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MPF-PF fazem operação - Darci Mendel informa - 'Alvo é Juquinha da Valec'

GOIÂNIA/GO--ÁGUA BOA/MT - Na manhã desta quinta-feira, 25 de maio, foi deflagrada, pelo Núcleo de Combate à Corrupção do Ministério Público Federal em Goiás e pela Superintendência de Polícia Federal em Goiás, operação conjunta para cumprimento de 2 mandados de prisão preventiva, 7 mandados de busca e apreensão e 4 mandados de condução coercitiva em Goiás e no Mato Grosso. Em nota, a Procuradoria informou que os mandados foram solicitados pelo Núcleo de Combate à Corrupção do MPF/GO e concedidos pelo juiz substituto da 11ª Vara Federal da Seção Judiciária de Goiás, especializada em crimes financeiros e lavagem de dinheiro. Juquinha da Valec

A operação é um desdobramento das investigações da Operação Lava Jato e nova etapa das Operações O Recebedor e Tabela Periódica. Baseia-se em acordos de colaboração premiada assinados com o MPF/GO pelos executivos das construtoras Camargo Corrêa e da Andrade Gutierrez, que confessaram o pagamento de propina ao então presidente da VALEC, José Francisco das Neves, o Juquinha. As investigações da Polícia Federal em Goiás levaram à identificação e à localização de parte do patrimônio ilícito mantido oculto em nome de terceiros (laranjas). Os principais alvos da operação são José Francisco das Neves, seu filho Jader Ferreira das Neves e o advogado Leandro de Melo Ribeiro. Os dois primeiros são suspeitos de continuarem a lavar dinheiro oriundo de propina, mantendo oculto parte do patrimônio amealhado. O último é suspeito de ser laranja dos dois primeiros e de auxiliá-los na ocultação do patrimônio.

A pedido do MPF/GO, o juiz substituto da 11a Vara Federal da Sessão Judiciária de Goiás determinou as prisões preventivas de Jader e de Leandro, além das conduções coercitivas de Juquinha, do advogado Mauro Césio Ribeiro (sócio e pai de Leandro), de Jeovano Barbosa Caetano e de Fábio Junio dos Santos Pereira, suspeitos de prestarem auxílio para a execução de atos de lavagem. As buscas e apreensões têm como alvo as casas dos investigados, a sede das empresas Pólis Construções e Noroeste Imóveis, que funcionariam no escritório de advocacia de Mauro Césio e Leandro Ribeiro. A sede da Imobiliária Água Boa também foi visitada esta manhã pela Polícia Federal.

Juquinha e seu filho já foram condenados na ação penal nº 18.114-41.2013.4.01.3500 (operação Trem Pagador) a, respectivamente, 10 e 7 anos de reclusão, por formarem quadrilha e lavarem aproximadamente R$20 milhões provenientes da prática de crimes de cartel, fraudes em licitações, peculato e corrupção nas obras de construção da Ferrovia Norte-Sul, praticados por Juquinha quando presidiu a empresa pública VALEC. Ambos aguardavam o julgamento de seus recursos em liberdade. As prisões foram pedidas porque se apurou que os investigados, mesmo depois de condenados, continuam a cometer crimes de lavagem de dinheiro (estão em plena atividade criminosa), estão produzindo provas falsas no processo para ludibriar o juízo e assegurar impunidade, além de custearem parte de sua defesa técnica (advogados) com dinheiro de propina.

Um dos principais objetivos da Operação é o sequestro e apreensão dos bens, que estão sendo mantidos em nome de terceiros como forma de ocultar sua real propriedade e a origem dos recursos usados para a sua aquisição. Entre os bens citados na operação estão apartamentos em Goiânia, casas populares em Bela Vista/GO, dois aviões, nota promissória de R$ 750 mil e uma gleba de terras em Breu Branco e Goianésia/Pará. Um Loteamento registrado em nome da Noroeste Imóveis, com quase 300 lotes em Agua Boa, Mato Grosso, também foi citada na reportagem como sendo alvo de investigação. A Polícia Federal estima que com esses bens tenham sido lavados pelo menos R$ 4,4 milhões provenientes de propina, em valores de 2012. Entretanto, somente após a avaliação desse patrimônio é que se chegará ao valor real.

ÁGUA BOA – O proprietário da Imobiliária Água Boa foi visitado esta manhã por policiais federais. Darci Antonio Mendel emitiu uma nota à imprensa para falar sobre o episódio. Confira o teor da nota abaixo:

Doc Darci Mendel

ÁGUA BOA – Juquinha das Neves, quando presidente da Valec visitou a cidade de Água Boa várias vezes. Em abril de 2.010, uma audiência pública no Centro Cultural Luterano foi realizada.

Na ocasião, José Fancisco das Neves, o Juquinha da Valec prometeu que o trem apitaria em 2.013 ou 2.015 em Água Boa. Agora, ele vira alvo de investigação por suposto desvio de dinheiro e enriquecimento ilícito. A obra nunca saiu da promessa.

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