Querência deve registrar safra recorde de milho, com produtividade média de 115 sacas por hectare
QUERÊNCIA – A colheita do milho safrinha em Querência segue a todo vapor e as perspectivas por parte dos produtores são muito boas. A informação é do presidente do Sindicato Rural de Querência, Osmar Frizzo.
Segundo o presidente sindical, a expectativa é de que seja uma das melhores e maiores safras do município, consolidando-se como recorde.
Dois fatores foram determinantes para o atual cenário: um incremento na área plantada e a contribuição do clima. Segundo Frizzo, Querência tem hoje cerca de 220 mil hectares cultivados com o milho safrinha.
O clima favorável permitiu que os produtores plantassem dentro da janela ideal, em fevereiro, além da extensão das chuvas até o início de maio.
O presidente destacou ainda o investimento em tecnologia por parte do produtor querenciano, que contribui para os bons resultados.
Osmar Frizzo informou que no início da 2ª safra houve uma grande pressão de percevejos, o que afetou um pouco a cultura. Essa praga possui um grande potencial de dano, pois nas primeiras fases de desenvolvimento da cultura, o risco de perda é alto. “O percevejo picando a planta, libera toxina na planta não permitindo que o milho desenvolva bem”, explicou o presidente.
Apesar de um atraso no escoamento da soja, em virtude da pandemia do novo coronavírus, Osmar Frizzo acredita que tudo correrá bem com o armazenamento do milho, uma vez que em alguns casos os grãos seguem direto para a exportação.
“Eu acho que espaço não vai faltar aqui em Querência, sendo que Querência tem um espaço bastante grande em armazéns. Nós conseguimos armazenar toda a safra da soja e ainda teria espaço para mais um pouco. Então, retirando essa soja, certamente conseguimos armazenar todo esse milho. Lembrando que muitos produtores também utilizam o silo bolsa e outras alternativas. Sem falar que muitos grãos já vão sendo exportados. Na medida em que vai sendo entregue, já são encaminhados aos portos”, disse o presidente.
A média de produtividade do município costuma ser de 100 sacas por hectare e a expectativa neste ano é de uma produtividade média de 115 sacas por hectare.
“A gente sabe que o milho safrinha é sempre uma safra de risco, tivemos anos que foram de prejuízos, então esse ano a expectativa é que consigamos recompor um pouco esses gastos que tivemos de outros anos onde tivemos perdas”, salientou Frizzo.
O aumento da produtividade esperada pelos agricultores de Querência, no entanto, contrasta com a realidade geral prevista para Mato Grosso. A estimativa do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) aponta queda do rendimento médio das lavoura em torno de 5 sacas por hectare. Ainda assim, como as plantações ganharam espaço em 2020, a previsão é de uma safra recorde, acima de 32,8 milhões de toneladas do grão.