América Clima e Mercado encerra série com balanço sobre desafios e potencial da safra norte-americana; VEJA VÍDEO

América Clima e Mercado encerra série com balanço sobre desafios e potencial da safra norte-americana
Foto: Fernanda Trindade/Aprosoja MT
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QUERÊNCIA - Na quinta-feira (21.08), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) concluiu a série América Clima e Mercado com um balanço geral das visitas realizadas em 10 estados norte-americanos. Ao longo de mais de 5 mil quilômetros percorridos, a equipe conversou com produtores e agrônomos, observou as lavouras de perto e ouviu quem realmente vive a realidade do campo nos Estados Unidos da América (EUA). Compuseram a equipe o diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, e o consultor da entidade, Táimon Semler, que acompanharam de perto os cenários locais.

Ao fazer um resumo da experiência, o diretor Diego Bertuol destacou o propósito principal da missão.“Finalizando a América Clima e Mercado do ano de 2025, o intuito da Aprosoja Mato Grosso é trazer a realidade da safra norte-americana. Para isso, rodamos o Corn Belt americano e estados adjacentes. Vimos lavouras bem plantadas, bem conduzidas, em pleno enchimento de grão”, disse Bertuol.

O consultor Táimon Semler ressaltou que cada estado apresentou particularidades, desde problemas climáticos até ganhos produtivos. “Observamos particularidades em cada região. No estado de Iowa, por exemplo, houve bolsões de encharcamento causados pelo excesso de chuvas em julho, que trouxeram prejuízos parciais de produtividade. Já para as Dakotas, a regularidade das chuvas foi favorável. No Nebraska, o bom regime hídrico reduziu o uso de irrigação e as lavouras não irrigadas estão bem desenvolvidas. No Kansas, o desenvolvimento foi abaixo da média dos outros estados, mas ainda acima da média histórica local. Já no Missouri e em Illinois, as temperaturas acima da média geraram preocupação com o enchimento de grãos do milho. Em algumas áreas, o excesso de chuvas prejudicou a implantação das lavouras, mas o engalhamento das plantas compensou a perda de população. Hoje, essas lavouras estão em bom estado”, explicou Semler.

Ao detalhar pontos específicos, Diego Bertuol lembrou que Indiana apresentou dificuldades com chuvas irregulares. “No estado de Indiana, os produtores relataram perdas nos primeiros quinze dias de agosto devido à falta de chuva. Mas também choveu quando saímos de lá, o que deve amenizar a situação. Os produtores acreditam que não haverá recordes, mas, sim, uma boa produção para os Estados Unidos neste ano”, ressaltou Bertuol. Semler também destacou a influência da fertilidade natural do solo sobre os resultados de produtividade. “Observamos um ponto essencial: a formação dos solos. São solos de alto nível de matéria orgânica, com excelente potencial de desenvolvimento de plantas, aliado a um clima favorável. Muitas vezes, buscamos identificar qual manejo específico garante maiores produtividades, mas, na verdade, o que faz diferença é a condição de ambiente de produção. O uso de dejetos animais e o processamento primário de grãos também são pontos-chave. Aqui, há produtores que colhem muito e outros que ficam em média mais baixa, mas impressiona que em algumas lavouras nem se vê rastro de pulverizador, porque não aplicam fungicidas nem inseticidas”, explicou o consultor.

Na mesma linha, Bertuol observou que os poucos tratamentos aplicados se justificam pelo clima mais estável. “Os produtores conseguem essa redução devido às condições climáticas. A maioria relatou que, quando aplicam, é apenas em situações pontuais: uma única aplicação de inseticida ou fungicida, quando há um foco mais forte de doenças ou pragas”, disse o diretor.

A logística também foi apontada como um diferencial dos Estados Unidos. “O que chama atenção é o sistema logístico. Eles contam com hidrovias, ferrovias e rodovias. O produtor não precisa andar mais do que 80 km para chegar a um terminal. Isso dá segurança e incentiva a produzir mais”, pontuou Bertuol.

