Gás de cozinha terá novo aumento de 10%

BRASÍLIA - Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) em Mato Grosso já foram comunicados sobre o aumento no preço do botijão a partir de setembro. De acordo com a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (Asmirg), a majoração prevista para todo o país está na média de 10% e antecipa o reajuste de acordos coletivos de trabalho que anualmente ocorrem nesse mês, além de ajustes nos custos operacionais.

A entidade deixa o alerta para a elevação dos custos de operação das revendas, que além de adquirir o insumo mais caro terão, também, que reajustar salários dos funcionários. Em Mato Grosso, o preço médio atual do botijão de gás de cozinha (13 kg) é de R$ 71,32, mas varia até 54,71% em todo o território estadual.

Em algumas localidades, o insumo pode ser adquirido por R$ 53, enquanto em outras chega a custar R$ 82, numa diferença de R$ 29 por botijão, segundo levantamento realizado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Cuiabá é o município onde o preço apresenta a maior variação, chegando a 26,98%, ao oscilar do mínimo de R$ 63 ao máximo de R$ 80. Ainda na Capital, o preço médio do botijão de gás (13 kg) em agosto alcança R$ 70,64, média superior àquela registrada pela ANP em Cáceres (R$ 61,03) e inferior às médias de Várzea Grande (R$ 71,38), Alta Floresta (R$ 74,17), Sinop (R$ 73,69) e Sorriso (R$ 79,29).

Rondonópolis apresenta patamar equivalente, com média de R$ 70,58 em agosto. Além disso, o preço médio vigente em Mato Grosso ainda aparece como maior do país e é 16,91% superior à média verificada em agosto de 2015, quando custava R$ 61. De lá para cá, o valor do produto subiu R$ 10,32.

Empresário do setor varejista, Humberto Botura está à par do reajuste e prevê que o preço do gás de cozinha fique entre 8% a 11% mais caro para o consumidor final ainda na 1ª quinzena de setembro. “Esse reajuste é anual. Mas, o preço sobe agora e depois ajusta num patamar menor, por causa da concorrência”, comenta. Ele afirma ainda que os trabalhadores do setor pleiteiam 15% de incremento nos salários, mas a tendência é fechar a negociação com a recomposição da inflação.

Sobre os atrasos pontuais nas entregas de gás que passaram a ocorrer este ano, Botura afirma que a situação não está totalmente normalizada, mas descarta a possibilidade de faltar o produto para o consumidor.

No restaurante Alex, em Cuiabá, o gasto mensal com o gás (P45) chega a R$ 7 mil, como informou o funcionário Mateus Garcia de Carvalho Bastos. “São 670 litros por entrega e pagamos, em média, R$ 4,72 por cada litro”.

Conforme a administração do estabelecimento, que afirmou desconhecer a previsão de reajuste para o próximo mês, será um custo a mais que se soma àqueles registrados este ano. “Houve uma alta generalizada, mas não reajustamos proporcionalmente os preços ao consumidor. E a solução para não perder cliente é comprimir a margem de lucro”. 

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