressaltar que acréscimos mensais acima de 18,00% no volume de animais abatidos, no comparativo de janeiro ante a dezembro, foram vistos apenas seis vezes nos últimos 22 anos. O aumento nos abates foi influenciado pela perda na qualidade das pastagens do estado, que fez com que os pecuaristas intensificassem o envio dos animais mais pesados para as indústrias no período analisado.
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Atualizada dia 30 jan 24
CUIABÁ - Segundo dados da Secex, na parcial de janeiro/24 (até a 4ª semana), foram negociadas 168,10 mil toneladas de proteína bovina in natura produzidas no Brasil, e a receita gerada por esse volume embarcado foi de US$ 757,88 milhões. O montante de carne enviado para o mercado externo diariamente na parcial de janeiro/24 foi de 8,84 mil toneladas/dia, aumento de 21,51% em relação à média de janeiro/23, quando foram embarcadas 7,28 mil toneladas/dia.
Apesar de o volume exportado na parcial deste mês já ter superado os envios totais de janeiro/23, o preço médio pago pela tonelada ao longo das 4 primeiras semanas de 2024 foi de US$ 4.508,50/t, 6,91% menor no comparativo anual. Com isso, percebe-se que a demanda externa pela proteína bovina continua em ritmo aquecido e, a depender do comportamento dos envios dos últimos dias do mês atual, pode encerrar com recorde para um mês de janeiro.
ACRÉSCIMO: a arroba do boi gordo à vista se manteve lateralizada na última semana, com ajuste de 0,34%, e foi cotada a R$ 207,63/@ no estado.
MENOS DIAS: as escalas de abates em Mato Grosso reduziram 1,81% no comparativo semanal, e fecharam a semana com média de 11,03 dias úteis.
REDUZIU: a carcaça casada do boi reduziu 0,82% ante a última semana, com cotação média de R$ 16,17/kg, reflexo da menor demanda interna pela proteína em Mato Grosso.
Em Mato Grosso, o equivalente físico é o maior na série histórica para o mês de janeiro
A margem do Equivalente Físico (EF), que considera a diferença entre o valor de venda da carne com osso no atacado e a arroba do boi gordo, atingiu, em jan/24, a média de 3,60% (até 26/01). A média histórica do indicador para o mês de janeiro, no entanto, é de -4,54%, ou seja, o indicador está 8,14 p.p. acima da média para o período. Vale o destaque para a 1ª semana de jan/24, quando a margem foi de 4,56%, sendo a maior média semanal em um mês de janeiro na série histórica do Imea.
Esse aumento na margem da indústria foi ocasionado pelo “descolamento” entre o valor de compra do boi gordo e a venda da carne no atacado, uma vez que a arroba do boi segue patinando, sem ganhos significativos. Em resumo, considerando o comportamento do indicador, para as próximas semanas a tendência é que, ou a arroba do boi gordo valorize ou o atacado apresente redução nas cotações.
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Atualizada dia 16 jan 24
CUIABÁ - Conforme os dados da Secex, em 2023, MT enviou o segundo maior volume de carne bovina para o exterior, com 589,19 mil Toneladas Equivalente Carcaça (TEC) embarcadas, redução de 2,67% ante o recorde de 2022. A receita, por sua vez, alcançou US$ 2,11 bilhões, sendo 23,00% menor que no ano anterior. Essa redução foi proporcionada pelo menor valor pago pela tonelada da proteína, que fechou 2023 na média de US$ 3.590,00, 20,88% menor no comparativo anual.
Ademais, a China, mesmo se mantendo como a principal compradora da carne do estado, reduziu a participação em 10,21 p.p. ante a 2022 e em 2023 foi responsável por 53,91% das exportações de MT. Por outro lado, Egito e Emirados Árabes aumentaram o volume negociado em 8,39% e 61,39%, na mesma ordem, e representaram 5,90% e 5,10% das embarcações, ocupando o 2º e o 3º lugar, com 34,61 e 30,11 mil TEC compradas, respectivamente.
ACRÉSCIMO: a arroba do boi gordo permaneceu lateralizada, com média de R$ 205,21/@, incremento de 0,49% na última semana, devido o mercado ainda estagnado no início do ano.
LATERALIZADO: a cotação da carcaça casada do boi foi ajustada em -0,10% na última semana, e fechou na média de R$ 16,33/kg, resultado da baixa procura pela proteína.
REDUZIU: as escalas de abate em Mato Grosso reduziram 5,56% no comparativo semanal , e encerraram a semana com a média de 11,20 dias úteis.
Para um ano, o avanço nos abates de fêmeas resulta na maior produção de carne bovina em MT.
Em 2023, Mato Grosso abateu o maior volume de bovinos da série histórica do estado, com 6,16 milhões de bovinos enviados para as indústrias, aumento de 23,53% em relação ao volume abatido em 2022. Esse movimento foi resultado do expressivo aumento no envio de fêmeas para abate, que foi 40,57% maior em relação ao observado em 2022. Dessa forma, a participação de fêmeas nos abates ficou em 45,53% no último ano – acima da média histórica, que é de 41,98%.
Esse movimento resultou no maior volume de proteína bovina produzido pelo estado. Com a perspectiva de transição do ciclo pecuário em 2024, a oferta tende a permanecer elevada, no entanto, não superando o recorde visto em 2023. Ademais, a recuperação nos preços de reposição reflete nas margens da cria, principal fator que determina a intensidade do abate de fêmeas, sendo um dos pontos de atenção para o próximo ano.
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Atualizada dia 12 dez 23
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, em nov/23 foram negociadas 49,54 mil toneladas equivalente carcaça (TEC) de Mato Grosso, redução de 12,90% no comparativo mensal. No último mês, o valor médio da tonelada exportada de proteína bovina foi de US$ 3.460,50/t, queda de 12,48% em relação à média de nov/22. Esse cenário foi motivado pela China, que foi responsável por 51,81% do volume de carne exportado por MT em nov/23, e reduziu 24,33% nas importações de Mato Grosso ante o último mês. Um dos fatores que explica o menor volume de compras pelos chineses é que eles podem já ter abastecido os estoques para o feriado do Ano Novo Chinês, no qual é visto um maior consumo de carne. Contudo, 2023 se caminha para fechar como o segundo melhor ano para o volume exportado, mesmo com a redução no preço médio da tonelada.
BAIXA: a arroba da vaca gorda à vista foi cotada a R$ 186,21/@ no estado, recuo de 0,20% ante a última semana, motivado pelo alongamento das escalas de abates.
ALTA: reflexo da maior demanda por reposição em Mato Grosso, o preço do boi magro valorizou 0,96% no comparativo semanal e foi cotado a R$ 2.781,57/cab.
ALONGOU: na última semana as indústrias estiveram com suas escalas confortáveis em Mato Grosso, com média de 10,86 dias, acréscimo de 4,42% no comparativo semanal.
Segundo o Indea, em nov/23, os abates de fêmeas em Mato Grosso aumentaram 8,27% no comparativo mensal. O volume total de bovinos abatidos em Mato Grosso aumentou 0,71% ante a out/23 e ao todo somou 556,79 mil bovinos enviados para o “gancho” em nov/23. Conforme os dados do Indea, este valor é 27,84% maior que observado no mesmo período de 2022, sendo recorde na série histórica para um mês de novembro. Desse modo, o volume de machos abatidos em novembro deste ano foi de 329,81 mil animais. A participação de fêmeas ficou em 40,76%, retornando aos patamares de ago/23, totalizando 226,97 mil cabeças abatidas. Apesar da menor oferta de animais nas indústrias, as fêmeas preencheram as escalas de abate, o que proporcionou aumento de 8,27% no comparativo mensal. Por fim, 2023 pode terminar com o maior volume de animais abatidos em MT, resultando em recorde na produção de carne.
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Atualizada dia 05 dez 23
CUIABÁ - A grande oferta de animais de reposição ao longo de 2023, resultou em intensa pressão baixista nas cotações dessa categoria. Desse modo, o preço do bezerro de 12 meses fechou a R$ 1.788,82/cab em nov/23, redução de 31,54% quando comparado com o mesmo período de 2022. Já o boi gordo encerrou o último mês cotado a R$ 203,33/@, desvalorização de 15,75% em relação a nov/22.
Nesse sentindo, mediante a maior desvalorização do bezerro frente ao boi gordo, a relação de troca entre um boi gordo (18@) e o bezerro (7@) saiu de 1,66 cab/cab em nov/22 para 2,05 cab/cab em nov/23, aumento de 23,17% no poder de compra do pecuarista invernista. Mesmo com essa melhora no indicador, é importante ressaltar que a reposição já tem apresentado sinais de recuperação nos últimos meses, o que resulta no estreitamento da relação de troca.
LATERALIZADO: a arroba da vaca à vista se manteve estável na última semana, com ajuste de +0,23% e esteve na média de R$ 186,59/@ no estado.
ALTA: reflexo do maior consumo de carne bovina em Mato Grosso, o traseiro com osso da vaca valorizou 1,70% no comparativo semanal e foi cotado a R$ 17,46/kg.
MAIS DIAS: com os feriados de final de ano se aproximando, as indústrias estiveram com suas escalas alongadas, na média de 10,40 dias, com acréscimo de 8,90% ante a semana anterior.
Expansão populacional da Índia pode aumentar a demanda de carne pelo país.
Segundo a ONU, a população da Índia deve chegar a 1,50 bilhão de habitantes em 2030, mantendo-se o país mais populoso do mundo. Economicamente, o país está na 5ª posição mundial com previsão de crescimento de 4,20% no PIB em 2024, segundo a Fundação Monetária Internacional (FMI). Conforme o USDA, o consumo total de carne pela Índia em 2022 foi de 2,87 milhões de toneladas, aumento de 2,75% em relação a 2021, resultando em consumo médio de 2,01 kg/hab/ano.
Ainda, desde 2001, o consumo total de carne bovina pelo país asiático apresentou crescimento médio de 4,36% ao ano. Sendo assim, com essa média, o consumo indiano de carne pode chegar a 3,87 milhões de toneladas, com consumo médio de 2,59 kg/hab/ano. Considerando que o Brasil é um grande exportador de óleos vegetais e açúcar para a Índia, o crescimento populacional índiano pode, no longo prazo, expandir a relação comercial com o Brasil.
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Atualizada dia 21 nov 23
CUIABÁ - O Imea realizou o último levantamento das intenções de confinamento de 2023, e a perspectiva é que entre os 115 informantes, dos quais 75,65% realizaram a atividade ao longo de 2023, confinem 555,18 mil cabeças, redução de 21,17% ante ao consolidado de 2022. Ainda, o preço
do boi gordo se manteve como a principal preocupação entre os confinadores, visto a desvalorização na cotação do boi gordo ao longo do ano, que afetou a margem da atividade.
Esse cenário de alta volatilidade no mercado pecuário refletiu em uma mudança na forma de comercialização do gado confinado. Nesse sentido, o percentual de confinadores que adotaram algum mecanismo de proteção de preços aumentou, e foi o maior desde o início do acompanhamento feito pelo Imea. Assim, no último levantamento de 2023, 44,49% dos entrevistados realizaram travamento de preços, sendo os contratos a termo e B3.
ALTA: a cotação da vaca gorda à vista aumentou 0,60%, e ficou em R$ 186,04/@ na última semana, resultado da menor oferta dessa categoria nas
indústrias.
ALONGOU: na última semana, as escalas de abate aumentaram 9,46% em Mato Grosso, chegando a 9,14 dias, reflexo da oferta de animais confinados no estado.
BAIXA: o preço da arroba do boi à vista em Mato Grosso, obteve ajuste negativo de 0,11% no comparativo semanal e foi cotado em R$ 202,92/@.
Ritmo de abates em 2023 reduziu a ociosidade frigorífica.
Em out/23, as indústrias frigoríficas de Mato Grosso abateram 533,32 mil cabeças bovinas (excluindo os animais originários de Mato Grosso destinados ao abate em outros estados), representando aumento de 1,48% em comparação com set/23. Marcando mais um recorde mensal, com o maior número de bovinos abatidos para um mês de outubro na história. Considerando os abates realizados de segunda a sexta, a média diária de abates em out/23 foi de 25.397 cabeças. Com isso, a média de abates diários em 2023 (de janeiro a outubro) é de 23.617 cabeças, ao passo que em out/22 a média foi de 19.193 cabeças. Desse modo, a utilização da capacidade frigorífica total do estado está em um dos maiores patamares da história, e em out/23, o indicador ficou na média de 68,03%, 18,20 p.p. acima da média de out/22 que era 49,83%.
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Atualizada dia 14 nov 23
CUIABÁ - Segundo a Secex, as exportações de carne bovina de MT, em out/23, aumentaram 2,67% no comparativo mensal, sendo negociadas 56,84 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) no período. Ainda, a China se manteve como o principal destino da carne exportada pelo estado, com volume de compra em 33,91 mil TEC no último mês. Ademais, o Iraque tem se destacado nas importações da carne mato-grossense, tendo importado em 2023 (até outubro) um volume 10,71 vezes maior que no mesmo período de 2022. Para se ter ideia, no acumulado de 2023 (de janeiro a outubro) o país adquiriu 400,56 mil TEC, ao passo que no mesmo período de 2022 a
quantidade foi de 37,41 mil toneladas em equivalente carcaça. Com isso, após passar por um 2022 com significativo recuo na demanda, o Iraque retorna aos patamares de compra que eram vistos em 2021.
ALTA: a maior procura pelo boi magro no estado resultou num acréscimo de 1,26% nas cotações dessa categoria, que fechou a última semana cotado a R$ 2.740,89/cab.
ALONGOU: os bovinos terminados em confinamento ainda estão no mercado, mantendo as escalas de abate alongadas, que fecharam a última semana com 8,35 dias.
ENCURTOU: como a demanda pela carne bovina ainda se mantém em ritmo lento, a cotação da carcaça bovina no atacado reduziu 1,56% no comparativo semanal, cotada a R$ 15,75/kg.
Queda no preço do bezerro influencia no abate de fêmeas. Em out/23 foram abatidas 552,85 mil cabeças bovinas com origem em MT. O volume de fêmeas vem reduzindo desde jun/23 no comparativo mensal, e em out/23 foram abatidas 209,64 mil cabeças. No mesmo período o bezerro (12 m) esteve cotado a R$ 1.708,67/cab. Essa redução nos abates de fêmeas é um movimento sazonal, uma vez que o volume de fêmeas enviadas para o gancho é menor no 2º semestre.
Dito isso, o abate de fêmeas em 2023 ainda está muito acima da média. Assim, em out/21, fase de alta do ciclo pecuário, o bezerro foi cotado a R$ 2.969,63/cab, com 102,14 mil fêmeas abatidas. Esse movimento acontece porque a relação entre os preços do bezerro e o abate de fêmeas possui correlação considerável (R²=-0,61), o que significa que, quanto menor o preço, maior será o volume de fêmeas abatidas, o que explica a grande oferta de fêmeas presente nas indústrias frigoríficas do estado.
