Diário de Bordo nº 5 – Último dia em Havana
Atualizada 18 abril 2025
Hoje andamos bastante, começando pelo Malecón, que fica à beira-mar, com algumas das mais belas esculturas de Cuba. Caminhamos, tiramos fotos dos monumentos, passamos por algumas praças e visitamos vários pontos turísticos. Mais uma vez, nos surpreendemos com a organização do local. Muitos prédios estão sendo restaurados, há muitos bares, vendedores, e durante todo o trajeto, a cada passo, alguém oferece algo, dá alguma informação, tenta nos levar a algum lugar, pede algo ou simplesmente cumprimenta. Mas já entendemos como funciona, então não nos incomodamos.
Fomos até a Bodeguita del Medio, um local famoso por aqui, visitado por muitas celebridades. Entramos, tomamos um mojito e escrevemos nossos nomes nas paredes, ainda que por cima de outros já escritos.
Coisas interessantes:
Aqui não se pode fumar em ambientes fechados, e, além disso, não se vê muitas pessoas fumando;
O charuto cubano, famoso no mundo inteiro, é vendido em todos os cantos das ruas, além das lojas especializadas. Porém, é difícil confiar nos vendedores. Comprei três por 10 dólares apenas para não ir embora sem experimentar um charuto cubano. Se forem falsificados? Paciência;
Muitos prédios estão sendo restaurados;
Os prédios antigos são muito imponentes;
Em Havana não há praias, apenas pedras na beira do mar;
É extremamente seguro. Li que isso se deve ao fato de que, se alguém aprontar, não tem para onde fugir;
É nítido que Cuba está se abrindo para investidores estrangeiros;
Quase não se vê policiais nas ruas — na verdade, só os vi próximos a alguns monumentos, e mesmo assim, um ou dois;
Não se tem a percepção de um Estado muito presente em nenhum aspecto;
Os cubanos são bem desonestos no comércio informal — sempre tentam vender os produtos por valores muito acima dos justos. Após uma pequena pechinchada, os descontos passam de 50%;
As mulheres andam tranquilamente à noite pelas ruas, demonstrando que, para elas, é um ambiente seguro;
A prostituição existe, mas é muito sutil;
A maioridade para dirigir e consumir álcool é de 18 anos, e pelo que percebemos, isso é cumprido à risca;
O que mais vale destacar é a sensação de segurança — mesmo no dia em que faltou energia elétrica;
O dólar é mais aceito que a moeda local. Se trocar no aeroporto, pagam 110 pesos cubanos por dólar; nas ruas, até 370 pesos cubanos — mais de três vezes o valor do câmbio oficial.
Uma aventura e tanto. Valeu cada dia!
Fomos em quatro (eu, Eustáquio, Luiz e Pedrinho) — a melhor configuração para táxis e outros transportes.
Elton Iappe – 15/04/2025
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Diário de bordo – N° 4 – A caminho de Havana4 dias no Iberoestar, como todo all-inclusive, basicamente é acordar, comer e dormir. Entramos algumas vezes no mar em frente, mas o vento frio dificultava a decisão de mergulhar. Fiz um sobrevoo pela península de Varadero – 10 minutos por US$ 60 –, a única opção disponível. Ontem, fomos até o centro de Varadero, passamos por um barzinho de rock (temática dos Beatles) e depois por um pequeno calçadão cheio de bares. Uma lata de cerveja custava US$ 2,50. No
geral, o povo é muito animado: música por todo lado, cubanos dançando sem parar.
Hoje seguimos para Havana, onde ficaremos mais três dias. Acredito que será mais interessante para conhecer os costumes e o modo de vida local. Chegamos a Havana por um túnel. Ao sair, a vista é bonita e a cidade parece limpa. Logo à esquerda, havia uma exposição de armamentos militares. O motorista seguiu mais um pouco e parou em frente ao Hotel Sevilha. Muito bom! Deixamos as coisas no quarto e tomamos uma cerveja para celebrar nossa primeira vez em Havana.
Saímos para almoçar, no restaurante Don Lorenzo, perto do hotel, então fomos a pé. No caminho, duas mulheres e um rapaz nos acompanharam até lá. No local, alguns músicos tocaram músicas só para nós, e a comida estava ótima.
O que choca, porém, é o estado dos prédios: muitos estão em ruínas, com entulho, tetos desabados e paredes destruídas. Mesmo os que ainda estão de pé abrigam moradores em condições precárias – não há manutenção, pintura ou limpeza. As ruas estão cheias de lixo (muito mesmo!) e mau cheiro. Pessoas ficam sentadas nas calçadas, sem fazer nada, mas em número menor que na Índia ou na Bolívia. Muitos nos abordavam, mesmo já estando acompanhados por três locais.
À noite, fomos ao Buena Vista Social Club, com jantar incluso, mas a cidade ficou sem luz, e o show foi cancelado. Podemos usar o convite amanhã. No caminho, um rapaz insistiu em nos acompanhar. Ajudou em algo, mas já sabíamos o trajeto. No final, ele pediu US$ 20, mas só demos US$ 3. Aprendemos que, daqui em diante, é melhor não dar confiança.
