Dia Mundial de Luta contra a Raiva
A raiva é uma zoonose causada por um vírus que infecta animais domésticos e selvagens, e se transmite às pessoas pelo contato com a saliva infectada através de mordidas ou arranhões. Os cães são os principais transmissores da raiva ao homem no mundo.
A data de 28 de setembro foi escolhida em homenagem a Louis Pasteur, quem produziu a primeira vacina contra a raiva e marca o Dia Mundial de Luta contra a Raiva, promovido pela Aliança Global para o Controle da Raiva, com o intuito de criar consciência sobre as consequências da raiva humana e animal, e explicar a maneira de preveni-la.
Atualmente, a segurança e a eficácia das vacinas para os animais são uma das estratégias mais importantes para o controle da raiva. Por isso, animais domésticos devem ser vacinados anualmente contra a doença.
A raiva é de extrema importância para a saúde pública, devido à sua letalidade: não há cura.
No mundo, 60 mil pessoas morrem a cada ano por essa doença, principalmente na Ásia e na África. É uma enfermidade que pode ser eliminada em seu ciclo urbano, normalmente transmitida por cães e gatos, por meio de medidas eficazes de prevenção, como a vacinação de animais, a disponibilidade de soro humano e vacina pós-exposição à raiva, e ações de bloqueio de surtos, entre outras.
Quando avaliamos a raiva do ponto de vista da Defesa Agropecuária Animal, nos atentamos principalmente aos herbívoros domésticos. E não podemos deixar de citar que a raiva, para estes animais, é uma doença geralmente transmitida pela mordedura de Morcegos Hematófagos, que atuam como portadores, reservatórios e transmissores do vírus da Raiva. E que um dos principais problemas, é que a doença não está passível de controle em nossa propriedade rural quando não procedemos com a vacinação preventiva do rebanho.
O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros – PNCRH do MAPA e o Programa Estadual de Controle da Raiva - do INDEA objetiva reduzir a incidência de raiva nos herbívoros domésticos, suas principais diretrizes são: controle seletivo da população de morcegos hematófagos, vacinação dos herbívoros domésticos, investigação em casos de suspeitas e educação sanitária.
Os principais sinais clínicos manifestados por herbívoros domésticos são a incoordenação motora, insensibilidade ao toque, flacidez ou desvio lateral de cauda, perda do controle anal, salivação excessiva, dificuldade em deglutir, agressividade, paralisia flácida de membros e em casos mais avançados o animal não consegue se levantar. A progressão é sempre para a morte.
A vacinação anual é a forma mais eficaz de profilaxia da raiva bovina!!!
A raiva não tem cura, portanto, investir em medidas preventivas, como notificar sugaduras ao INDEA para haver controle da população de morcegos hematófagos e realizar a vacina anual em todo o rebanho, faz toda a diferença no controle e combate a Raiva! (Médicos Veterinários Fábio Bacca, Francisco Souto e Melina Daud-Indea)