Reflexos da pandemia na economia
ATUALIZADA DIA 09 ABRIL 2020
ÁGUA BOA – A pandemia de coronavirus afastou clientes de restaurantes, hotéis, fechou as escolas e academias e deixou em situação delicada quem é autônomo, ou seja, quem não tem salário fixo.
Diaristas e autônomos nas mais diversas áreas estão vivendo dias difíceis com a redução dos serviços. Em toda a cidade havia vários vendedores autônomos que trabalhavam diariamente, mas esse número reduziu consideravelmente com a crise do coronavírus.
Quem insiste em trabalhar diz que as vendas caíram cerca de 50%. Os idosos praticamente não são mais vistos circulando pela cidade. O repórter Gerson Cevada conversou com alguns dos ambulantes que restaram. Todos estão com temor da situação que ainda virá.
A maioria diz que ainda não fez o cadastro para receber o auxílio emergencial do governo federal, dependendo única e exclusivamente do faturamento de suas vendas.
Com todas as dificuldades e a diminuição do faturamento, em uma das barracas, a vendedora disse pagar cerca de R$ 127,00 mensais para continuar trabalhando (taxa do município).
Ela não tem outra opção de renda, senão continuar oferecendo seus produtos. “Viver só dos R$ 600,00 não dá”, disse ela.
– Vanderlei Cirino Teixeira, proprietário arrendatário da padaria Casanova procurou nossa reportagem, dizendo que está chateado com a fiscalização. Ele reclamou que não se encontra mais álcool em gel nem máscara, itens de uso obrigatório no comércio. Ele afirmou que com as exigências dos decretos da saúde, perdeu muitos clientes, já que servir lanche na padaria é proibido.
Com a redução da clientela, ele já teve que promover demissão de funcionários. Ele disse que já teve 50% de queda nas vendas desde o início da crise do coronavírus.
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Publicado 01 abril - Coronavírus reflete na economia local
ÁGUA BOA – Nossa reportagem buscou as primeiras informações sobre os reflexos na economia local com a crise do coronavírus. Alguns comerciantes entrevistados pelo repórter Gerson Cevada disseram que já vem enfrentando uma pequena crise.
Restaurantes
O setor dos restaurantes teve redução de 80% da renda, já que os serviços nas últimas duas semanas ficaram concentrados apenas na entrega de marmitas. Isso causou redução no número de funcionários dos restaurantes. No ramo de prestação de serviços, alguns funcionários pediram afastamento por medo da doença, outros foram afastados pelas empresas pelo baixo faturamento.
Frutas e verduras
No ramo de venda de frutas e hortaliças, nos primeiros dias da crise houve grande procura, reduzindo os estoques. Depois, as pessoas passaram a entender o comportamento do mercado, e os estoques normalizaram.
Hotéis
O ramo hoteleiro sofreu grande impacto no número de clientes. Alguns hotéis registram queda de até 90% no movimento nos últimos dias. Com isso, os hotéis tiveram que reduzir o quadro de funcionários. Eliane Cassiano afirmou que precisa mais de 90 dias para começar a recuperar os prejuízos acumulados em 15 dias.
Confecções
As lojas de roupas também registram enorme perda de clientes. O primeiro passo foi reduzir a quantia de funcionários. Os lojistas também não estão tendo coragem de pedir renovação dos estoques nesse momento. Aqueles que pediram novos estoques, não conseguiram, uma vez que os fornecedores de São Paulo e Goiânia estão com atividades paralisadas. Essa seria a época certa para encomendar novas mercadorias, devido à mudança de estilo de vestuário.
Em todas as áreas, os comerciantes entrevistados demonstraram incerteza quanto ao futuro próximo. Existe o temor de alguns pequenos comércios terem que fechar as portas em virtude da crise do coronavírus.