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Atualizada dia 31 out 23
CUIABÁ - A cotação da arroba do boi gordo, em Mato Grosso, aumentou 12,71% ante a set/23 e ficou cotada a R$ 201,19 (parcial até 27/10). Essa atual conjuntura de valorização no preço da arroba foi influenciada pela menor oferta dos animais terminados, uma vez que o 2º giro de confinamento foi bem aquém do esperado. Desde 2020 a arroba do boi gordo não apresentava valorização no comparativo entre outubro e setembro, e em out/22 o preço médio foi 3,85% menor ante a set/22.
No início da 2ª quinzena de out/23, foi cotado a R$ 204,10/@, e seguiu até o final do mês com viés lateralizado. Apesar de ter saído da casa dos R$ 170,00/@, observada em set/23, ainda não apresentou “força” para novos impulsos. Esse movimento de incerteza nos preços é um ponto de atenção, principalmente, para os confinadores, uma vez que este é o período de programação das atividades do 3º giro de confinamento no estado.
ACRÉSCIMO: o preço do boi magro em Mato Grosso valorizou 2,93% na última semana e foi cotado a R$ 2.693,93/cab, devido à maior procura pela categoria.
DIMINUIU: com o enfraquecimento da demanda no estado, a cotação da carcaça casada do boi desvalorizou 0,99% no comparativo semanal, e ficou com média de R$ 15,88/kg.
MAIS DIAS: devido à menor demanda pela proteína bovina no estado, a escala de abate aumentou 5,45%, na semana passada, e fechou em 8,32 dias úteis.
Mercado futuro aponta lateralização para os preços do boi gordo nos próximos meses.
Depois de encerrarem set/23 cotados na casa dos R$ 230,00/@, os contratos do boi gordo no mercado futuro com vencimento para nov/23 e dez/23 registraram ganhos de R$ 10,00/@ ao longo de out/23. Dessa forma, o contrato com encerramento em nov/23 foi cotado na média de R$ 240,70/@ em out/23 (até 30/10), ganho de 3,88% no comparativo mensal. Do mesmo modo, o contrato de dez/23 foi cotado a R$ 241,85/@, ganho de 3,44% no mesmo comparativo.
No entanto, mesmo com os incrementos, os contratos se mantêm próximos, com diferença de R$ 1,15/@. Isso significa que os investidores da bolsa ainda apontam para um mercado lateralizado até o final do ano. Por fim, além da oferta do 3º giro de confinamento, os preços no mercado físico dependerão, principalmente, do comportamento da demanda pela proteína no mercado interno e externo.
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Atualizada dia 10 out 23
CUIABÁ - Segundo os dados da Secex, em set/23 MT exportou 55,26 mil TEC (toneladas equivalente carcaça), aumento de 4,63% no comparativo mensal. No entanto, cabe ressaltar que ainda é 10,52% menor que o volume exportado em set/22. Por sua vez, a receita gerada pelo envio da carne bovina ao mercado exterior aumentou 6,13% ante a ago/23 e fechou set/23 com valor total de US$ 191,66 milhões.
Ademais, a China continua sendo o principal comprador da proteína vermelha mato-grossense, seguida dos Emirados Árabes Unidos, com o total de 34,55 e 3,19 mil TEC, respectivamente, aumento de 17,76% e 59,27%, na mesma ordem, quando comparado a ago/23. Por fim, com a aproximação do Ano Novo Chinês, a China tende a aumentar o volume importado da proteína vermelha, uma vez que esse é um importante feriado para o país, que movimenta o consumo de carne.
AUMENTOU: o preço da arroba do boi em Mato Grosso valorizou 3,27% na última semana e foi cotada a R$ 195,76, devido à menor oferta de bovinos prontos para o abate.
ACRÉSCIMO: a cotação da vaca gorda à vista seguiu o mesmo cenário do boi gordo, com valorização de 2,08% no comparativo semanal e fechou com média de R$ 174,88/@.
DIMINUIU: na praça mato-grossense a escala de abate reduziu 14,32% na semana passada e fechou em 7,84 dias úteis, ocasionada pela baixa disponibilidade de gado.
Abate de bovinos em set/23 atinge recorde, mesmo com redução no comparativo mensal.
No acumulado de janeiro a setembro de 2023, MT registrou recorde no abate de bovinos, com 4,53 milhões de bovinos enviados para o “gancho”. Esse valor representa aumento de 22,16% em relação ao mesmo período de 2022, o que reforça a perspectiva de que 2023 seja o ano de maior abate e produção de carne bovina da história de Mato Grosso. Em set/23, mesmo com a queda mensal de 4,15% no total de bovinos abatidos, com 557,37 mil cabeças, o volume também representa recorde para o mês de setembro.
Quanto ao abate de fêmeas, como era esperado para o 2º semestre, sua participação diminuiu, chegando a 37,79% do total, com 210,61 mil cabeças enviadas para as indústrias. Para os próximos meses, o volume de bovinos enviados para o gancho dependerá, principalmente, do 3º giro de confinamento, uma vez que o 2º giro praticamente não aconteceu.
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Atualizada dia 19 set 23
CUIABÁ - Na 1ª quinzena de set/23 as escalas de abates dos frigoríficos em MT ficaram em 12,9 dias e atingiram o maior patamar para o período na série histórica do Imea. O indicador está 43,94% maior que no mesmo período de set/22. Esse cenário é resultado, principalmente, do baixo escoamento da carne para o mercado interno ante a grande oferta de bovinos.
Segundo o Indea, em ago/23 foram abatidas 581,51 mil cabeças de gado de MT, maior volume de abate mensal para o estado, o que justifica a queda no preço pago pela arroba do boi gordo vista nos últimos meses. Por fim, o volume de abate nos próximos meses dependerá do ritmo do envio dos animais confinados para a indústria, uma vez que a oferta de fêmeas é tipicamente menor no segundo semestre e muitas incertezas giram entre os pecuaristas quanto ao volume de bovinos a ser fechado no 3º giro do confinamento.
LADO A LADO: após sucessivas quedas a cotação do boi gordo ficou lateralizada e fechou a semana na média R$ 172,37/@, indicando sustentação nos preços.
DIMINUIU: na praça mato-grossense, a cotação do garrote de 18 meses fechou na média de R$ 2.032,86/cab, o que resultou em ajuste semanal de -0,19%.
AUMENTOU: com a demanda interna sinalizando melhora, o atacado sem osso valorizou 0,37% no comparativo semanal, com a média de R$ 26,07/kg.
Mato Grosso produz o maior volume de carne bovina da série histórica para o primeiro semestre.
Segundo o IBGE, o estado produziu 715,31 mil toneladas de proteína vermelha entre jan/23 e jun/23 — incremento de 15,29% no comparativo anual. Esse aumento na produção foi reflexo da intensificação nos envios de fêmeas para o abate, típica da fase de baixa do ciclo pecuário. Dessa forma, o volume de machos nos frigoríficos no 1º sem/23 avançou 10,68% ante o 1º sem/22, ao passo que o número de fêmeas abatidas foi 26,30% maior no mesmo comparativo.
Vale destacar que a participação de fêmeas jovens no “gancho” das indústrias tem sido cada vez maior, de maneira que no 1º sem/23 as novilhas foram responsáveis por 41,65% do total de fêmeas abatidas — maior percentual da série histórica. Em suma, o atual abate de ventres livres (fêmeas jovens) pode impactar a produção de bezerros, reduzindo a oferta desses animais no longo prazo.
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Atualizada dia 12 set 23
CUIABÁ - Segundo o Imea, a margem do equivalente físico, indicador que considera a receita gerada pelo frigorífico com a venda da carne com osso no atacado, atingiu na 1ª sem. de set/23 5,16% — maior margem desde nov/19. Esse cenário foi ocasionado pela maior desvalorização da cotação da matéria-prima ante o atacado, dado que o preço do boi gordo na 1ª sem. de set/23 já acumula queda de 29,93% ante a média de jan/23, ao passo que a desvalorização do EF foi de 19,30% no mesmo comparativo.
A recuperação do EF proporciona folga na margem das indústrias, que passaram por um período pressionado durante a fase de alta nas cotações. Para se ter ideia, em 2021 a margem média do EF foi de -12,13%, e se manteve negativa até o 1º sem/23, uma vez que a indústria não conseguiu repassar a alta do boi gordo para o atacado. O atual viés baixista sobre os preços do boi gordo tende a favorecer a margem das indústrias.
QUEDA: com o alongamento nas escalas de abate frente a baixa demanda interna, a cotação da vaca gorda à vista caiu 2,24% ante a semana passada, e fechou na média de R$ 156,03/@.
DESVALORIZOU: na última semana, o bezerro de 12 meses esteve cotado a R$ 1.587,61/cab, queda de 1,75% no comparativo semanal, devido à alta oferta de animais disponíveis no mercado.
ALONGOU: reflexo do fraco escoamento da proteína bovina, as escalas de abate em MT aumentaram 9,96% ante a semana anterior, com média de 13,25 dias.
Volume de bovinos abatidos em ago/23 foi o maior da série histórica e a presença de fêmeas nas indústrias começa a se reduzir
Segundo o Indea, em ago/23 foram abatidos 581,51 mil bovinos de MT, com destaque para o acréscimo de 21,76% no volume de machos enviados para a indústria no comparativo mensal. Esse incremento foi impulsionado pelo abate de animais mais jovens, uma vez que, ao todo, os machos de 13 a 24 meses totalizaram 129,89 mil cabeças no “gancho”, volume 70,21% maior que o observado em ago/22.
Cabe destacar que esse foi o maior volume mensal de bovinos machos abatidos nessa faixa etária, o que reforça os resultados da maior eficiência produtiva em MT. Ainda, como sazonalmente acontece no 2º semestre no estado, a participação de fêmeas nas indústrias recuou, e o volume de fêmeas abatidas em ago/23 foi 2,53% menor no comparativo mensal. Por fim, os animais engordados em confinamento tendem a aumentar a oferta nos abates nos próximos meses.
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Atualizada dia 29 ago 23
CUIABÁ - As cotações do boi gordo têm sido fortemente pressionadas ao longo de 2023. Assim, a arroba do boi, que foi cotada pelo Imea na média de R$ 246,40/@ em jan/23, caiu para R$ 196,48/@ em ago/23 (parcial até 25/08), o que representou retração de 20,26% nesse comparativo, sendo a maior desvalorização para o período na série histórica.
Esse cenário de forte pressão sobre os preços em Mato Grosso está sendo ocasionado pela oferta de animais disponíveis para abate, que tem suprido a necessidade das indústrias e gerado excedente, o que proporciona o alongamento as escalas de abate. Ademais, a demanda interna pela proteína bovina ainda se mantém aquém do esperado e não está sendo capaz de suprir o volume de carne disponível nos estoques dos frigoríficos, refletindo também em pressão negativa nos demais elos da cadeia (atacado e varejo).
REDUZIU: a carcaça casada do boi caiu 2,32% no comparativo semanal e fechou a última semana em R$ 14,84/kg, reflexo da baixa demanda interna pela proteína.
DIMINUIU: o boi magro refletiu a pressão baixista sobre os preços do boi gordo e registrou queda de 4,15% na última semana, com cotação média de R$ 2.437,71/cab.
EM QUEDA: na última semana a vaca parida foi cotada a R$ 2.823,57/cab., o que representou retração de 5,27% no comparativo semanal, devido à fraca demanda pela categoria.
Com a grande oferta, as cotações do bezerro de ano retornam para os patamares de 2020.
O bezerro de ano (7@) vem sendo pressionado ao longo de 2023 e está na média de R$ 1.800,53/cab. em ago/23 (até o dia 25/08), o que representa queda de 20,89% quando comparado ao preço médio de jan/23. Essa é a maior desvalorização já registrada para o período (agosto ante a janeiro). Assim, o preço do bezerro retorna aos patamares de 2020, no qual a média de ago/20 foi de R$ 1.883,87/cab (nominal). Essa retração da reposição pressiona a margem da cria e faz com que grande parte dos pecuaristas intensifique o envio de matrizes para o abate para gerar caixa.
Desse modo, o acumulado de abates de fêmeas entre jan/23 e jul/23 chegou a 1,69 milhão de cabeças, volume 34,98% maior que o do mesmo período de 2022. Por fim, mesmo com a típica redução nos abates de fêmeas durante o 2º semestre, o envio de matrizes para a indústria tende a se manter alongado até que a cria apresente margens melhores.
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Atualizada dia 15 ago 23
CUIABÁ - As escalas de abate em Mato Grosso, seguiram o ritmo de alongamento visto no mês anterior e fechou as duas primeiras semanas de ago/23 em 11,07 dias, (aumento de 12,50% quando comparado com a 2ª quinzena de jul/23). Desse modo, até o momento, é o maior registro parcial para agosto da série histórica, sendo 26,51% mais longo que o do mesmo período de 2022.
Esse fator em conjunto com a demanda enfraquecida, pressionaram as cotações do boi gordo, resultando no menor preço pago pela @ (R$ 205,10/@) para o período desde 2020. Para se ter ideia, esse valor é 26,27% inferior ao preço praticado na primeira quinzena de agosto de 2022. Dito isso, a melhora sazonal nas cotações do boi gordo no 2º semestre pode ser mais tardia este ano, como foi em 2017, quando os preços reagiram apenas na segunda quinzena de agosto.
REDUZIU: com alongamento das escalas na praça mato-grossense, a vaca gorda à vista desvalorizou 2,88% ante a semana passada e foi cotada na média de R$ 176,87/@.
EM QUEDA: na última semana o dianteiro com osso da vaca foi cotado a R$ 12,08/kg em Mato Grosso, ainda pressionado pelo baixo consumo da população.
DESVALORIZOU: a carcaça casada do boi recuou 3,04% no comparativo semanal e registrou média de R$ 15,49/kg, devido à demanda interna enfraquecida.
MT registrou recuo, no abate de bovinos fêmeas, no comparativo mensal, totalizando 245,67 mil
Os abates de bovinos, em MT, aumentaram 1,31% ante a jun/23 e ao todo somaram 526,59 mil animais na linha de “gancho” em jul/23. Esse incremento foi influenciado, principalmente, pela maior presença de machos nas indústrias (avanço de 11,44% no comparativo mensal), que foi impulsionado pelo maior abate de machos de 24 a 36 meses. Desse modo, o volume de fêmeas abatidas em jul/23 fechou em 245,64 mil cabeças e foi 8,23% menor que no mês anterior, e pela primeira vez em cinco meses a participação de fêmeas esteve abaixo de 50,00%, e encerrou o mês em 46,65%.
Por fim, com a maior participação de machos frente ao recuo nos envios de fêmeas para abate, o 2º semestre do ano sinaliza a possível inversão do movimento, dado que antes era visto de intenso abate de “vacas vazias” para agora, maior presença de machos de confinamento.
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Atualizada dia 04 jul 23
CUIABÁ - O Imea divulgou a 3ª estimativa para o Valor Bruto da Produção (VPB) no estado de Mato Grosso, que fechou em R$ 202,31 bilhões, redução de 7,72% quando comparado com os valores divulgados na 2ª estimativa. Desse modo, o setor da pecuária composto pelas cadeias da bovinocultura de corte, aves, suínos e leite representou 15,85% do VBP, com total de R$ 32,05 bilhões, valor 3,58% menor que o divulgado na 2ª estimativa.