Já Semler ressaltou que a forte estrutura de processamento interno é outro ponto marcante. “O que também nos chamou atenção foi o processamento primário. Muitos caminhões de grãos que vimos estavam transportando DDG ou ração para dentro das propriedades. Cerca de 90% do milho fica dentro dos Estados Unidos, processado e consumido pelos produtores. Muitos investem em granjas de suínos, aves e bovinos, utilizando os dejetos como insumo agrícola. Isso reduz custos e eleva a eficiência. Já a soja, em grande parte, vai para exportação, e aí surgem os gargalos, principalmente por questões tarifárias que impactam a competitividade”, explicou o consultor.

Sobre a soja, Bertuol acrescentou que as tensões comerciais são motivo de alerta entre os produtores. “As esmagadoras e fábricas de ração já compraram seu volume e saíram do mercado. O excedente da soja preocupa os produtores, porque depende da exportação e está sujeito às tarifas impostas pelo governo americano contra seu principal comprador, a China. Em todos os estados, essa foi a principal preocupação relatada pelos produtores”, afirmou o diretor.

Por fim, Semler destacou um ponto comum entre brasileiros e norte-americanos: a preocupação com a rentabilidade. “O mesmo relato que ouvimos dos produtores brasileiros, ouvimos aqui também: margens muito baixas. Os custos estão altos, mesmo utilizando menos insumos químicos. A margem está apertada, tanto para eles quanto para nós”, finalizou o consultor. Assim, a Aprosoja MT encerrou a quarta edição da série América Clima e Mercado, trazendo um panorama completo da safra norte-americana, das particularidades regionais aos grandes desafios do setor e reforçando a importância de compreender os cenários internacionais para embasar estratégias da produção mato-grossense. A iniciativa já se consolidou como referência e, no próximo ano, terá uma nova edição com ainda mais análises e aprendizados.

Fernanda Trindade

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América Clima e Mercado percorre Wisconsin e destaca bacia leiteira, diversidade produtiva e desafios climáticos locais; VEJA VÍDEO

América Clima e Mercado percorre Wisconsin e destaca bacia leiteira, diversidade produtiva e desafios climáticos locais
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QUERÊNCIA - Na terça-feira (19.08), no nono episódio da série América Clima e Mercado, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) esteve no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos da América (EUA), para analisar os desafios da safra local. A equipe destacou que o estado possui uma das maiores bacias leiteiras dos EUA e uma agricultura marcada por propriedades de pequeno porte.


Segundo o diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, Wisconsin é um dos menores estados visitados em termos de área cultivada, mas ainda assim tem papel relevante na produção agrícola.


“É um dos menores estados em lavoura que nós visitamos. Tem 2 milhões de hectares e módulos pequenos de produtores, até 250 hectares na região central e sudeste do estado. Porém, é uma das maiores bacias leiteiras dos Estados Unidos. Com respeito às produtividades, mesmo com os excessos de chuva no início da implantação das lavouras, os produtores nos passaram que as produtividades estão dentro da normalidade.”


O produtor Charlie Knigge, da Knigge Farms LLC da cidade de Omro explicou que, apesar de um início de safra difícil, as lavouras se recuperaram e há otimismo quanto à colheita. “Normalmente ficamos entre 55 e 88 sacas de soja por hectare. Esta safra começou mal, mas agora a lavoura está linda, estamos muito otimistas, esperando ficar acima de 55. Para o milho, no ano passado ficamos entre 185 e 230, foi um ano excepcional para plantar milho. O milho está alto, mas as espigas não chegaram no tamanho que já atingiram no passado, então esperamos colher entre 190 e 200 sacas por hectare.”


