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Austrália eleva para 70% chances de La Niña - Inmet já vê reflexos no Brasil

BRASÍLIA - O escritório de meteorologia da Austrália (BOM em inglês), divulgou alerta nesta terça-feira (21/11) em que eleva para aproximadamente cerca de 70% as chances do fenômeno climático La Niña acontecer a partir de dezembro deste ano. O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) já vê reflexos do fenômeno ocorrendo no Brasil nos próximos meses. La Ninha - Fonte Inmet

Com a ocorrência do fenômeno La Niña, a região sul do Brasil pode ter falta de chuva ou intensificação de veranico. A situação demanda atenção uma vez que as culturas de verão, como a soja e milho que estão em plantio, podem ser afetadas. No Norte, as chances são de chuvas acima da média em alguns estados. Mapas do Inmet já mostram esses reflexos. Para o Centro-Oeste e Sudeste, todo tipo de fenômeno pode ser considerado.

"A divulgação dessa informação da Austrália confirma o que já temos divulgado desde agosto. No Brasil, nossos modelos já mostram os reflexos do fenômeno, com poucas chuvas na região Sul e chuvas acima do normal na Bahia e parte do Nordeste", afirma o professor Expedito Rebello. Ele é coordenador geral do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O Inmet afirma que não quer causar nenhuma impaciência nos agricultores e o monitoramento climático criterioso deverá ser mantido.

O La Niña é causado pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico e, em outras localidades ao redor do globo também pode incitar mudanças climáticas, como o aumento das chuvas no Sudeste Asiático e Austrália. Para os Estados Unidos, o NOAA disse recentemente que a perspectiva favorece temperaturas acima da média e precipitação abaixo da média em toda a parte sul do Brasil, enquanto a parte Norte do país poderia ver temperaturas abaixo da média e acima da precipitação mediana.

Segundo Rebello, o escritório australiano costuma ser bastante criterioso ao elevar e confirmar fenômenos climáticos. "Eles são muito duros. A Austrália deve sofrer impactos diretos com o La Niña, como enchentes em algumas áreas e secas em outras", explica. O escritório de meteorologia australiano acredita que o La Niña deve ser fraco e de curta duração e, em relação ao período entre dezembro/17 a fevereiro/18, está em linha com os oito principais modelos meteorológicos do mundo.

"Todos os modelos climáticos internacionais sugerem um maior resfriamento do Pacífico tropical. Todos os modelos mostram o início do La Niña em dezembro de 2017, e a maioria mantém esses valores até pelo menos em fevereiro de 2018", disse em informativo australiano. (Jhonatas Simião/Notícias Agrícolas)

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