Essa redução na receita gerada pelo setor foi puxada principalmente pelo VBP da bovinocultura de corte, que foi 5,64% menor no mesmo comparativo e fechou em R$ 26,21 bilhões. Isso aconteceu por que apesar do aumento no número de bovinos abatidos em 2023, a maior oferta desses animais resultou em pressão baixista sob o valor de venda do boi gordo, em função da fase de baixa do ciclo pecuário.
AUMENTOU: devido a menor oferta de animais terminados a cotação da vaca gorda na última semana em Mato Grosso, teve um acréscimo de 1,72% e ficou com a média de R$ 181,01/@.
QUEDA: o preço da vaca parida reduziu 4,97% ante a última semana, sendo cotada a R$ 3.500,13/cab. ocasionado pela alta oferta de fêmeas somado a baixa demanda.
DESVALORIZOU: no atacado o traseiro da vaca foi cotado a R$ 16,09/kg o que significou uma desvalorização de 1,61% quando comparado a semana anterior.
Após período de intensa desvalorização, a arroba do boi gordo sinaliza recuperação no mercado futuro
Na última quinzena de jun/23 a arroba do boi nos contratos com vencimento futuro na BM&F passou por ajuste positivo, dando alívio para o viés baixista observado nos últimos meses. Deste modo, os contratos com vencimento em jul/23, ago/23 e set/23 fecharam a última quinzena de jun/23 (do dia 19 a 30) na média de R$ 262,10/@, R$ 262,16/@ e R$ 261,47/@, respectivamente, saindo da faixa de R$ 251,00/@ que era vista na primeira quinzena do mês (até o dia 16).
O movimento de alta também foi visto no mercado físico, que após a atingir a mínima de R$ 205,17/@ em 09/06 (menor valor nominal desde 24/08/20 no indicador Imea), o boi gordo encerrou o dia 30/06 cotado a R$ 212,18/@. Esse cenário é resultado, principalmente da restrição na oferta de bovinos terminados com o início da estiagem, que pode favorecer as cotações do boi gordo no mercado físico no 2º semestre.
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Atualizada dia 20 jun 23
CUIABÁ - A relação de troca boi/milho segue com tendência favorável ao pecuarista e avançou 0,89 sc/@ em jun.23 ante a mai.23 (considerando do dia 1 a 16 de cada mês), ficando em 5,78 sacas de milho por arroba de boi gordo na parcial deste mês. O que justificou esse cenário, apesar da queda no valor de venda do boi gordo, é que a desvalorização nos preços do milho disponível foi ainda maior.
Nesse sentido, o boi gordo passou de R$ 233,90/@ na 1ª quinzena de mai.23 para R$ 206,68/@ em jun.23 (recuo de 11,56%), ao passo que o preço do milho disponível reduziu 25,18% no mesmo comparativo e esteve cotado a R$ 35,79/sc em jun.23. Por fim, a estimativa do Imea aponta uma grande produção do cereal para a safra 22/23 em Mato Grosso, que somada ao déficit de armazenagem do estado pode continuar pressionando os preços do milho e melhorar a relação de troca do pecuarista.
SUSTENTAÇÃO: após sucessivas desvalorizações, o boi gordo apresentou sustentação no comparativo semanal e ficou cotado a R$ 182,17/@.
REDUZIU: na contramão do boi, a vaca gorda registrou queda de 1,81% no comparativo semanal, com cotação média de R$ 178,88/@ em Mato Grosso.
DIMINUIU: a arroba do boi gordo no contrato corrente da B3 apresentou ajuste negativo de 0,86% ante a semana anterior e ficou na média de R$ 245,69/@
O volume acumulado das exportações de carne bovina em toneladas em equivalente de carcaça dos primeiros 5 meses de 2023 registrou recorde na série histórica de MT.
Mesmo com a restrição nas compras chinesas durante o período do embargo em função do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina, o volume total de carne exportado por Mato Grosso no acumulado de jan.23 a mai.23 foi de 245,96 mil toneladas em equivalente de carcaça e superou em 1,49% o volume enviado para o mercado externo no mesmo período do último ano, quando foram enviadas 242,34 mil TEC².
A China continuou sendo o maior importador da proteína bovina mato-grossense, apesar de ter reduzido o share nas exportações do estado e saiu de 49,67% em 2022 para 45,04% em 2023. Por outro lado, o Egito (segundo maior comprador da carne do estado), aumentou suas compras em 35,90% no mesmo comparativo e aumentou sua participação em 2,51 p.p. em 2023 ante a 2022.
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Atualizada dia 06 jun 23
CUIABÁ - Segundo os dados do Imea, o valor de venda do bezerro de ano registrou desvalorização de 28,99% em mai.23 ante a mai.21 (vale ressaltar que 2021 foi o ano com as maiores cotações) influenciado principalmente pelo excesso de animais no mercado em função da intensa retenção de matrizes. Do mesmo modo, a arroba do boi gordo, que também esteve sob a pressão da entrada de fêmeas na linha de abate em 2023, apresentou retração de 22,65% no mesmo comparativo.
Nesse sentido, mediante a maior desvalorização dos bezerros frente ao boi gordo, a relação de troca entre essas categorias avançou 8,98% em mai.23 ante a mai.21 e ficou em 1,82 cab./cab. ao passo que estava em 1,67 cab./cab. respectivamente (bezerros de 12 meses por boi gordo de 18 @). Apesar da baixa atratividade dos preços do boi gordo, a relação de troca favorece o poder de compra do invernista.
EM QUEDA: na última semana a vaca gorda desvalorizou 5,11% no comparativo semanal em MT, com média de R$ 191,65/@, devido ao maior volume de fêmeas enviadas ao abate.
SOB PRESSÃO: a carcaça casada da vaca esteve sob pressão nos preços e caiu -2,19% em relação à última semana, cotada a R$ 14,81/kg, devido ao aumento de vacas nas indústrias.
DESVALORIZAÇÃO: o preço do boi gordo na B3 foi 4,18% ante a semana anterior e fechou em R$ 245,90/@, com o início da entressafra de capim que ocasiona maior oferta de animais.
O aumento na oferta de animais somado à fase de baixa do ciclo pecuário resultou no pior maio da história.
Os dias mais curtos e a menor luminosidade reduzem o vigor das pastagens e a capacidade de suporte das fazendas. Com isso, aumentou-se a disponibilidade de animais terminados no mercado e na linha de abate das indústrias, refletindo no alongamento da escala de abate em MT, que fechou mai.23 com a média de 9,74 dias – maior resultado da série histórica do Imea para o período.
Esse cenário contribuiu com a pressão baixista sobre os preços e refletiu na maior queda mensal para o mês de maio na cotação do boi gordo, cuja retração foi de 7,17% ante a abr.23 e passou de R$ 246,05/@ para R$ 228,41/@. No mesmo período de 2021 (pico da fase de alta do ciclo pecuário), a escala de abate foi de 5,05 dias e o boi gordo era cotado a R$ 295,29/@. Essa conjuntura tende a se manter no curto prazo devido à maior oferta de bovinos no início da entressafra.
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Atualizada dia 30 maio 23
CUIABÁ - A arroba do boi gordo segue pressionada em Mato Grosso, em função do aumento na oferta de animais. Nesse sentido, na parcial de mai.23 (até o dia 26) o indicador apresentou média de R$ 230,40/@ — redução de 6,36% ante a abr.23. Do mesmo modo, o preço do milho disponível em MT seguiu na mesma tendência e foi cotado a R$ 46,54/sc no mesmo período de mai.23, com retração de 11,45% no comparativo mensal.
Esse movimento favoreceu a relação de troca com insumos do pecuarista, que, apesar da desvalorização na @, avançou 6,21% ante o último mês e ficou em 4,97 sc/@. Com a perspectiva da superprodução de milho e soja frente ao déficit de armazenagem, os preços dos grãos tendem a ser menores no 2º sem.23, que, somados à valorização sazonal nos preços do boi gordo, podem favorecer a relação de troca do pecuarista, especialmente dos confinadores que intensificam a atividade no 2º semestre do ano.
EM QUEDA: Na última semana a relação de troca entre boi e bezerro passou por um reajuste negativo de 1,39% ante a semana anterior, onde foi registrado 1,80 cab/cab.
SOB PRESSÃO: O preço da vaca gorda esteve na média de R$ 201,96/@ na última semana, o que representou queda de 2,19% quando associado à semana anterior.
ALONGOU: A escala de abate em Mato Grosso refletiu a oferta de animais nas indústrias e apontou aumento de 7,78% ante a semana anterior, com média de 9,98 dias.
A elevada presença de fêmeas na linha de abate do mercado pecuário mato-grossense refletiu no maior deságio da arroba da vaca da década.
A diferença entre a arroba da vaca e do boi gordo na parcial de mai.23¹ está em -9,57% — em mar.23 atingiu a máxima deste ano e fechou o mês na média de -9,85%. Esses patamares não eram vistos desde 2013, quando o deságio anual da fêmea foi de -9,38% (cabe ressaltar que o deságio na série histórica está em -6,70%). Essa diferença é influenciada principalmente pela grande oferta de vacas, uma vez que em 2013 foi visto o maior volume de fêmeas nas indústrias no acumulado de jan. a abr. (1,04 milhão de cabeças).
Trazendo para os dias atuais, o total de fêmeas abatidas no mesmo período deste ano foi de 886,16 mil cabeças (desde 2013, apenas em 2019 foi visto volume superior, quando foram abatidas 910,10 mil fêmeas). Nesse sentido, o alto deságio para a @ da vaca gorda indica que ainda pode haver um grande volume de fêmeas nas indústrias do estado.
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Atualizada dia 16 maio 23
CUIABÁ - A oferta de animais terminados no mercado continua em alta em Mato Grosso e, apesar da redução de 4,20% nos abates realizados dentro do estado (com o total de 445,49 mil cabeças) em abr.23 ante a mar.23, a média de abates diários no último mês foi 51,33% maior que no mesmo período do ano passado. Nesse sentido, as indústrias operaram com menor ociosidade frigorífica, de modo que a utilização da capacidade frigorífica real no estado foi de 94,46% em abr.23 – valor 13,18 p.p. acima da média da utilização na série histórica.
As regiões centro-sul e sudeste do estado, que juntas somam 51,33% dos abates realizados, abateram 8.124 e 4.554 cabeças/dia, respectivamente. O aumento nos abates já era esperado, devido ao início da estiagem, e com o começo da entressafra de capim, a tendência é que o setor industrial continue operando com menor ociosidade no curto prazo.
EM QUEDA: a oferta de animais continuou e a arroba do boi gordo segue sob pressão, com recuo de 1,78% ante a última semana e fechou a semana na média de R$ 233,24.
SOB PRESSÃO: as fêmeas também apresentaram ajuste negativo de 2,13% no comparativo semanal e foram cotadas a R$ 210,99/@.
ALONGOU: as escalas de abate refletiram a elevada disponibilidade de animais para abate e alongaram 6,34% na última semana – o indicador ficou em 9,91 dias no estado.
China e menos dias úteis em abr.23 provocam queda nas exportações de MT, segundo a Secex.
Os envios de carne recuaram 25,59% em abr.23 ante a mar.23 em MT, com 34,56 mil TEC¹. Somado ao fato de menos 5 dias utéis em abr.23 ante ao mês anterior, a China também importou 42,45% a menos que em mar.23, com total de 9,8 mil TEC. O embargo chinês findou-se no final de mar.23, mas as atualizações de contratos e novas negociações foram lentas no início de abril, fato que limitou os envios diários. Por outro lado, países como Egito e Emirados Árabes Unidos apresentaram avanço de 13,78% e 99,95% no volume importado ante a mar.23, e somaram 5,57 e 3,21 mil TEC, na mesma ordem.
Em anos anteriores, o 1º quadrimestre era responsável por cerca de 30% do volume anual, contudo, os embarques de 2023 apresentaram recuo de 8,42% ante o mesmo período de 2022. Assim, se perdurar o cenário de queda nos envios, a redução no ritmo neste início de ano pode acarretar o fechamento anual inferior ao de 2022.
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Atualizada dia 09 mai 23
CUIABÁ - O boi gordo foi cotado a R$ 247,32/@ em Mato Grosso, em abr.23 (valor a prazo e livre de Funrural), com valorização de 2,17% ante a mar.23. A recuperação nos preços (após a desvalorização de mar.23) foi decorrente do fim do embargo pela China e da retenção dos animais no pasto – que restringiu a oferta de machos para abate. A decisão dos chineses também refletiu em ajuste positivo nas cotações de São Paulo, onde o aumento foi de 1,27% no comparativo mensal, de modo que o boi gordo foi cotado a R$ 288,71/@ no mesmo período.
A valorização mais intensa nas cotações de Mato Grosso frente à de São Paulo resultou no encurtamento de 0,76 p.p. no diferencial de base entre as praças MT-SP, dessa forma, o indicador fechou abr.23 com a média de 14,33% (+1,27 p.p. ante a abr.22). Os preços do boi gordo tendem a ser pressionados com maior intensidade em MT no 2º tri.23 com o aumento na oferta dos animais terminados a pasto.
SUFOCADO: com a entrada dos bois terminados a pasto no mercado, os preços do boi gordo reduziram 2,11% na última semana e foi cotado a R$ 237,39/@.
SOB PRESSÃO: a vaca gorda seguiu o ritmo dos machos e registrou desvalorização de 2,10% ante a semana passada, com preço médio de R$ 215,48/@ no estado.
LATERALIZOU: o bezerro de 12 meses, por sua vez, seguiu lateralizado, com leve ajuste positivo de 0,12% na última semana e registrou preço médio de R$ 2.250,00/cab.
A quantidade de abates diários em abr.23 no estado é a maior desde nov.19.
Ao todo, foram enviados 449,56 mil animais para o gancho e as fêmeas mantiveram-se na liderança do maior volume nas indústrias pelo 3º mês consecutivo e representaram 50,76% do total de animais destinados aos frigoríficos em abr.23. A redução no volume de abates no último mês foi resultado do menor número de dias úteis ante a mar.23 (menos cinco dias no comparativo mensal). Entretanto, em abr.23 o número de cabeças abatidas por dia aumentou 21,58% em relação a mar.23, com a média de 24,97 mil abates diários.
Esses números reforçam a perspectiva do incremento sazonal na oferta de bois que ocorre no estado no 2º trimestre. Desse modo, os preços do boi gordo tendem a se manter sob a pressão baixista no 2º tri.23, uma vez que na primeira semana de mai.23 a escala de abates no estado já é 22,74% maior que no mesmo período de 2022, dando sinais de um mercado bem ofertado.
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Atualizada dia 25 abr 23
CUIABÁ - De acordo com o Projeto Rentabilidade no Meio Rural (Senar/MT e Imea), no 1º tri. de 2023, o (COT) por arroba produzida da cria, recria-engorda e ciclo completo em MT foi de R$ 200,11, R$ 245,65 e R$ 236,28, respectivamente. Para o ciclo completo, o destaque dessa divulgação foi em relação ao aumento no custeio em relação a 2022, pautado pela mudança no perfil tecnológico do pecuarista modal do estado, que foi captado nas atualizações anuais do Imea.
Resultando na inclusão de despesas, que anteriormente não eram observadas para o perfil de um pecuarista modal, como concentrados na suplementação e a inclusão do custo com conservação de forragem. Já nos custos dos sistemas de cria e recria-engorda, o que sobressai foi a queda no valor com aquisição de animais (-36,55% e -22,67% no 1°tri.23 ante a média de 2022), em função da desvalorização dos animais de reposição em 2023 com a inversão do ciclo pecuário.
