Agentes prisionais paralisam atividades

ÁGUA BOA - Operação-padrão por tempo indeterminado. Essa a decisão tomada pelos dois mil servidores do sistema prisional mato-grossense, numa assembleia que terminou no começo da noite desta sexta-feira (20/OUT), em Cuiabá. A partir de hoje, sábado (21/OUT), a decisão entra em vigor. A operação é uma greve descaracterizada.

Ela foi decidida pelo pessoal sindicalizado ao Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen). A manifestação é em defesa de melhorias salarial e de condição de trabalho para os agentes prisionais.

Ela, também, foi motivada pela falta de negociação por parte do governo de Pedro Taques. Com o movimento fica descartada as visitas aos presos em Cuiabá e nos demais municípios. O presidente do Sindspen, João Batista, observou que a segurança das unidades prisionais será mantida, sem prejuízo de agentes nas torres, guarita e na contenção; a distribuição da alimentação não será afetada; e as escoltas somente serão feitas em caso de emergência de saúde.

Batista também destacou que a categoria está em estado de greve desde dezembro de 2016.

Essa decisão afeta também Água Boa, tendo em vista que os servidores do sistema prisional deste município também reivindicam melhorias e ajustes. Na Penitenciária Major Zuzzi só serão realizados os serviços de Alvará de soltura, entrega de alimentação apenas fornecida pelo Estado, entrega de medicamentos de uso contínuo, ronda, guarita e vigilância, audiência somente admonitória, procedimento de revista apenas nas celas desde que houver suspeita, banho de sol e instalação de tornozeleiras eletrônicas.

Os servidores cobram alguma atitude proativa em favor deles. Eles afirmam que já que não encontraram atendimento de algumas reivindicações para o sistema prisional a medida de paralisação tornou-se de inexorável necessidade.

A paralisação não tem prazo determinado para seu fim. Através de documento os servidores notificam e oficializam a paralisação, veja abaixo o documento na íntegra.