Começa júri de crime que repercutiu - Atualizado
ÁGUA BOA - Prossegue o júri popular da comarca de Água Boa que está julgando os réus Risya Nara Rodrigues Campos e o namorado Márcio Leite Theodoro, pelo crime de homicídio de uma criança e tentativa de homicídio contra outras duas crianças da ré. O crime teria ocorrido em novembro de 2.010 em Cocalinho, e chocou a comunidade na época dos fatos. Ambos os réus aguardavam presos ao julgamento.
Agora, o advogado de defesa, Sidnei Bittencurt está fazendo a explanação de suas teses de defesa. Ele diz que o réu Márcio não teve envolvimento com o caso, e que Risya, ao invés de envenenar as crianças, como diz a acusação, apenas se enganou de vidro, tendo dado veneno no lugar do xarope caseiro. Os trabalhos devem se prolongar até as 20 hs de hoje. A promotora, durante sua fala, pediu que os jurados acatassem sua tese de acusação, de que os crimes foram cometidos por motivo torpe em ato repugnante. Ela pediu ainda que os jurados aceitem a tese de homicídio qualificado praticado de forma cruel, por meio de dissimulação, pois foram ações contra os próprios filhos da ré. Segundo a promotora de justiça, Clarissa Cúbis de Lima, o agravante é que os crimes cometidos contra os próprios filhos deve aumentar as penas. Já a defesa apresentou a tese de negativa de autoria para Márcio, e de que a mãe, ao dar por engano o veneno no lugar do xarope, teria cometido apenas homicídio culposo, que prevê penas mais brandas. Nilton Severo da Luz, 6, morreu após ingerir veneno para rato, enquanto os outros 2 irmãos foram medicados e sobreviveram.
ÁGUA BOA – algumas testemunhas prestaram depoimento durante o júri popular desta manhã em Água Boa. Antonio José Souza Aguiar, compareceu dizendo que era amigo de Márcio leite Theodoro, e que ele sempre foi um bom colega de emprego. Disse que era um trabalhador, e que também a Risya era mulher trabalhadora que mantinha os filhos com seu emprego na prefeitura de Cocalinho. Afirmou que soube do envenenamento das crianças por volta de 9hs da manhã daquele domingo, 22 de novembro de 2.010. Afirmou ainda que Marcio sempre foi uma pessoa calma e que falava pouco. Antonio José disse que quando Márcio sair da cadeia, vai contrata-lo de novo para trabalhar no serviço de jardinagem. Já o comerciante Dioinio José Luiz, da comercial São Luiz de Cocalinho, negou que tenha vendido veneno de rato para Risya ou para o acusado Márcio.
– O pai do acusado, Márcio, ‘seo’ Bolívar Theodoro, afirmou em depoimento esta manhã no plenário do júri popular local, que Márcio foi torturado e ameaçado pelos policiais para que confessasse que teria participado do homicídio contra um dos filhos de Risya e da tentativa de homicídio contra outros dois filhos dela. Bolívar disse que seu filho sempre foi homem quieto, honesto e trabalhador, e que jamais teria participado de um crime desses, como envenenar 3 crianças. Bolívar disse que seu filho só confessou, pois foi ameaçado pelos policiais. Bolívar declarou também que em Cocalinho, todos gostam do casal Márcio e Risya. Também ressaltou que seu filho não teria comprado o veneno para rato, conforme a polícia acusou.
– O réu Márcio Leite Theodoro declarou perante os jurados, esta manhã, que não participou de nenhum plano para matar as crianças de sua namorada, Risya. Márcio negou que tenha comprado o veneno para rato e que quando soube do envenenamento, saiu do serviço que estava fazendo e foi para casa, onde ficou o dia todo, até ser procurado pela polícia. Márcio disse que os policiais, no caminho de Cocalinho para Água Boa, ameaçaram ele para que ele inventasse a história de sua participação no crime. Disse que no dia da tragédia, ficou na noite de sábado na casa de Risya até 1 h da madrugada, e depois voltou para a casa dos pais. Ele também não deu xarope para as crianças e não viu Risya dar o xarope, que estava misturado com veneno de rato. Ao ser perguntado se ele não teria ido visitar as crianças e a mãe no Hospital de cocalinho, disse que preferiu ficar em casa naquele dia da tragédia. O réu reafirmou que os policiais tinham lhe ameaçado e por isso, inventou a história de que ajudou Risya no envenenamento dos filhos, pois teve medo dos policiais. Dias depois de sua confissão, mesmo tendo passado pela assistência da defensora pública da comarca, o réu chegou perante o juiz e disse que foi ameaçado pela polícia para inventar a história. Marcio negou que participou de qualquer coisa contra as crianças da sua namorada. Numa acareação feita pela polícia civil de Água Boa na época da investigação, Márcio na frente de Rysia, confirmou que o casal tinha arquitetado o plano. Márcio também falou para outro colega de cela, logo após sua detenção, que eles tinham planejado o envenenamento das crianças. O colega de cela é Carlos Damascena, conhecido como ‘Pica Pau’.
- O advogado de defesa dos réus, Sidnei Bittencourt, vai defender a tese de que Márcio não teve nenhuma relação com o incidente. Que Márcio não esteve presente quando o xarope foi ministrado pela mãe aos filhos. O advogado de defesa também vai apresentar a tese de que Risya confundiu os vidros, e ao invés de ministrar xarope para tosse, teria dado por engano, veneno de rato para as crianças. O advogado concedeu entrevista esta manhã, enquanto os trabalhos do júri popular estavam com pequeno intervalo. A promotora de justiça, Clarissa Cúbis de Lima também gravou entrevista. A promotora disse que sua tese de acusação vai se nortear de que o casal, Márcio e Risya, planejaram o envenenamento das 2 crianças. Ela disse que está de consciência tranqüila, pois as provas dos autos do processo apontam para assassinato e duas tentativas de assassinato.
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– Começou por volta de 8hs desta manhã, o julgamento de Risya Nara Rodrigues Campos. Ela e o seu companheiro, Marcio Leite Theodoro, são acusados do crime de homicídio contra um dos filhos dela, e pela tentativa de homicídio contra outros dois filhos da ré. O crime ocorreu em Cocalinho-MT no dia 22/11/2010. Uma multidão de pessoas tomou o Salão do Júri do Fórum local. Os trabalhos devem seguir durante ntodo o dia. O primeiro depoimento no plenário do Júri, foi de uma das crianças sobreviventes da tragédia. Os acusados teriam utilizado veneno para cometer o crime contra os menores. O júri será no salão de reuniões do Fórum local, com a presidência do juiz Anderson Gomes Junqueira. Vai atuar como advogado de defesa, Dr. Sidnei Bittencurt de Iporá/GO. O filho mais novo de Risya, Enilton Severo da Luz, 6 anos, morreu após a ingestão de veneno misturado com xarope. Os outros 2 filhos dela, Enildo Severo da Luz Filho, 10, e Helen Severo da Luz, 9 anos, ficaram internados em um Hospital em Goiânia, mas se recuperaram. O crime chocou a comunidade e por isso, o júri está sendo aguardado com expectativa. Ambos aguardam o julgamento presos, ela na penitenciária feminina em Cuiabá e ele na Unidade Prisional Major Zuzi em Água Boa. DETALHES DURANTE O DIA...
Risya e Marcio
Provas do crime recolidas pela polícia