ESFRIOU: a arroba do boi gordo seguiu pressionada e registrou uma queda de 0,33% no comparativo semanal sendo cotada na média de R$ 246,75.
SINAL NEGATIVO: o preço da vaca gorda após uma semana de alta voltou a recuar e registrou ajuste negativo de 0,40%, com preço médio de R$ 223,27/@.
NO VERMELHO: a baixa liquidez nos negócios resultou em uma pressão negativa no mercado futuro e a arroba do boi gordo no contrato de mal/23 na B3 ficou na média de R$ 272,46/@.
Embargo nas exportações de carne bovina no mês de mar.23 refletiu em queda nas arrobas de Mato Grosso e São Paulo.
O boi gordo esteve cotado a US$ 46,17/@ em MT e US$ 54,20/@ em SP (queda de 1,51% e 1,24% ante a fev.23, na mesma ordem). O boi gordo também foi pressionado no mercado internacional, e na Argentina e no Paraguai e cotado a US$ 50,14/@ e US$ 51,38/@ (queda de 8,85% e 2,84% no comparativo mensal, respectivamente). Os Estados Unidos, por sua vez, seguiram na liderança com o maior valor pago por arroba e estiveram no movimento contrário dos demais países com uma valorização de 3,04% no comparativo mensal e preço médio de US$ 97,23/@.
O que justificou o movimento contrário da @ norte-americana foi a forte demanda interna somada à perspectiva de redução na produção de carne em 2023. A @ de MT foi a mais competitiva no período, porém o cenário de desaceleração da inflação no mercado mundial pode trazer maior competição entre os demais.
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Atualizad dia 18 abr 23
CUIABÁ - De acordo com o Imea, em mar.23 a utilização da capacidade total de abate dos frigoríficos em Mato Grosso apresentou um avanço de 3,66 p.p. ante fev.23 e o estado utilizou 54,47% da capacidade industrial. O aumento na utilização do setor esteve atrelado ao incremento no volume de animais abatidos dentro do estado, principalmente pelo avanço do envio de fêmeas para o gancho. Em números, foram abatidas 465,02 mil cabeças bovinas em Mato Grosso, o que representa um acréscimo de 16,91% em relação ao volume de fev.23.
Vale destacar que esse foi o maior volume observado para o mês de março na série histórica e reforça o cenário de intensificação nos abates esperada para 2023. Para o curto prazo, a maior disponibilidade de animais terminados advindos da terminação a pasto tende a resultar em maior oferta de bovinos na linha de abate, o que pode contribuir com a redução da ociosidade frigorífica do estado.
ESFRIOU: dado o final da 1ª quinzena do mês, o mercado do boi apresentou ajuste negativo de 0,13% no comparativo semanal e foi cotado a R$ 247,57/@ na praça mato-grossense.
SINAL POSITIVO: o preço da vaca gorda esteve estável na maioria das regiões do estado, contudo, puxado pela região oeste, subiu 0,40% ante a semana passada, com média de R$ 224,16/@.
ALONGOU: a escala de abate voltou a subir na praça mato-grossense com incremento de 4,79% no comparativo semanal. Desse modo, a média do estado esteve em 8 dias.
Mesmo com o embargo nos envios à China após o caso da Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB) no Brasil, Mato Grosso manteve o volume de embarques entre um dos maiores para o mês de março.
Segundo os dados divulgados pela Secex, o volume de carne bovina mato-grossense enviada para outros países em mar.23 somou 41,41 mil TEC* – redução de 3,50% ante a fev.23. Em receita, as exportações foram responsáveis por US$ 150,66 milhões – queda de 4,22% no comparativo mensal.
Mediante o exposto, é possível perceber que, apesar de a China ter reduzido em 28,89% o volume de importação da carne de Mato Grosso, as exportações mantiveram-se sustentadas pelos demais países. Para se ter ideia, o volume de carne produzido para exportação pelo estado em mar.23 esteve 10,44% acima da média observada para o período dos últimos cinco anos. Por fim, esse resultado do estado demonstra a importância em se diversificar os parceiros comerciais.
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Atualizada dia 04 abr 23
CUIABÁ - O ágio da arroba do bezerro sobre a arroba do boi gordo já registrou queda nos primeiros meses do ano. Após sair das máximas históricas atingidas nos anos de 2021 e 2022, quando o indicador estava na casa dos 46%, o ágio da arroba do bezerro de 12 meses e 7@ sobre a arroba do boi gordo (R$/@ bezerro/ R$/@ boi gordo) fechou mar.23 em 32,38%.
O recuo foi pautado, principalmente, pela desvalorização da arroba do bezerro que foi intensificada nos últimos meses, reflexo da maior produção desses animais nos anos 2020 e 2021. A região noroeste apresentou o menor ágio (25,31%), por ter maior intensidade da atividade de cria, ante as demais, e maior volume de bezerros no mercado. Uma vez mantida a perspectiva de baixa (ou, ao menos, ausência de intensas valorizações) nos preços do bezerro, o ágio tende a reduzir no estado. Dessa forma, é uma oportunidade para os invernistas e confinadores aumentarem seu plantel.
VALORIZOU: a arroba do boi apresentou valorização de 1,39% após a retomada das compras chinesas, no comparativo semanal, e esteve negociada a R$ 245,93.
CRESCENTE: ainda no cenário de boas condições de pastagens, a retenção de animais dentro da porteira refletiu na alta de 1,50% no preço
da vaca gorda, com média de R$ 221,17/@.
MENOS DIAS: dada a conjuntura de boas expectativas com a retomada da China e novas habilitações frigoríficas, houve retenção de gado, que refletiu na queda de 2,23% na escala de abate.
Estimativa do Valor Bruto da Produção (VPB) da pecuária sobe 7,89% em MT, em 2023.
Segundo o Imea, a 2ª estimativa do VPB total (agricultura e pecuária) para 2023 projetou incremento de 8,43% ante a 6ª estimativa.22, totalizando R$ 219,26 bilhões. No que tange à participação no valor total, a pecuária é responsável por gerar 15,16% do VBP estadual, com expectativa de somar R$ 33,25 bilhões neste ano. O incremento no setor é puxado pelas cadeias de bovinocultura de corte, aves e suínos, com estimativa de alta de 7,46%, 15,79% e 11,35% no valor bruto, respectivamente, ante a 2022.
Para a bovinocultura de corte – cadeia com maior participação no VBP da pecuária – é projetada valor de R$ 27,78 bilhões. Para 2023, diferentemente de 2022, não se esperam altos patamares no preço da arroba. Assim, cabe ressaltar que o incremento no VBP da bovinocultura de corte deverá ser reflexo do aumento no abate de bovinos no estado, principalmente, no volume de envios de fêmeas.
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Atualizada dia 28 mar 23
CUIABÁ - Após 28 dias de suspensão nas certificações de carne bovina para envio à China, a Administração Geral das Alfândegas da China (GACC) anunciou no dia 23 de mar.23 a retomada das compras do país asiático. Vale lembrar que o embargo ocorreu devido à confirmação do caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina atípica no Pará. Somada à notícia, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e a GACC divulgaram também a reabilitação da planta frigorífica situada na cidade de Guarantã do Norte (MT) para voltar às exportações de seus produtos aos chineses.
Além disso, plantas nos estados de Rondônia, Espírito Santo e Paraná receberam habilitação para iniciar os envios da proteína bovina à China. O encerramento do embargo, somado às habilitações das indústrias, pode refletir na recuperação do preço da arroba, além da receita e do volume das exportações de carne bovina mato-grossenses para os próximos meses.
SUBIU: a arroba do boi apresentou valorização de 0,96% no comparativo semanal e esteve negociada na média de R$ 242,55 na praça matogrossense.
LADO A LADO: dada a melhora nas pastagens, a oferta de fêmeas não foi tão intensa na última semana. Assim, o preço da vaca gorda subiu 1,03% e fixou-se na média de R$ 217,91/@
VALORIZOU: O fim do embargo das exportações à China, somado a novas habilitações, refletiu na alta de 1,23% no contrato de mar/23 no comparativo semanal e esteve na média de R$ 288,65/arroba.
Chuvas previstas para abril.23 podem melhorar as condições das pastagens em Mato Grosso.
De acordo com as previsões do Tempocampo, é esperado um bom volume de precipitações em todo o estado de Mato Grosso nos próximos 30 dias (24/03 a 24/04), com destaque para as regiões próximas aos municípios de Aripuanã, Alta Floresta e a Baixada Cuiabana*, tendo estimativas de chuvas acima de 100 mm no acumulado dos próximos 30 dias. Já nas regiões próximas de Água Boa e Rondonópolis, a previsão de chuva acumulada ficou entre 25 e 75 mm no mesmo período.
O cenário de boas chuvas e, consequentemente, a recuperação das pastagens, proporcionam ao pecuarista maior capacidade de retenção do gado dentro da porteira à espera de melhores preços para a comercialização. Como reflexo dessa retenção, alguns frigoríficos no estado estão encontrando dificuldades para a compra de bovinos machos. Por outro lado, a oferta de fêmeas segue alta, contudo, em menor intensidade nas últimas semanas.
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Atualizada dia 21 mar 23
CUIABÁ - De acordo com os dados divulgados pelo IBGE, a produção de carne bovina mato-grossense em 2022 registrou incremento de 2,04% ante a 2021. O volume produzido em set.22 foi 30,08% que o observado no mesmo período do ano anterior, quando ocorreu a confirmação dos dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina atípico no país.
O aumento na produção anual foi pautado pelo ritmo de alta nas exportações no ano passado e pelo aumento no número de abates do estado (+1,73% no mesmo comparativo) com o total de 4,69 milhões de bovinos abatidos.
Foi impulsionado principalmente pela intensificação no descarte de matrizes, que resultou em 1,85 milhão de fêmeas enviadas ao gancho (+9,41% em relação a 2021). Entretanto, como resultado da maior participação de fêmeas nos abates, o rendimento médio não apresentou grandes ajustes em 2022 e a média foi de 19,14@/animal – aumento de 0,30% no comparativo anual.
SUBIU: o bom volume de chuvas refletiu na recuperação das pastagens. Assim, com a maior retenção dos animais no pasto, a arroba do boi subiu 1,28% na semana e fixou-se em R$ 240,24.
AUMENTOU: puxada pelas regiões centro-sul e sudeste do estado, a arroba da vaca gorda subiu 0,70% ante a semana passada e esteve negociada na média de R$ 215,68.
DESVALORIZOU: diante das incertezas do mercado pecuário, os contratos de mar/23 recuaram 1,10% no comparativo semanal e estiveram na média de R$ 285,13/@ na B3.
Utilização frigorífica operacional¹ e real² avançaram, enquanto os abates bovinos caíram em fev.23 no comparativo mensal em Mato Grosso.
Esse movimento foi justificado pelo menor número de dias úteis que jan.23 (- 3 dias) e o embargo das exportações de carne bovina à China na última semana do mês. A paralisação temporária nos envios aos chineses impactou diretamente no número de plantas em operação, visto que algumas indústrias optaram por férias coletivas como forma de mitigar os efeitos do embargo nas atividades.
Assim, com menos frigoríficos operando no estado, o setor industrial trabalhou com menor ociosidade e a utilização frigorífica em operação¹ fixou-se em 62,26% em fev.23 (alta mensal de 6,28 p.p.). No mesmo ritmo, a utilização frigorífica real² apresentou aumento de 7,51 p.p. ante jan.23 e o indicador fixou-se em 93,25% em fev.23. No curto prazo, a ociosidade das indústrias dependerá da retomada das compras chinesas, uma vez que o país é o principal destino das exportações.
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Atualizada 14 mar 23
CUIABÁ - De acordo com os dados divulgado pela Secex, as exportações de carne bovina pelo Mato Grosso somaram 42,88 mil TEC em fev.23 – redução de 10,18% em relação a jan.23. A receita acompanhou o mesmo ritmo e reduziu 10,59% no comparativo mensal. A queda nos envios foi pautada especialmente pelo embargo das certificações da proteína para a China, ocorrido nas últimas semanas do mês.
Desse modo, o volume exportado para o país asiático em fev.23 foi 14,26% menor que o observado em jan.23. Entretanto, apesar da redução dos embarques totais no comparativo mensal, o volume ainda é 32,73% acima da média exportada no mês de fevereiro dos últimos 5 anos. Neste sentido, o mercado pecuário ainda segue aguardando a retomada das compras chinesas, cuja expectativa é de que ocorra ainda neste mês, segundo o ministro Carlos Fávaro, do Ministério da Agricultura e Pecuária.
SUBIU: com o início do mês, a arroba do boi apresentou valorização pontual de 0,84% ante a última semana de fev.23. Assim, o boi gordo esteve negociado na média de R$ 237,20/@.
EM QUEDA: o preço da vaca gorda seguiu pressionado e registrou queda de 0,59% no comparativo semanal, sendo cotada na média de R$ 214,18/@ em Mato Grosso.
REDUZIU: com a paralisação das certificações de proteína bovina à China, as escalas de abates encurtaram 10,43% e estiveram na média de 8,78 dias na praça mato-grossense.
Abate de machos recua, enquanto o de fêmeas avança em Mato Grosso em fev.23.
Segundo o Indea, o abate total de bovinos recuou 14,58% em fev.23 ante a jan.23, em números, foram 405,10 mil cabeças abatidas no estado. Por fevereiro deter de menos dias úteis que janeiro, a diminuição já era esperada, neste sentido os envios de machos caíram 29,35% - em função da recuperação das pastagens, contudo, os abates de fêmeas subiram 6,60% no comparativo mensal.
O incremento no abate total de fêmeas foi impulsionado pela maior oferta das de até 24 meses e mais de 36 meses, que cresceu 16,22% e 6,11% ante a jan.23, respectivamente. Dada a fase de baixa do ciclo, a participação das fêmeas no abate total vem crescendo gradualmente. Assim, em fev.23 a proporção de fêmeas no abate total fixou-se em 51,29%, alta de 10,19 p. p. ante a jan.23. Para mar.23, a participação das fêmeas tende a se manter em alta, já que o descarte da categoria é mais intenso no 1ºsemestre do ano.
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Atualizada 07 mar 23
CUIABÁ - A cotação da arroba do boi gordo mato-grossense caiu 1,89% em fev.23, enquanto a paulista valorizou 1,21% ante a jan.23, ambas, livres do Funrural, estiveram na média de R$ 243,21 e R$ 292,67, respectivamente. Em MT, as negociações seguiram pressionadas ao longo do mês, cenário intensificado na última semana após a confirmação pelo Mapa do caso da “vaca louca” no Pará.
Já no âmbito paulista, ainda que o caso atípico da doença tenha impactado fortemente nos preços no final do mês, SP teve cotações elevadas na primeira quinzena, fato que sustentou o fechamento mensal positivo. Desse modo, o diferencial de base entre SP-MT encerrou fev.23 em -16,90%, alongamento de 2,62 p.p. ante a jan.23. Assim, para mar.23, o comportamento do diferencial de base, dependerá da duração do período de embargo das exportações à China e do consumo da proteína bovina no mercado interno.
