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De farsas - Editorial de Eduardo Gomes de Andrade

“Sem terrinhas”, missionária Leonora Brunetto e dom Pedro Casaldáliga. Para se conhecer melhor o que se passa em Mato Grosso nos últimos anos é preciso escarafunchar as figuras acima citadas. Durante os primeiros anos das invasões de fazendas organizadas em Mato Grosso pelo MST com apoio da igreja católica, ONGs e ditos formadores de opinião, os chefes daquele anárquico movimento usaram a máxima - “Uma mentira dita mil vezes vira verdade” - da propaganda nazista (criada por Joseph Goebbels, o propagandaminister – ou ministro da Propaganda de Hitler) para mexer com o coração passional brasileiro. Sempre que uma área era reintegrada, o MST denunciava que durante a operação de expulsão sumiram “tantos” sem terrinhas. Criavam comoção nas redações amigas. Manchetes cobravam providências e criticavam a truculência do Estado. O argumento do sumiço dos sem terrinhas começou em setembro de 1995, quando da reintegração de posse da fazenda Aliança, em Pedra Preta, e foi tática promocional do MST até o começo dos anos 2000, quando até mesmo os mais convictos jornalistas defensores da invasão de propriedades sentiram que a máxima nazista da mentira repetida reiterada vezes não colava mais. O artifício perdeu força porque nunca se confirmou nenhum desaparecimento de criança – nem de marmanjo.

Na região de Peixoto de Azevedo, no Nortão, a missionária Leonora Brunetto é a “mentira” do MST e da Comissão Pastoral da Terra (a famosa CPT) da igreja católica.Durante muito tempo Leonora esteve nas manchetes dos jornais por supostas ameaças de morte que estaria sofrendo. Os dedos sujos dos mentirosos sempre apontavam para o fazendeiro Sebastião Neves de Almeida, o Chapéu Preto, dono da fazenda JR, na Gleba Gama, em Nova Guarita.Leonora nunca sofreu um arranhão nem ouviu um sussurro ameaçador. No entanto, em 12 de maio de 2005, na fazenda JR, Chapéu Preto tomou um tiro de revólver no abdome. O disparo foi feito por um sem terra protegido da missionária. A imprensa amiga da balbúrdia fez silêncio sobre o caso. Agora, essa mesma turminha gutembergueana ensaia textos sobre supostas novas ameaças que colocariam em risco a vida da coitadinha. Dom Pedro Casaldáliga fomentou invasões de terra no Araguaia e com sua ação atravancou o desenvolvimento de São Félix do Araguaia, onde foi bispo e agora é bispo emérito. A casa de Casaldáliga, na Rua Frederico Campos, 13, em São Félix, não tem tranca na porta e nunca foi alvo de ladrões. De quebra o prelado nunca tomou um empurrão sequer.

Em 9 de dezembro do ano passado, quando começou a desintrusão dos brasileiros que viviam na antiga Fazenda do Papa, em Alto Boa Vista e municípios adjacentes, para ceder terra aos índios xavantes naquela que se convencionou chamar de terra indígena Marãiwatsede, Casaldáliga deixou sua casa, sob escolta da Polícia Federal, se dizendo ameaçado de morte por posseiros. Mentira de Casaldáliga! Tudo não passou de jogada para desviar a atenção sobre a ação policial contra os brasileiros da antiga Fazenda do Papa. Agora, quando a televisão mostra imagem de igrejas, casas e escolas sendo demolidas na zona urbana de Estrela do Araguaia e na área rural da antiga Fazenda do Papa, e de famílias no olho da rua, o prelado retorna ao ninho e, com isso às páginas, sites e vídeo. O Brasil continental é vítima da ambição internacional. Mato Grosso por sua condição de polo produtor, seu manancial de águas e sua potencialidade mineral recebe o impacto direto dessa cobiça. Ora ela chega pelas mãos de paramilitares de Stédile treinados no exterior, ora pelo braço da CPT na figura aparentemente angelical de Leonora, ora pela matreirice do prelado Casaldáliga. Está provado e comprovado que a classe política mato-grossense (e a mordômica Federação da Agricultura e Pecuária/Famato) não tem coragem para enfrentar a situação que deixa o povo cada vez mais garroteado. Enquanto isso avança a insegurança jurídica, costura-se a criação da grande nação multiétnica indígena no Araguaia e Casaldáliga com sua igreja progressista acende velas, só que nenhuma delas para Deus. Felizmente ainda nos resta liberdade de expressão. Que ao murmúrio de dor dos brasileiros que viviam na antiga Fazenda do Papa se junte a voz da indignação dos que não aceitam as farsas que os apátridas e seus lacaios tentam nos impor.

Fonte: MT Aqui online

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