De volta ao hotel, como não encontramos nada para comer no caminho, pedimos uma pizza pequena no hotel – US$ 12.
Elton Iappe – 12/04/2025
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Diário de bordo nº 03 – Varadero, Cuba
Atualizada 09 abril 24
O avião baixou, o aeroporto ê pequeno. Vi alguns aviões da aviação cubana — nem sabia que Cuba tinha uma empresa aérea. Na imigração, tive que tirar até o cinto (que é de plástico) e o relógio porque apitou na entrada. Na saída da checagem, moças faziam uma checagem corporal geral, mas não entendi o critério. Estamos entrando… não pode faca, líquidos, sei lá o quê? Bom, vamos seguir o fluxo sem reclamar.
Saímos do aeroporto e… *caramba!* Uma carnificina! Taxistas de todo lado oferecendo viagem. Perguntamos o preço: *120 dólares!* Tinha visto antes que era *40 dólares*. Como estamos em dois, decidimos procurar o ônibus. Só que o ônibus não para no hotel, então precisaríamos pegar outro táxi depois.
Negociamos, renegociamos e fomos cercados por taxistas. Até que um topou *60 dólares. Era um táxi oficial, um carro da **Lada* (russo). Faz sentido… Cuba e Rússia… tudo a ver.
O Luiz e o Eustaquio tiveram o voo cancelado e só vão chegar lá pelas *2h da manhã do dia 09*.
No caminho para Varadero (*163 km), pegamos chuva. O asfalto não tinha buracos, mas era cheio de remendos — dá pra classificar como **mediano*. As casas, na maioria dos pontos, estavam mal conservadas. Perguntamos ao motorista, e ele nos informou que as pessoas são donas das próprias casas.
Ao longo da estrada, frases da revolução apareciam por toda parte:
- *“SOCIALISMO O MUERTE”*
- *“ENTENDEMOS LA HISTORIA, ESTA ES LA REVOLUCIÓN”*
Chegando aqui, já percebi uma coisa: *radicalismo nunca é bom*, não importa o viés político.
O *resort Iberostar* é *regular, assim como as casas no caminho — falta manutenção. Tivemos dificuldade até para comer algo ou tomar um **refrigerante. Os sucos são do tipo **Tang*…
Mas, no fim, *tá valendo a pena. Conhecer este país é algo **diferente* de todos os que já visitei.
*Elton Iappe – 09/04/2025*
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Diário de Bordo - Havana e VaraderoHoje começa a nossa viagem! Estamos aqui esperando para embarcar, tudo pronto com bastante antecedência — cheguei no aeroporto umas 3 horas antes, como manda o manual do mochileiro prevenido.
O destino? Cuba! Mais precisamente, vamos curtir Varadero, com um pulinho em Havana também. Fiz algumas pesquisas antes de vir: as passagens estão na faixa de R$ 2.500 a R$ 3.000, dependendo da época. Já os resorts all inclusive em Varadero saem por cerca de R$ 250 por pessoa, por dia, o que é um excelente custo-benefício considerando que estamos falando do Caribe.
Varadero é conhecida por suas águas cristalinas e tranquilidade. É possível fazer mergulho, passeios de barco, e outras atividades bem típicas de região litorânea caribenha. O aeroporto mais próximo fica a cerca de 30 km de Varadero, e o transporte até lá custa por volta de 20 dólares por pessoa.
Vamos ficar entre 4 e 5 dias por lá, aproveitando o que a ilha tem de melhor. A expectativa é alta — afinal, estamos indo para o Caribe, conhecido pela beleza e pela limpeza das praias. Com certeza, vai valer muito a pena.
Além disso, Cuba tem essa particularidade: é um país socialista, com uma cultura e um cotidiano bem diferentes do resto das Américas. É uma experiência única, que vai além do turismo — é também um mergulho em uma realidade distinta.
Aeroporto do Panamá as coisas não tem um bom preço, não vale a pena comprar perfumes, whisky… um café da manhã com pão, ovo, pouquinho de bacon e um café com leite (xícara grande) = U$ 10,00
Elton Iappe -09/04/2026
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Diário de Bordo – Rumo a CubaComeça mais um diário de bordo! Dessa vez, o destino é Cuba. Vamos viajar no dia 8 e voltamos no dia 15. Serão oito dias para explorar um pouco desse país tão único aqui nas Américas.
A programação está dividida assim: cinco dias em Varadero e três dias em Havana.
Varadero é conhecido como um destino mais turístico, com resorts e bastante estrutura voltada para visitantes, principalmente americanos. Já Havana, a capital, tem um estilo mais autêntico e representa bem o modelo socialista cubano.
Essa será uma experiência diferente. Já estive em países como China e Vietnã, que também têm sistemas socialistas (ou ao menos oficialmente), mas Cuba é o único aqui nas Américas com essa característica. É um país que vive há décadas sob embargo dos Estados Unidos, o que impacta muito o dia a dia da população.
Fiquem ligados por aqui! Serão alguns dias de relatos, reflexões e descobertas nesse Diário de Bordo direto de Cuba.
Elton Iappe - 08/04/2025