CAIU: reflexo da paralisação dos embarques da proteína bovina para a China, o boi gordo recuou 2,58% ante a semana passada e esteve negociado na média de R$ 235,22/@.
OFERTA: o volume de envio de fêmeas para o abate seguiu elevado em MT. Assim, a vaca gorda reduziu -3,35% ante a última semana e fixou-se em R$ 215,46/@.
NO VERMELHO: a confirmação do caso da “vaca louca” refletiu na desvalorização semanal de 0,34% no contrato de mar/23 da B3, que encerrou a semana na média de R$ 287,53/@.
No mês de fev.23, a escala de abate em MT atingiu o maior número para o período na série histórica, com 10,60 dias.
O indicador registrou um aumento de 2,19 dias em relação a fev.22, mas quando comparado a fev.21 (período de alta retenção de fêmeas), o alargamento já apresenta expressivos 6,43 dias. O cenário se deve ao grande número de animais disponíveis para abate na praça matogrossense, o que está refletindo em pressão baixista para as cotações da arroba.
Com isso, desde 2021, os preços vêm caindo de forma rigorosa e em fev.23 a situação foi intensificada pelo caso atípico de “vaca louca”, fechando na média de R$ 240,69/@ (-27,74% em relação a fev.21). Assim, esse panorama ressalta atenção quanto a pressão baixista sobre os preços da arroba, uma vez que a perspectivas é de que em 2023 em Mato Grosso, a oferta de animais para abate, principalmente as fêmeas, continue intensa.
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Atualizada dia 14 fev 23
CUIABÁ - O movimento de intensa retenção de fêmeas ocorrido nos anos de 2020 e 2021 (quando as cotações do boi gordo e do bezerro registravam os maiores valores da série histórica) resultou em uma saturação de animais no mercado em 2022. Segundo o Indea-MT, o incremento no abate total de bovinos em Mato Grosso foi de 8,21% em jan.23 ante a dez.22 e totalizou 474,24 mil cabeças no mês.
Com ênfase no envio de fêmeas com mais de 36 meses para abate - em números, foram 106,88 mil cabeças, o que representa um acréscimo de 31,73% em relação a dez.22. Diante disso, destacou-se as regiões nordeste e norte de Mato Grosso, que aumentaram o abate de vacas com mais de 36 meses em 82,12% e 42,56% ante a dez.22, respectivamente. Neste sentido, o descarte de matrizes tende a ser mais intenso no estado em 2023, em função da inversão do ciclo pecuário consolidada em 2022.
MAIS DIAS: diante da boa oferta de animais, a maioria das plantas frigoríficas não encontraram dificuldades em montar suas escala de abate, que fixaram-se na média de 10,96 dias.
RECUO: a vaca gorda passou por ajuste negativos de 0,37% ante a última semana e esteve negociada na média de R$ 225,93/@ na praça mato-grossense.
ALONGOU: o diferencial de base entre as praças de São Paulo e Mato Grosso aumentou 0,95 p.p no comparativo semanal e ficou na média de -17,36%.
Arroba em dólar apresenta queda em MT e SP, enquanto na Argentina e Paraguai registram alta em jan.23.
Em jan.23, a pressão baixista na arroba marcou as principais praças pecuárias do Brasil, reflexo da maior oferta de fêmeas, que acarretou o alongamento das escalas de abate no período. Assim, a arroba em dólar SP caiu 2,28% ante a dez.22 e fixou-se na média de US$ 54,55, enquanto a cotação em MT recuou 1,27% e foi negociada na média de US$ 47,38 em jan.23.
No cenário externo, destacou-se a Argentina, que registrou aumento de 4,90% na arroba em dólar ante dez.22, e fixou-se em US$ 43,05/@, reflexo das habilitações de 22 plantas frigoríficas para exportar carne bovina para o mercado mexicano. Diante do exposto, ainda que registrado o movimento de recuo nas cotações em dólar das arrobas do MT e SP, tal fato acarreta uma melhor competitividade dos preços brasileiros no âmbito externo, colocando-os entre os principais players do mercado.
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Atualizada dia 24 jan 23
CUIABÁ - Apesar do mercado bem ofertado de animais, o estado de São Paulo, por deter um elevado centro consumidor e ser o maior polo exportador de carne do país - principalmente para a China, registrou incremento de 4,50% no preço do boi gordo em 2022 ante a 2021. Contudo, em Mato Grosso ocorreu o movimento inverso, em que o preço médio da arroba apresentou queda de 3,91% no comparativo anual, reflexo da conjuntura de maior oferta de bovinos disponível e mercado interno que se manteve estagnado no período.
Essa diferença entre as praças, resultou no alongamento do diferencial de base, que fechou na média de -13.33% em 2022 – o que representa um aumento de 7,48 p.p. no comparativo anual. Dessa forma, em 2022 o boi gordo foi comercializado a R$ 278,12/@ e R$ 316,13/@ (valores livres de Funrural), nas praças mato-grossenses e paulistas, respectivamente.
RECUO: com o alongamento das escalas de abate no estado, a arroba do boi recuou 0,87% comparativo semanal e fixou-se na média de R$247,53/@.
DESCARTE: com um maior número de fêmeas sendo ofertadas para abate, o preço da vaca gorda caiu 1,17% ante a semana anterior e fechou na média de R$232,20/@.
QUEDA: com poucas negociações e muita oferta na praça MT, o preço do bezerro de ano caiu 3,82% ante a última semana e esteve negociado na média de R$ 2.249,99/cab.
USDA divulga novas estimativas para o mercado de carne em 2023
O mercado chinês foi o destaque do relatório, que estima-se importar 3,53 milhões de toneladas em equivalente de carcaça (TEC) em 2023 – volume 23,68% maior que os dados divulgados em out.22 e +2,17% em relação a 2022 – movimento impulsionado pela flexibilização da COVID-19, que pode aquecer mais o consumo de proteína bovina do país. Apesar da perspectiva de aumento de 3,16% ante a 2022 na produção de carne na China, a oferta ainda se mantém abaixo do consumo, o que tem favorecido o cenário de importações aquecidas.
Outro ponto importante do relatório foi a queda de 6,53% na produção estadunidense, reflexo da virada do ciclo pecuário no país. Esses fatores podem oferecer boas oportunidades para o excedente de carne bovina no Brasil para 2023, e também uma forma de aliviar a pressão baixista nas cotações do boi gordo no país.
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Atualizada dia 06 dez 22
CUIABÁ - Em out.22, foi observado um cenário de estagnação na demanda interna e grande oferta de animais terminados nas praças paulista e mato-grossense. Diante disso, a arroba em São Paulo foi pressionada em 2,51% ante a set.22 e registrou a média de US$ 56,59, enquanto a cotação em Mato Grosso decaiu de forma mais acentuada, cerca de 4,10%, no mesmo período.
No mercado externo, o movimento de desvalorização nas arrobas também foi observado nos principais players mundiais, como os Estados Unidos e Austrália. De modo geral, os EUA continuaram na liderança com maiores preços, tendo a menor queda observada no período (0,26% ante a set.22) e fecharam out.22 na média de US$ 84,47/@. O cenário de seca enfrentado pelo país, somado aos altos custos de produção, acarretou uma maior entrega de animais para abate e impactou nas cotações.
MELHORA NOS PREÇOS: com a diminuição da oferta de animais aptos ao abate e a demanda interna aquecida, a arroba do boi gordo valorizou 1,74% ante a semana passada.
ENCARECEU: as demandas aliadas à retenção de ofertas influenciaram positivamente nas cotações da vaca gorda, que aumentaram 1,26% no comparativo semanal.
ALARGOU: o diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo voltou a se alargar em 1,89 p.p. ante a semana passada e esteve na média de -15,10%.
Variações positivas nas cotações do boi gordo no mercado físico e mercado futuro.
Nas últimas semanas o mercado físico do boi gordo inverteu o cenário de queda constante nos preços, com a terceira semana consecutiva de valorização nas cotações. A arroba fechou a média semanal em R$ 251,00, um acréscimo de 1,47% em relação à semana anterior – maior variação semanal desde jul.22. Esse ajuste positivo no indicador ocorreu em decorrência da redução na oferta de animais terminados, fator que influenciou para a baixa nas escalas de abate dentro das indústrias, e do aumento na demanda pela proteína bovina.
No entanto, no fechamento mensal, o movimento de alta não foi suficiente para puxar o indicador final para cima. Ademais, os contratos futuros na bolsa de valores (B3), ainda que timidamente, têm apresentado ajustes positivos nos próximos meses, com destaque para abr.23, o qual está sendo negociado na média de R$ 275,10/arroba.
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Atualizada 29 nov 22
CUIABÁ - Em out.22 foi observado um recuo de 11,07% no abate total de fêmeas em MT ante a set.22, reflexo do menor volume abatido de fêmeas entre 24 e 36 meses (-11,07%) e acima de 36 meses (-19,14%). Em partes, este cenário foi influenciado pelo final do período seco, uma vez que os criadores tendem a reter as fêmeas para a temporada de estação de monta.
Segundo as previsões do TempoCampo, as precipitações para os próximos 30 dias devem se manter entre 200 e 300 mm em grande parte do estado, cenário positivo para os pecuaristas, já que boas precipitações dão suporte para renovação das pastagens. Dessa forma, espera-se maior capacidade de retenção do gado no pasto e, consequentemente, menor oferta de animais aptos ao abate, fatores que, somados à melhora no consumo de carne bovina, podem influenciar na valorização da arroba no último bimestre do ano.
VALORIZOU: com o reaquecimento da demanda interna neste final de ano, a arroba do boi gordo foi impulsionada em 1,19% ante a semana passada em Mato Grosso.
AUMENTOU: a cotação da vaca gorda seguiu o mesmo ritmo dos machos, com acréscimo de 0,87% no comparativo semanal. Assim, a arroba fechou na média de R$ 228,18.
MENOS DIAS: a menor oferta de animais terminados resultou no encurtamento das escalas de abate para 8,88 dias, recuo de 3,51% ante a semana anterior.
Baixa relação de troca entre insumos e boi gordo sinaliza alerta ao pecuarista.
No cenário atual de maior pressão no preço da arroba do boi gordo, a relação de troca com a saca de milho e o farelo de soja seguiu desfavorável para o pecuarista. Os indicadores do milho e farelo de soja com média parcial em nov.22 fixaram-se em 3,46 sc/@ e 0,10t/@, respectivamente, indicando queda de 0,10 p.p. e 0,07 p.p., na mesma ordem.
Diante da atual conjuntura, o pecuarista deve se atentar a essa baixa na relação de troca, em especial com o milho, visto que o insumo é a base energética da alimentação do rebanho, o que reforça a necessidade do planejamento da produção e posicionamento nas compras. Ademais, esperase no curto prazo uma possível queda nas cotações da oleaginosa devido a entrada de oferta na colheita da soja e necessidade de liberação de espaço para o armazenamento dos grãos.
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Atualizada 22 nov 22
CUIABÁ - Em out.22 o número de abates reduziu 12,14% ante a set.22, fato que influenciou diretamente na utilização real dos frigoríficos (levantada pelo Imea), que caiu 10,32 p.p. e ficou na média de 74,71%. As regiões oeste e noroeste foram as mais impactadas, com redução de 18,74 p.p. e 14,59 p.p, respectivamente, e fixaram-se na média de 65,96% e 58,58% no período, na mesma ordem.
Tal recuo na utilização frigorífica real do estado teve como pivô a menor oferta de animais terminados e a redução da demanda industrial. Este fator foi observado pelas escalas de abate que permaneceram altas, influenciadas pelo excedente de carne bovina nos frigoríficos causado pela demanda interna estagnada. Já para nov.22, a proximidade das festividades de final de ano e eventos esportivos prospectam aumento na demanda da população, o que deve impulsionar a utilização frigorífica no estado.
LEVE ASCENSÃO: diferente das semanas anteriores, a arroba do boi gordo apresentou leve aumento de 0,04%. Assim, a arroba fixou-se em R$ 239,60.
RITMO DE QUEDA: a cotação da vaca gorda seguiu sentido contrário ao boi gordo, com declínio de 0,27% em relação à semana passada e fechou na média de R$ 226,22/@.
NO VERDE: o mercado futuro acompanhou a valorização da arroba do boi gordo e resultou em um acréscimo de 0,51% ante semana passada.
Precificação da arroba do boi gordo preocupa confinadores em MT e aumenta negociações com mecanismos de travamento de preços.
O último levantamento das intenções de confinamento realizado pelo Imea registrou maior apreensão do pecuarista em relação à atividade no estado. A utilização da capacidade estática fechou out.22 com 65,72% e registrou queda pelo 3º ano consecutivo. A maior oferta de animais, influemciada pelo 2º giro do confinamento, preocupou o produtor em relação ao preço da arroba.
Ao mesmo tempo, a China reduziu o volume de compra afim de pressionar as precificações, o que trouxe impacto direto nas cotações por se tratar do maior demandante da proteína exportada. Este cenário incerto frente à oscilação do mercado aumentou a porcentagem de produtores que recorreram à operações de hedge, mecanismo de travamento de preços. Assim, o incremento foi de 12,68 p.p. em relação a 2021, e totalizou 31,11% entre operações de termo e B3.
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Atualizada 16 nov 22
CUIABÁ - As cotações médias da arroba do boi gordo nas praças mato-grossense e paulista foram fortemente pressionadas em out.22. As desvalorizações registradas foram de 3,80% e 2,23% respectivamente, ante a set.22 e os indicadores fixaram-se na média de R$ 251,57/@ e R$ 299,91/@, na mesma ordem, cotações livres de impostos.
Mesmo que MT tenha alcançado volumes recordes nas exportações em out.22, o cenário de demanda interna estagnada foi o fator balizador e que mais pressionou as cotações em ambas as praças, visto que a maior parcela da produção é destinada ao mercado interno. Diante disso, o diferencial de base MT-SP se alongou em 1,37 p.p. e fixou-se em -16,12% - percentual que não era observado desde mar.16. Para nov.22, espera-se que a demanda nas gôndolas seja impulsionada dado o maior poder aquisitivo do consumidor frente ao pagamento da 1ª parcela do 13º, somado aos eventos como a Copa do Mundo.
PATINANDO: com a demanda interna ainda enfraquecida e uma boa oferta de animais confinados, a arroba do boi reduziu 0,46% ante a semana passada e fixou-se em R$ 239,51.
MENOS POR @: seguindo o mercado dos machos, as negociações da vaca foram pressionadas em 0,97% no comparativo semanal e fechou na média de R$ 226,85/arroba.
RECUOU: como reflexo das paralisações rodoviárias e incertezas do mercado na semana passada, as escalas de abate recuaram 7,77% e o indicador fixou-se em 9,76 dias.
Em out.22 o abate de bovinos em MT recuou 11,63% ante a set.22, mas ainda esteve 3,60% acima ao do mesmo período do ano anterior.
Por causa do período atual de entressafra - momento em que é observada diminuição na oferta de animais terminados –, o abate total em Mato Grosso somou o equivalente a 400,31 mil cabeças em out.22, recuo de 11,63% quando comparado ao mês de set.22. A demanda interna estagnada influenciou para essa queda, uma vez que a dificuldade no escoamento da proteína para o varejo gerou excedentes nas indústrias.
