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Trabalhadores do JBS fazem paralisação
Michele Soares
Internet
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A frente do Frigorifico JBS unidade de Juína, no Noroeste de Mato Grosso, foi tomada na segunda-feira, 21, por funcionários que resolveram paralisar as atividades com objetivo de fechar definitivamente um acordo firmado o ano passado, entre empresa e sindicato da categoria que até agora não foi cumprido. Nesse acordo segundo João Suquerê, diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação Frigorifica de Mato Grosso, foi definido o piso salarial de R$ 730,00 e reajuste de 7% no entanto, a empresa ainda não cumpriu e outra proposta agora com piso salarial de R$ 850 e reajuste de 12% foi enviada ao frigorifico.
- Nós viemos na tentativa de acordo da convenção coletiva de trabalho referente ao ano de 2012, tivemos 5 reuniões, 3 delas com a empresa e o sindicato em Cuiabá, e levamos o JBS junto ao Ministério do Trabalho na mesa redonda. Pela manhã a empresa disse que não quer trabalhador parado e não vai negociar, porque não vai ter avanço dessa forma, a manifestação será durante todo o dia até a empresa se manifestar e dar o reajuste salarial que é justo e estar na constituição- afirmou João Suquerê. Pela manhã houve um principio de confusão, mas foi resolvido com a presença da Polícia Militar, rondas são feitas constantemente no local. Maria Vilma Souza ferreira, que trabalha há 2 anos e 2 meses no frigorifico fez uma série de denúncias e afirma já estar com sequelas nos braços e mãos.
- Eu não tenho hora de almoço e descansamos apenas 15 minutos. Eu faltei em um feriado e descontaram 3 dias, quando fiquei doente não quiseram pagar os remédios, a empresa disse que não fiquei doente na empresa, até hoje sinto dores nas mãos e braços - desabafou.
Os trabalhadores denunciaram a falta de profissionais no interior do JBS.
- Aqui não tem médico e enfermeiro, se precisamos de remédio não tem, quem quiser traga de casa. O meu salário é de R$ 656 na carteira outros R$ 622. Já tem um ano nunca deram o nosso reajuste que é um direito nosso.
Segundo João Sequerê essas denúncias vem acontecendo no JBS de Juína e o sindicato vai tomar as decisões cabíveis dentro da lei. Procurados os representantes do JBS de Juína não quiseram gravar entrevista e apresentar a versão acerca do manifesto e das denúncias.