Estas, por sua vez, optaram por limitar suas aquisições e realocarem suas escalas de abate. Entretanto, quando se observa o comparativo anual, o volume de animais abatidos aumentou 3,60% ante a out.21, cenário influemciado, principalmente, pela entrada das fêmeas ao mercado, movimento que não era observado no ano passado (já que a retenção estava elevada).
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Atualizada dia 25 out 22
CUIABÁ - Em MT, a utilização da capacidade frigorífica real (levantada mensalmente pelo Imea) registrou avanço de 3,21 p.p. em set.22 ante a ago.22 e fixou-se em 84,83%. Do mesmo modo, a utilização da capacidade operacional (que considera apenas os frigoríficos operantes do estado) também registrou incremento no mesmo comparativo, mas de 3,40 p.p., e ficou na média de 63,99% no período.
Essa menor ociosidade que ocorreu no interior das indústrias foi pautada, principalmente, pelo aumento no abate diário de bovinos na média de 7,10% devido a diminuição no número de dias úteis no estado ante o mês anterior. Por fim, com a demanda interna ainda estagnada e as exportações que até então seguiam trabalhando intensamente, mas começaram a sinalizar recuo na parcial de out.22, a procura por parte das indústrias tende a diminuir dado o menor escoamento, fator que pode aumentar a ociosidade industrial local.
ARROBA EM QUEDA: com a entrada da segunda quinzena do mês e as escalas de abate confortáveis, as cotações foram pressionadas em 0,98% ante a semana passada.
LADO A LADO: na mesma conjuntura do mercado dos machos, a arroba da vaca gorda decresceu 1,22% na última semana e fixou-se na média de R$ 238,91.
LEVE ALTA: com o aumento das chuvas e leve incremento na procura por animais de reposição, o preço do bezerro de ano valorizou 0,26% no comparativo semanal.
Com a atualização recente dos custos de produção realizada pelo Imea, houve incremento para os três sistemas no estado.
Os sistemas que apresentaram maiores variações positivas no 3º trim.22 ante o 2º trim.22 nos custos de produção total (COT) foram os de cria e ciclo completo, com 2,09% e 3,46%, respectivamente no período e fixaram-se na média de R$ 181,52/@ e R$ 154,67/@, na mesma ordem. Apesar de a queda no preço da saca do milho ter impactado no declínio dos preços dos concentrados em 1,60% ante o 2º trim.22, os custos com a suplementação em ambos os sistemas continuaram em alta, com média de R$ 46,80/@ para a cria e R$ 32,31/@ para o ciclo completo. Esse cenário foi puxado especialmente pelo custo com o sal mineral, o qual se valorizou em 2,64% no período analisado. Por fim, o sistema com a menor elevação foi o de recria-engorda, que aumentou em 0,12% no mesmo comparativo, na média de R$ 265,50/arroba.
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Atualizada 18 out 22
CUIABÁ - Novamente o diferencial de base MT-SP registrou um alargamento de 0,77 p.p no indicador médio da arroba do boi gordo e alcançou o percentual de 14,75% no mês de set.22. Assim como no mês passado, a queda mais intensa foi registrada no preço médio mato-grossense, que recuou 4,11% e ficou cotado na média de R$ 261,52/@, enquanto na praça paulista o indicador registrou queda de 3,25% e ficou na média de R$ 306,75/@ - ambas as cotações livres de impostos.
O escoamento mais elevado da carne bovina em São Paulo ante a estagnação da demanda interna em Mato Grosso foi o principal balizador para as desvalorizações dentro da porteira. É importante destacar que este movimento tende a se manter para out.22, visto que a oferta continua favorável, mas a demanda interna acena melhoras a partir de nov.22 com o recebimento do 13º, copa do mundo e festividades de final de ano.
CAIU: as escalas de abate ainda confortáveis na maioria dos frigoríficos de Mato Grosso mantiveram a pressão na arroba do boi gordo em 0,29% ante a semana passada.
DESACELEROU: a arroba da vaca gorda foi pressionada em 0,34% no comparativo semanal e o indicador ficou cotado na média de R$ 241,86/@ no estado.
VALORIZOU: a queda na arroba do boi gordo foi mais intensa do que a observada no bezerro de ano e isso resultou em uma relação de troca 0,15% maior do que a da semana passada.
Segundo o Indea, após quatro meses de altas consecutivas, o volume total de bovinos abatidos em Mato Grosso registrou queda no mês de set.22 e totalizou 453,00 mil cabeças.
A variação observada no indicador foi de -1,85% no comparativo com ago.22, cenário puxado pela retenção na oferta das fêmeas para a estação de monta (-18,52% no mesmo comparativo), enquanto o volume de machos registrou incremento de 7,94% no período. Quanto à distribuição do volume de abate nas macrorregiões do estado, a noroeste registrou a menor quantidade em volume (34,26 mil cabeças) e o maior percentual de queda, de 24,35% em set.22 ante a ago.22.
A região se destaca pelo predomínio do sistema de cria e, dessa forma, possui a maior parcela do rebanho de fêmeas. No entanto a região médio-norte registrou o maior avanço mensal, de 24,62%, devido à concentração de animais confinados ofertados, que totalizaram 56,83 mil cabeças.
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Atualizada 11 out 22
CUIABÁ - De acordo com a divulgação do Imea, a 4ª estimativa de 2022 do Valor Bruto de Produção Agropecuária de MT fechou em R$ 205,11 bilhões, incremento de 43,48% ante a 8ª estimativa de 2021. Desse resultado, a pecuária registrou 15,95% de participação, equivalente a R$ 32,72 bilhões – acréscimo de 5,28% no mesmo comparativo. Adentrando o setor da bovinocultura de corte, a representatividade foi de 13,35%, ou o mesmo que R$ 27,39 milhões – incremento de 6,98% ante a 2021.
Esse cenário foi pautado na inversão do ciclo pecuário, pois mais fêmeas foram ofertadas (+11,87%) e isso elevou o número total de bovinos abatidos em Mato Grosso, aumentando assim a produção de carne bovina no esta-do. No entanto, o baixo escoamento da proteína no mercado interno fez as cotações da arroba dentro da porteira registrarem queda, fator que limitou uma alta mais elevada do VBP.
DECLÍNIO: depois de várias semanas consecutivas de queda intensa no indicador da arroba do boi gordo, na última semana a variação foi de -0,43% no comparativo semanal.
LEVE QUEDA: a oferta mais tímida de fêmeas ao abate fez com que a arroba da vaca gorda registrasse recuo de apenas 0,30% ante a semana passada, sendo cotada a R$ 242,73.
B3 DESVALORIZADA: com a oferta de bovinos acima do esperado para o período, o contrato corrente da bolsa registrou queda de 1,76% no comparativo semanal.
China, somada a Hong Kong, continua liderando o ranking de maior importador de carne bovina mato-grossense, enquanto a Rússia cai para a décima colocação.
As compras de carne bovina do gigante asiático vieram a todo vapor e, no acumulado de janeiro a setembro de 2022, registraram um incremento de 27,57% ante o mesmo período do ano passado. Em volume, foram embarcadas 280,88 mil toneladas em equivalente carcaça de Mato Grosso ante a 220,17 mil TEC do mesmo período de 2021.
Países do Oriente Médio também aumentaram suas compras, como o Egito e os Emirados Árabes Unidos, com acréscimos de 122,48% e 108,69%, respectivamente, no período. Porém, a Rússia diminuiu suas compras em 11,20% no comparativo anual, cenário pautado pela barreira imposta nas compras de carnes oriundas de animais mais velhos (sendo liberada apenas em setembro deste ano).
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Atualizada dia 04 out 22
CUIABÁ - Com o início da primavera, as estimativas para o curto prazo (30 dias) já apontam para chuvas entre 100 e 150 mm na maior parte das regiões do estado, segundo a previsão do TempoCampo. No entanto, as regiões norte e noroeste se destacaram por registrar um acumulado mais elevado, de 200 a 300 mm, cenário favorável para os pecuaristas visto que o sistema de cria tem maior incidência na região e a seca vinha impactando na engorda dos animais de reposição.
De um modo geral, neste período de renovação das pastagens, os produtores começam a reter seus animais e isso tende a limitar a oferta no final do ano, sendo concentrada para animais confinados ou semiconfinados. Com isso, se a demanda interna se intensificar conforme as estimativas de mercado e a oferta for limitada, os preços da arroba tendem a apresentar incrementos no último bimestre do ano.
NO VERMELHO: a boa oferta de animais para o abate no estado pressionou as cotações em 1,62% ante a semana passada e a arroba do bovino macho ficou na média de R$ 255,26.
MENOR PREÇO: o mercado da vaca gorda acompanhou a movimentação da arroba do boi gordo e decaiu em 1,23% no comparativo semanal e fixou-se na média de R$ 243,46/arroba.
CENÁRIO DESFAVORÁVEL: o movimento de estagnação nas negociações do gado magro pressionou as cotações do bezerro de 12 meses, que ficou cotado a R$ 2.600,36/cabeça.
Arroba em dólar mato-grossense cai para a última colocação no mercado internacional e a australiana perde a primeira posição para os EUA após 28 meses na liderança.
Perante um cenário de maior quantidade de animais ofertados para o abate, aliado a uma recessão no poder aquisitivo do consumidor interno, a arroba mato-grossense decaiu em 1,05% em ago.22 ante a jul.22 e ficou na média de US$ 52,82/@, a menor cotação dentre os principais players de mercado.
No mesmo sentido, a arroba australiana também registrou queda, de 2,09% no indicador, e fechou na média de US$ 81,82/@. O principal fator esteve pautado no aumento do estoque de animais no país, somado aos receios sanitários diante dos casos de febre aftosa na Indonésia. Sendo assim, o país perdeu a liderança no mercado internacional para os Estados Unidos, que teve uma valorização de 1,62% e ficou na média de US$ 85,06/@ no mesmo período.
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Atualizada dia 27 set 22
CUIABÁ - Acompanhando o cenário de pressão na arroba do boi gordo, o mercado de reposição seguiu andando de lado nas últimas semanas. O bom volume ofertado de bezerros desmamados, aliado à baixa procura por parte dos recriadores, refletiu na desvalorização de 2,43% - considerando o acumulado dos dias 01/09 a 23/09 ante o mesmo período de ago.22. Dessa forma, a cotação média do indicador ficou em R$ 2.291,06/cab.
Do mesmo modo, com o atual cenário de virada do ciclo pecuário, tem sido observado um aumento na oferta das fêmeas no estado, movimento que refletiu no recuo de 4,76% no preço da vaca parida no mesmo comparativo, com as negociações na média de R$ 4.236,01/cab. Vale destacar que a elevada quantidade dessas categorias disponíveis no mercado tem sido reflexo da retenção das fêmeas nos dois últimos anos.
REDUZIU: com o contínuo cenário de boa oferta de bovinos e baixa demanda interna, a arroba do boi gordo foi novamente pressionada no estado e fixou-se na média de R$ 259,47.
DEPRECIOU: para as fêmeas, a queda no indicador foi de 0,61% no comparativo semanal e a arroba da vaca gorda registrou a média de R$ 246,48 no estado.
AUMENTOU: com as câmaras frias estocadas e a oferta satisfatória de bovinos no mercado interno, as escalas de abate dos frigoríficos resultaram na média de 9,00 dias em MT.
Segundo os dados do IBGE, o 1º sem.22 foi de aumento no abate de bovinos e na produção de carne tanto em nível nacional, como em Mato Grosso ante o 1º sem.21.
Com a divulgação dos dados do IBGE referentes ao 2º trim.22, em nível nacional o abate de bovinos somou 7,36 milhões de cabeças, com uma produção total de 1,94 milhão de toneladas no país. Para Mato Grosso, os resultados foram de 1,11 milhão de cabeças, enquanto a produção foi de 31,06 mil toneladas.
Quando se analisa o acumulado do semestre, os resultados foram de acréscimo de 2,07% na produção e 1,72% no abate ante o 1º sem.21, somando 62,04 mil toneladas e 2,23 milhões de cabeças. Esses resultados positivos para os dois indicadores foi reflexo da mudança no ciclo pecuário, que ocorre não só em nível estadual, como nacional. As fêmeas seguem sendo mais ofertadas e esse movimento tende a se intensificar no próximo ano
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Atualizada 20 set 22
CUIABÁ - A arroba do boi gordo mato-grossense recuou 5,28% em ago.22 ante a jul.22 e ficou cotada na média de R$ 272,74 (precificação a prazo e livre de Funrural). Já na praça paulista, a queda foi menos intensa, de 3,27% no mesmo comparativo e o indicador fixou-se na média de R$ 317,05/@ - cotação também livre de impostos. Esse movimento de desvalorização nos preços, contrário ao que foi observado no mesmo período do ano passado, esteve pautado na oferta elevada de bovinos aptos para o abate, enquanto a demanda interna esteve estagnada e limitou o escoamento da carne, principalmente em Mato Grosso (contrário a São Paulo, que é um grande polo consumidor). Diante disso, o diferencial de base entre os estados se alargou para -13,98%, terceiro maior resultado em 2022, e ficou 1,83 p.p. à frente do resultado obtido em jul.22.
QUEDA: a arroba do boi gordo seguiu com leve queda de 0,18% ante a semana passada e registrou a média de R$ 262,45. Esse cenário foi reflexo da boa oferta e fraca demanda interna.
LADO A LADO: a arroba da vaca gorda apresentou desvalorização de 0,26% no comparativo semanal e fechou a semana na média de R$ 247,99 no estado.
CAIU: os contratos com vencimento para out.22 sofreram reajuste negativo de 0,89% ante a semana passada e, com isso, foram negociados na média de R$ 308,62/@ em MT.
MT abateu 454,67 mil cabeças de bovinos em ago.22, contudo, a utilização frigorífica real, operacional e total recuaram no estado. Em ago.22, a utilização real (informada pelos frigoríficos) registrou recuo de 3,04 p.p ante a jul.22 e o indicador fechou em 82,67%. Mesmo com o alto volume de abates no estado, o maior número de dias úteis ante o mês passado fez com que houvesse uma maior distribuição dos lotes de bovinos.
Nesta linha, a utilização total (registrada pelo MAPA e Indea) também recuou, mas cerca de 2,00 p.p no período e ficou em 51,18%. Já a utilização operacional foi a que apresentou uma maior redução, de 8,94 p.p. ante jul.22, e fechou na média de 60,60% - resultado puxado pela região noroeste devido ao fechamento de uma planta frigorífica. De modo geral, para o set.22, espera-se menor oferta de animais terminados diante da seca e, com isso, os abates totais tendem a diminuir, influenciando na ociosidade industrial de MT.
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Atualizada 13 set 22
CUIABÁ - Segundo os dados divulgados pelo Indea-MT referentes a ago.22, o volume total de bovinos abatidos no estado totalizou 461,50 mil cabeças, queda de 0,14% ante a jul.22, mas incremento de 2,71% no comparativo anual. Quanto à variação nas macrorregiões do estado, foi observado um movimento de queda no abate, especialmente nas regiões norte (-17,38%) e noroeste (-6,40) no comparativo mensal – onde o sistema de cria tem maior destaque.
Já ao analisar as categorias, foi possível observar aumento na quantidade de machos abatidos, que totalizou 290,74 mil cabeças no período (+5,72% ante o mês passado). Esse resultado foi puxado especialmente pelos animais com menos de 24 meses (padrão China), que registrou aumento de 39,98% no mesmo comparativo. Por fim, para as fêmeas, houve queda de 8,74% no volume total ante a jul.22 e somou 170,80 mil cabeças abatidas
NOVA QUEDA: a arroba do boi gordo foi pressionada em 0,48% ante a semana passada e fixou-se na média de R$ 262,93 em MT, cenário pautado no baixo escoamento da carne.
REFLEXO DO BOI: de maneira análoga, a arroba da vaca gorda registrou decréscimo de 0,52% no comparativo semanal e ficou na média de R$ 248,65 no estado.
BÔNUS PARA O CRIADOR: diante da maior desvalorização na arroba do boi terminado, a relação de troca entre boi/bezerro aumentou para 1,81 p.p. ante a semana anterior.
Segundo a Secex, em ago.22 as exportações de carne bovina em equivalente carcaça alcançaram patamares recordes em MT.
O escoamento de carne para o exterior seguiu aquecido e registrou incrementos de 20,03% e 33,60% no Brasil e MT ante a jul.22, respectivamente.
Em números, foram embarcadas 278,80 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) brasileiras, e os embarques mato-grossenses somaram 62,15 mil TEC. A demanda internacional seguiu impulsionada pela China, que registrou alta de 30,11% ante a jul.22 e importou o total de 43,50 mil TEC do estado.
Somado a isso, países do Oriente Médio e da União Europeia ganhou espaço nas importações matogrossenses, com aumento de 41,92% e 41,23%, respectivamente, na quantidade importada no período. Quanto aos países que compõem a UE, a Itália importou 0,92 mil TEC (+12,50% ante a jul.22), reflexo do Ferragosto – principal feriado de verão no país e que acarretou no aumento do consumo da carne bovina.
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Atualizada 30 ago 22
CUIABÁ - Partindo de um cenário com demanda interna retraída, férias coletivas de plantas frigoríficas no estado e um aumento na oferta de animais para o abate mesmo no período de entressafra no decorrer de ago.22, as cotações físicas da arroba do boi gordo foram pressionadas no período em 4,42% ante o mês de jul.22 e ficaram na média de R$ 273,10.
Enquanto isso, a reposição em Mato Grosso apresentou elevadas ofertas e baixa demanda ao longo do mês e isso gerou uma queda nos preços do bezerro de ano em 2,13% ante o mês passado. Diante desse movimento nas cotações, o ágio boi/bezerro ficou em 28,11% (+1,72 p.p. ante a jul.22), sentido contrário ao cenário observado em ago.21, no qual o ágio esteve em 31,50% justificado pelos picos observados no preço da arroba do boi gordo, enquanto a reposição indicava queda.
DECLÍNIO: com o baixo escoamento da carne e as escalas alongadas, houve pressão na cotação média da arroba do boi gordo em 0,76% no comparativo semanal.
DESVALORIZOU: a cotação média da arroba da vaca gorda foi pressionada em 1,41% ante a semana passada e finalizou a semana a R$ 251,59.
MAIS DIAS: diante da demanda interna estagnada e oferta satisfatória de gado, as plantas frigoríficas do estado alongaram suas escalas de abate para a média de 8,96 dias.
O mercado físico do boi registrou queda em ago.22, mas a B3 apontou recuperação no mercado futuro a partir de set.22 em MT.
Em ago.22, o mercado físico do boi gordo mostrou-se adverso ante a ago.21, visto que no período a arroba registrou incrementos e fechou na média de R$ 300,80. Já para este ano a negociação ficou em R$ 273,10/@ no mês, recuo de 9,21% no comparativo anual. Porém, o mercado futuro aponta para valorizações no indicador e, contrário aos anos anteriores, em que o pico das cotações ocorrem em out.22, neste ano os contratos com vencimento para nov.22 e dez.22 são os que apresentaram maiores incrementos, justificados pela expectativa de melhora no consumo da carne bovina no mercado interno devido às festividades anuais, copa do mundo e eleições brasileiras. Além disso, espera-se também um escoamento externo mais aquecido para a China e países no Oriente Médio, como sazonalmente ocorre neste período.
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Atualizada dia 23 ago 22
CUIABÁ - Em jul.22, o abate total de bovinos em MT registrou alta de 4,36% ante a jun.22 e somou 455,02 mil cabeças. Nesse sentido, foi observado um incremento de 0,29 p.p. na utilização frigorífica real, a qual fechou na média de 86,25% no estado. O movimento de alta também foi registrado na utilização frigorífica operacional, que avançou 4,38 p.p. no comparativo mensal e fixou-se na média de 69,54% da utilização das plantas em atuação.
Mesmo com um maior número de unidades em operação, o cenário de avanço em ambas as utilizações foi reflexo do incremento mais intenso no abate total do estado. Para ago.22, espera-se um cenário altista na utilização da capacidade real das indústrias, pois a notícia de que uma planta exportadora foi embargada e outras três entraram em férias coletivas movimentou o mercado, o que pode acarretar em uma diminuição na ociosidade industrial no mês
DECAIU: na última semana, a arroba do boi gordo registrou uma desvalorização de 3,04% ante a semana passada. A pressão surgiu devido à paralisação das indústrias.
SEGUINDO O BOI: diante da atual conjuntura dos machos, o cenário alcançou as cotações da vaca gorda e fez com que a arroba registrasse a média de R$ 255,20 em MT.
INCERTO: as cotações da arroba na B3 com vencimento para ago.22, foram pressionadas em 0,42% ante a semana passada e ficaram na média de R$ 307,31.
Em jul.22, o Imea realizou o segundo levantamento das intenções de confinamento em Mato Grosso.
Cerca de 180 informantes foram entrevistados, o que representou 75,00% da amostra total. O resultado obtido foi 22,15% superior à estimativa realizada em abr.22 e somou 647.267 cabeças de bovinos confinados. A região sudeste apresentou um acréscimo de 167,54% no volume de animais confinados, enquanto a região com menor variação foi a médio-norte (17,44% ante a abr.22), e resultou em 133,30 mil cabeças.
De um modo geral, a conjuntura atual que influenciou na tomada de decisão do confinador esteve atrelada aos menores preços dos animais de reposição e aos custos com suplementação mais baixos, puxado pelo menor preço do milho. No entanto, o preço futuro da arroba tem sido um ponto de atenção, pois não tem registrado valorização que o mercado espera. Para mais informações, acesse o relatório completo aqui.
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Atualizada 16 ago 22
CUIABÁ - Em julho, a restrição na oferta de animais terminados em Mato Grosso e São Paulo, somada às exportações aquecidas no período, influenciou para uma valorização mensal de 1,99% e 4,22%, respectivamente, ante a jun.22. Nesse sentido, as arrobas fixaram-se na média de R$ 327,75 e R$ 287,94 na praça paulista e mato-grossense, nesta ordem, sendo ambas as cotações livres de Funrural.
Diante disso, no período houve um encurtamento de 1,87 p.p. no diferencial de base entre os estados ante o mês passado e o indicador fixou-se em -12,15%. Para ago.22, eram esperadas cotações elevadas para a arroba, visto que o período de entressafra limitaria a oferta (movimento sazonal no setor). No entanto, com a saída temporária das compras de alguns frigoríficos no estado e, com o embargo da China sobre uma indústria local, os preços começaram a apresentar quedas elevadas nas praças.
NO VERMELHO: as recentes notícias referentes à saída do mercado de algumas indústrias no estado pressionaram a arroba do boi gordo em 1,36% no comparativo semanal.
QUEDA NA ARROBA: esse movimento impactou também a cotação das fêmeas, que comparado à semana passada recuou 1,10% e fixou-se na média de R$ 261,19/arroba.
MERCADO PRESSIONADO: com a queda na arroba do boi gordo, somada à estagnação da demanda, o preço do bezerro de ano registrou recuo de 1,18% ante a semana passada.
Diferente do cenário observado no setor de grãos, as exportações de carne bovina ainda se concentram no arco sul com 99,28% de representatividade no acumulado de jan-jul.22.
A participação do arco norte no escoamento dos grãos neste período representou cerca de 1/3 dos embarques totais de soja e milho. No entanto, mesmo que desde o ano de 2010 a destinação pelo arco norte – que consiste em portos localizados em regiões acima do paralelo 16°– começou a ser uma realidade, o escoamento da carne bovina mato-grossense ainda se concentra no arco sul.
Para se ter ideia, o porto de Barcarena – PA foi responsável por transportar 2,29 mil toneladas em equivalente carcaça (Mil TEC) na parcial do ano, enquanto o porto de Santos embarcou um total de 228,53 mil TEC no mesmo período. Essa baixa participação tem como reflexo os problemas logísticos e de infraestrutura enfrentados, o qual limita o volume de carne bovina ao arco norte.
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Atualizada 9 ago 22
CUIABÁ - Em jul.22, as exportações mato-grossenses de carne bovina alcançaram o segundo maior volume de 2022, com 46,51 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) embarcadas. Esse ritmo continua sendo pautado pelas elevadas compras chinesas, que seguiram acima do patamar de 30,00 mil TEC no respectivo mês. Outro ponto importante de salientar: a maior participação das importações do Reino Unido, mercado que se ampliou desde o Brexit (saída do Reino Unido do Bloco Econômico da União Europeia).
Para se ter ideia, a partir desse momento as compras da carne mato-grossense se elevaram em 439,55% no comparativo de 2021 ante a 2020 – fatores como as mudanças nas taxas para produtos agrícolas influenciaram neste movimento. Já em 2022, apesar da leve queda de 0,83% no comparativo dos sete primeiros meses do ano, ante 2021, já se acumulam 1,83 mil TEC embarcadas
ARROBA EM BAIXA: a oferta de bovinos seguiu mais aquecida na última semana e, com isso, o indicador da arroba do boi gordo registrou queda de 0,45% ante a semana passada.
FÊMEAS EM QUEDA: no mesmo cenário dos machos, as fêmeas também seguiram com queda nas cotações e a arroba ficou na média de R$ 264,08.
ESCALAS LARGAS: diante desse incremento nos envios de animais terminados ao abate, as escalas se alongaram em 13,48% e ficaram na média de 8,84 dias.
O abate total de bovinos teve incremento em Mato Grosso. Movimentações externas influenciam este cenário.
Em jul.22, o abate total de bovinos foi 3,74% superior ao registrado em jun.22 e totalizou 462,17 mil cabeças de animais. Esse cenário foi influenciado pela maior oferta dos machos, que registrou incremento de 10,64% no mesmo comparativo, resultando em 275,02 mil cabeças. Em contrapartida, a oferta de fêmeas recuou 4,98% ante a jun.22.
Apesar da conjuntura atual de período de entressafra, ainda foram observados lotes de animais terminados a pasto sendo ofertados. Outro ponto de atenção se volta para a demanda externa aquecida, que impulsionou a oferta de bovinos mais jovens e semiconfinados, como é o caso dos machos de 4 a 12 meses, com aumento de mais de 600,00% em sua oferta, seguidos dos animais entre 12 e 24 meses e entre 24 e 36 meses, que registraram incremento de 9,77% e 13,56%, respectivamente, no mesmo comparativo.
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Atualizada 02 ago 22
CUIABÁ - No fechamento de jul.22, as cotações médias da arroba do boi e da vaca gorda registraram acréscimo de 4,73% e 5,04%, respectivamente, no comparativo com o mês passado. Com isso, os preços fixaram-se na média de R$ 286,97/@ e R$ 272,05/@, na mesma ordem.
Os principais fatores que influenciaram para este cenário estiveram atrelados à menor oferta de animais no decorrer do mês, por conta do período de entressafra, enquanto a demanda externa manteve-se em elevados patamares no mesmo período e a interna esteve mais aquecida na primeira quinzena. No entanto, é importante destacar que na última semana de jul.22 um movimento de maior oferta dos animais confinados no 1º giro começou a surtir efeito no mercado e influenciou nos preços, que somada à retração da demanda no final do mês, a arroba começou a ser pressionada em ambas as categorias.
ALONGOU: com o mercado bem ofertado, os frigoríficos não encontraram dificuldades na composição das escalas de abate, que ficaram na média de 7,79 dias na última semana.
RETRAIU: com a expectativa de aumento na oferta de bovinos em out.22, o mercado futuro apresentou recuo de 0,54% no comparativo com a última semana.
DESVALORIZOU: com uma oferta intensificada no mercado, o preço médio do bezerro de ano desvalorizou 1,11% ante a semana passada e ficou cotado na média de R$ 2.678,26/cab.
Recentemente, o Imea divulgou os dados dos custos de produção referentes ao 2° trim.22 para a pecuária de corte mato-grossense.
Dessa forma, os sistemas de cria e ciclo completo registaram aumento no custo operacional total (COT) de 6,22% e 6,30%, respectivamente, ante o 1º trim.22 e fixaram-se em R$ 177,81/@ e R$ 149,50/@, na mesma ordem. Esse cenário foi impulsionado pelos preços da suplementação animal, que variou +10,67% e +8,74%, respectivamente, no mesmo período, devido à valorização dos concentrados como o milho e farelo de soja.
Em contrapartida, apesar do cenário dos suprimentos apresentar alta de 14,86% – no mesmo comparativo –, o custo operacional total do sistema de recria e engorda diminuiu em 2,45% ante o 1º trim.22 (R$ 265,19/@), sendo puxado, especialmente, pela queda no custo com aquisição de animais (-10,38%). Esse recuo nos preços da reposição foi reflexo da elevada oferta que começou a surgir e impactou nas cotações.
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Atualizada dia 26 jul 22
CUIABÁ - Em jun.22, o mercado do boi gordo na praça mato-grossense reduziu 3,51% ante a mai.22 e registrou média de US$ 54,37/@. Apesar da valorização do dólar, que exibiu alta de 1,82% no mesmo comparativo e atingiu patamares de US$ 5,04, o aumento da oferta de animais terminados, tanto no sistema a pasto quanto no 1º giro de confinamento, promoveu o cenário de retração.
A pressão observada foi de alcance mundial, uma vez que os principais países exportadores também apresentaram recuo na média mensal, com destaque para a Argentina, que reduziu 7,05% nos seus preços frente a mai.22 e ficou cotada a média em US$ 60,15/@. Esta queda foi reflexo da menor movimentação agropecuária no país, visto que a greve dos caminhoneiros impactou no escoamento das produções agrícolas e pecuárias, estagnando os mercados interno e externo da nação
REDUÇÃO: oferta de boi continua em alta, uma vez que não há pastos para a retenção dos animais e, com isso, o preço da arroba caiu 1,17% ante a semana passada.
QUEDA: na mesma conjuntura do gado gordo, a vaca gorda tem sido oferecida em grande escala e teve declínio de 1,28% ante a semana passada, na média de R$ 270,71/arroba.
DESVALORIZOU: acompanhando o cenário de excedente na oferta, o mercado futuro exibiu decréscimo de 0,77% ante a semana passada e fechou na média de R$ 325,63/@.
Queda nas cotações da arroba faz o diferencial de base entre Mato Grosso e São Paulo diminuir 0,19 p.p de mai.22 para jun.22.
A quantidade de animais enviados para abate aumentou em junho devido ao cenário de estiagem, o que pressionou as cotações nas praças analisadas, que diminuíram 1,34% em Mato Grosso e 1,55% em São Paulo, ambas ante a mai.22, e ficaram cotadas na média de R$ 276,29/@ e R$ 321,34/@, respectivamente.
Com a dificuldade no escoamento da proteína à população devido ao baixo poder de compra, as indústrias operaram de maneira limitada nas compras e com escalas de abates mais longas, o que reforçou o movimento de recuo, especialmente em São Paulo. Diante do cenário de recuo nos preços praticados em jun.22, o diferencial ficou na média de -14,02%, indicando maior proximidade entre as cotações. Para jul.22, espera-se volatilidade nos preços devido a menor oferta de animais a pasto e entrada dos confinados.
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Atualizada 19 jul 22
CUIABÁ - De acordo com os dados de jun.22 divulgados pela Secex, a quantidade exportada em equivalente de carcaça aumentou 7,47% ante a mai.22 e totalizou 45,56 mil toneladas de carne bovina de Mato Grosso. Com o aquecimento da demanda externa pela proteína, a receita total registrou valorização de 15,16% em comparação com o mês anterior, o que gerou um valor de US$ 244,83 milhões.
Dentre os países importadores da carne matogrossense, a China e Hong Kong se mantiveram como os principais players e representaram juntos 75,14% do volume total exportado. O gigante asiático aumentou sua importação em 20,32% ante a mai.22 e adquiriu 34,23 mil t de carne, o que resultou numa receita de US$ 193,06 milhões. Esse valor representou 78,85% do capital total gerado pelas exportações mato-grossenses.
PRESSIONADO: devido à estiagem, a oferta de bovinos aumentou, o que gerou uma queda de 0,37% no preço da arroba do boi gordo, que ficou na média de R$ 289,06.
DIMINUIU: com o cenário análogo ao do boi gordo, a vaca gorda desvalorizou 0,44% ante a semana passada e apresentou média de R$ 274,23/@.
ESFRIOU: o mercado da reposição segue estagnado com uma grande quantidade de ofertas. Dessa forma, o preço do bezerro caiu 1,36% ante a semana passada.
Segundo o Indea-MT, o abate total de bovinos em MT apontou alta de 4,58% de mai.22 a jun.22 e totalizou 445,51 mil cabeças abatidas.
A conjuntura que corroborou com esse cenário esteve atrelada à maior oferta de animais machos, devido à liberação dos lotes finais de animais terminados a pasto, ao início do período de seca e à entressafra dos bovinos.
Sendo assim, o abate total de machos para o período apresentou aumento de 7,00% no comparativo mensal e registrou volume de 248,56 mil cabeças abatidas em jun.22. Observadas as regiões, a noroeste e médio-norte lideraram o abate de machos, com adição de 36,88% e 21,08% de mai.22 a jun.22, respectivamente.
No cenário das fêmeas, a região médio-norte foi a de maior influência, com alta de 42,43% para o mesmo período. No acumulado do 1º sem.22, o abate total de bovinos em MT apresentou alta de 5,22% ante o 1º sem.21, com adição de 116,05 mil cabeças, foi totalizado 2,34 milhões de cabeças abatidas em 2022.
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Atualizada 12 jul 22
CUIABÁ - Segundo o IBGE, no 1º trim.22 o abate de bovinos no país aumentou 5,88% (+128,52 mil cab.) ante o primeiro trimestre de 2021, cenário impulsionado pela quantidade de fêmeas abatidas, equivalente a 72,37 mil ton a mais do que no mesmo período no ano anterior. Diante da maior oferta de animais e intensa demanda externa, a produção brasileira de carne bovina registrou acréscimo de 6,46% no mesmo período.
Nessa mesma conjuntura, em Mato Grosso os abates aumentaram 7,55% (+26,23 mil cab.), ante o 1° tri.21, e isso intensificou a produção de carne em 7,84%, no mesmo comparativo, com o volume total de 95,76 mil kg produzidos. Vale destacar que o pico da produção ocorreu em janeiro (+116,40 mil kg), devido à elevada demanda chinesa no período. No entanto, nesse mesmo período a demanda interna permaneceu estagnada, devido aos altos patamares da proteína bovina no varejo.
AUMENTOU: a demanda mais aquecida de início de mês animou o setor e, com a oferta mais limitada no estado, a arroba do boi gordo registrou alta de 1,48% na última semana.
VALORIZOU: no mesmo movimento, o preço médio da arroba da vaca gorda registrou um leve incremento de 0,90% ante a semana passada e ficou cotada a R$ 275,45.
MAIS PRÓXIMO: com o incremento ocorrendo de forma menos intensa em MT ante o cenário de SP, o diferencial de base se alargou em 0,88 p.p. no comparativo semanal.
Segundo o Imea, o Valor Bruto de Produção (VBP) do boi representou 13,98% da participação agropecuária de Mato Grosso.
A terceira estimativa de 2022 do VBP de Mato Grosso estimou alta de 43,83% quando comparado à 7ª estimativa de 2021 e somou R$ 205,83 bilhões ao todo. A pecuária representou 16,59% do resultado, enquanto a agricultura correspondeu com 83,41%. No comparativo das cadeias, a pecuária de corte foi responsável por R$ 28,78 bi. de participação, resultado 0,56% inferior se comparado com a última estimativa (abr.22), cenário puxado pelos preços mais baixos dentro da porteira.
Ao analisar as perspectivas para 2022 ante a 2021, espera-se um incremento de 12,33% no VBP da pecuária de corte, com acumulo de R$ 28,78 bilhões. Essa alta baseia-se na maior produção de carne no estado devido ao atual momento do ciclo da bovinocultura, onde tem ocorrido uma maior oferta de animais para o abate, especialmente das fêmeas.
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Atualizada dia 05 jul 2022
CUIABÁ - A carne brasileira, com destaque para a mato-grossense, vem adquirindo maior visibilidade e competitividade no mercado externo, devido aos fatores relacionados à qualidade e questões sanitárias. Essa elevada demanda tem influenciado, inclusive, para o maior valor agregado do produto no mercado internacional, uma vez que o preço médio da carne comercializada no mercado externo foi 20,19% superior à precificação da carne bovina no mercado interno em mai.22.
Além do maior consumo mundial, a variação do câmbio também influenciou para essa conjuntura e o preço ficou na média de R$ 24,70/kg (+9,46% ante a abr.22). No entanto, no mercado interno o cenário foi de pressão na cotação média do atacado, devido à menor absorção do consumidor final frente aos preços elevados da proteína. Nesse sentido, o indicador ficou na média de R$ 19,71/kg, -3,67% em mai.22 ante a abr.22.
RETENÇÃO DE OFERTAS: o movimento de retenção de oferta se manteve no estado e isso resultou no aumento do preço da arroba do boi gordo em 2,96% ante a semana passada.
NO VERDE: o preço médio da vaca gorda registrou valorização de 3,03% no comparativo semanal. A oferta seguiu mais restrita que a dos machos em Mato Grosso.
MENOR DEMANDA: diante de um mercado de reposição pouco movimentado, o bezerro de ano desvalorizou 2,36% ante a semana passada, ficando em R$ 2.751,70/cab.
Segundo estimativas do USDA, em 2022 o Brasil será o segundo maior produtor e terceiro maior consumidor de carne bovina no mundo.
A produção de carne bovina mundial segue liderada pelos EUA, que em 2021 produziu 12,73 milhões de ton e estima-se para 2022 recuo de 0,81% na produção. Já para o Brasil, 2º no ranking, a estimativa é de aumento de 3,68% em 2022, somando 9,85 milhões de ton – reflexo este do incremento no volume de animais enviados ao abate, com destaque para as fêmeas.
Com relação ao consumo doméstico da proteína, o USDA projeta uma demanda para 2022 de 10,23 milhões de ton para a China, que se posiciona atrás apenas dos EUA, visto que o acumulado do ano até o momento já ultrapassa os resultados do ano passado. Esse resultado no consumo segue pautado no novo hábito do consumidor final para a proteína. Já o Brasil e União Europeia, terceiro e quarto colocado, o USDA estima um consumo de 7,31 milhões de ton e 6,45 milhões, na ordem.
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Atualizada dia 28 jun 2022
Como sazonalmente ocorre no período de entressafra, o produtor busca por suplementar seus animais diante da menor disponibilidade de pastagens no estado. Dentre os insumos mais procurados, estão: o milho e o farelo de soja. No entanto, com a pressão na cotação do dólar no último mês, o preço médio do farelo de soja foi desvalorizado em 5,02% em mai.22 ante a abr.22.
Nesse mesmo período a arroba do boi gordo desvalorizou em 4,45% em Mato Grosso. Com isso, a relação de troca aumentou para 120,00 kg/@ (+1,44%) – cenário propício para o pecuarista. No entanto, com relação ao milho, o momento de colheita fez o indicador ser pressionado em 3,83% no mesmo comparativo, sendo então necessários 3,94 sc/@, cenário que desestimulou pontualmente os atuantes da área para realizar maiores negociações na aquisição desse insumo.
REAGIU: na última semana o preço médio da arroba do boi gordo subiu de maneira mais intensa (+2,45%) ante a semana passada, devido à oferta que começou a se limitar no estado.
VALORIZOU: acompanhando o movimento do mercado dos animais machos, as fêmeas também valorizaram (+4,34%) no comparativo semanal, ficando cotadas a R$ 264,95 a arroba.
ENCURTOU: com o cenário contínuo de retração na oferta, os frigoríficos tiveram de encurtar suas escalas de abate em 2,60% ante a semana passada, ficando na média de 6,37 dias.
Para o 2º semestre de 2022, as expectativas são de preços mais estáveis para a arroba do boi gordo mato-grossense, segundo a B3.
Após um cenário de intensa pressão na arroba devido à maior oferta de bovinos em mai.22, o movimento das cotações tende a se inverter nos próximos meses com o período de entressafra.
De acordo com a B3, são esperadas leves valorizações nos preços até nov.22, quando se prevê o pico de R$ 303,29/@. Esse cenário se deve ao período final da entressafra do boi, em que se tem menores ofertas dos animais terminados.
Por outro lado, a partir de então o indicador tende a diminuir para R$303,11/@ em dez.22, movimento pautado no aumento da oferta, devido ao período das águas. Por fim, um ponto de atenção se dá pelo lado da demanda, uma vez que, além das festividades anuais de final de ano, as eleições e a copa do mundo tendem a influenciar para um incremento no consumo da proteína, fator que pode impulsionar o preço.
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Atualizada dia 21 jun 2022
CUIABÁ - O aumento de animais abatidos (+28,49%) em MT influenciou para a maior utilização da capacidade das instalações dos frigoríficos em mai.22. Para se ter ideia, a utilização real informada pelas indústrias registrou incremento de 15,62 p.p. ante o mês pas-sado e atuou com 88,82% da capacidade real no estado, resultado equivalente à média de 18,20 mil cabeças/dia.
No mesmo sentido, a utilização em operação aumentou 8,52 p.p. no mesmo comparativo, pois, apesar do maior número de dias úteis, o incremento elevado no abate e a exclusão de 12,34% das indústrias que ainda permaneceram paradas em mai.22 influenciaram para este movimento. Dessa forma, a utilização total ficou praticamente estável em 33,68 mil cabeças/dia. Para jun.22, ainda se espera elevada oferta de bovinos devido ao início da seca, e o retorno das compras de algumas indústrias tende a aumentar a competitividade no mercado.
SUBIU: com menos animais sendo ofertados e uma reação positiva da demanda interna nesta primeira quinzena, o preço médio da arroba do boi gordo subiu 1,31% no comparativo semanal.
INCREMENTO: o incremento na procura pela carne bovina influenciou também no preço médio da arroba da vaca gorda, a qual ficou cotada a R$ 253,92 em Mato Grosso.
MENOS DIAS: diante da retração na oferta de bovinos, a escala de abate apresentou um recuo de 3,25% ante a semana passada e ficou na média de 6,54 dias.
No comparativo de mai.22 ante a abr.22, o volume das exportações de carne bovina em equivalente carcaça retraiu 8,85% em MT. Em mai.22 foram embarcadas cerca de 42,39 mil toneladas de carne bovina, resultado 8,85% inferior ao volume observado no mês anterior, quando 46,51 mil toneladas foram exportadas. Ao analisar o faturamento, o recuo registrado foi de 3,72%, o que correspondeu com o total de US$ 212,60 milhões de dólares.
A China, somada a Hong Kong, continua sendo a principal importadora da proteína, uma vez que suas compras somaram em mai.22 um total de 28,40 mil toneladas embarcadas (resultado 5,90% inferior ao do mês anterior). No entanto, o que de fato pressionou as negociações foram os países do Oriente Médio, que no mesmo comparativo registraram uma redução de 28,05% nas aquisições mato-grossenses, com destaque para a Palestina, em que a queda registrada foi de 65,50% no mesmo comparativo mensal.
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Publicado em 14 jun 2022
CUIABÁ - No acumulado de janeiro a maio, o volume total de bovinos encaminhados ao abate aumentou 4,56% ante o mesmo período de 2021. Dentre as macrorregiões do estado, a de maior destaque quanto à quantidade de animais foi a oeste, que totalizou 390,20 mil cabeças, e, em seguida, estiveram a sudeste e a norte, com o resultado de 309,98 e 302,61 mil animais abatidos, respectivamente.
Esse resultado foi influenciado pela maior parcela dos frigoríficos habilitados para a China se encontrarem nessas localidades, o que motivou o aumento do indicador. No entanto, quando se analisa a variação sobre o resultado do mesmo período de 2021, as regiões nordeste e centro-sul registraram maiores acréscimos ante as demais regiões (+18,37% e +7,74%, respectivamente).
O principal ponto balizador para esta conjuntura esteve associado à maior oferta de matrizes de descarte, que surgiram com mais intensidade principalmente no 1º trim.22.
QUEDA: na semana passada, a elevada oferta fez com que a arroba do boi gordo registrasse recuo de 0,51% no indicador médio ante a semana anterior.
DIMINUIU: no mesmo sentido, a cotação média da arroba da vaca gorda apresentou queda de 0,54% ante a semana passada e fixou-se em R$ 250,91.
ENTRESSAFRA: com o pico de entressafra estimado para out.22, o contrato futuro da arroba do boi gordo registrou acréscimo de 2,48% no comparativo semanal.
Em mai.22, Mato Grosso e São Paulo registraram desvalorização no preço médio da arroba do boi gordo, sendo de 4,74% e 3,47%, respectivamente, ante o mês anterior, e fixaram-se na média de R$ 280,04/@ e R$ 326,41/@ na mesma ordem (ambas as cotações livres de impostos). Com o inicio do período de entressafra, a disponibilidade de pasto tem diminuído e os produtores iniciaram um movimento mais intenso de oferta dos seus animais já aptos para o abate – cenário que influenciou na pressão observada nos preços do indicador. Porém, a estagnação da demanda interna foi mais intensa em Mato Grosso e esse baixo escoamento pressionou a arroba em MT de forma mais acentuada. Assim, no comparativo com o mês anterior houve uma expansão no diferencial de base de 1,14 p.p., e o resultado ficou na média de -14,21% entre as praças. (Ascom IMEA)