O produtor também destacou a importância da diversificação no manejo produtivo da família. “Não costumamos plantar a mesma cultura em safras consecutivas na mesma área. Neste talhão temos soja este ano, teremos milho no ano que vem, ou trigo de inverno. Se for trigo, aplicaremos dejetos do gado e voltamos com milho na safra seguinte. E depois alfafa ou soja de novo. Nossa área plantada aqui é de 260 hectares. Geralmente, fazemos 80 hectares de milho, cerca de metade desse montante vai para silagem. O restante vira ração ou vai para usinas de etanol. Cerca de 80 hectares de soja, 50 de alfafa e outros 50 de trigo”, disse Charlie.


De acordo com Bertuol, em contraste com estados da região central dos EUA, como Missouri, Indiana e Illinois, Wisconsin teve temperaturas noturnas mais amenas e chuvas bem distribuídas. Ainda assim, os produtores apontaram que o excesso de precipitação no início da safra prejudicou a implantação das culturas.

O produtor Pete Knigge, da Knigge Farms LLC, reforçou que, mesmo com clima favorável em boa parte da safra, as projeções não indicam recordes de produtividade.


“Fez muito calor até a semana passada, quando passamos a ter os dias mais frescos do verão todo. Boa umidade, chuvas na hora certa, a lavoura prometia muito durante a safra. Quando começamos a monitorar produtividade, porém, vimos que não seria uma safra recorde.”


A série América Clima e Mercado segue nesta quinta-feira (21.08), quando será concluída com um balanço geral do que foi observado em dez estados norte-americanos.

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No estado de Indiana, produtores destacam estratégias para manter a produtividade; VEJA VÍDEO

No estado de Indiana, produtores destacam estratégias para manter a produtividade
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MATO GROSSO - Nesta segunda-feira (18.08), no oitavo dia da série América Clima e Mercado, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) percorreu o estado de Indiana, nos Estados Unidos da América (EUA), para analisar os desafios e práticas de manejo que marcam a safra local. De acordo com dados do USDA, na safra de 2024, a média do estado ficou em 65 sacas de hectare de soja e 210 sacas do milho. A equipe visitou produtores do município de Pittsboro, onde a propriedade acompanhada apresentou, no ano passado, produtividade de 270 sacas de milho e 77 sacas por hectare de soja. Esses resultados são fruto de 40 anos de cultivo na mesma área e, especialmente nos últimos 15 anos, de investimentos consistentes em fertilidade, uso de híbridos de alta tecnologia e manejo com aplicação de fungicidas.

Durante a visita, o diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, ressaltou que a principal dificuldade enfrentada pelos produtores de Indiana foi a irregularidade das chuvas no início de agosto. No entanto, segundo ele, as condições começaram a se reverter com a chegada das precipitações justamente no momento da visita.

O produtor Christopher Taylor, da B & B Farms of Pittsboro, chamou atenção para a variabilidade climática da região, que pode afetar os resultados desta safra. “Para 2025, as safras de milho e soja devem ser comparáveis às do ano passado aqui. Mas tivemos temperaturas noturnas mais altas que no passado, o que pode afetar a produtividade. Parou de chover no começo de agosto, o que também aconteceu no ano passado. Nos últimos anos, essa virada de julho para agosto tem sido mais seca mesmo. No ano passado, basicamente não tivemos chuva até o final da colheita, e parece que isso vai se repetir este ano. Já faz duas semanas que não temos boa precipitação, seria ótimo se chovesse mais um pouco para podermos finalizar bem as lavouras de soja e milho.”

Já o produtor Gene Blanton, da B & B Farms of Pittsboro, destacou que as chuvas previstas podem consolidar resultados ainda melhores, especialmente para a soja. “Apesar de algumas áreas mais secas, as médias devem permanecer altas. Aqui, na nossa propriedade, se não atingirmos um recorde de produtividade, chegaremos muito perto disso.” O produtor Buddy Blanton, também da B & B Farms of Pittsboro, ressaltou os ganhos obtidos com o uso de novas tecnologias e mudanças no calendário de plantio.

“Quando começamos a plantar soja, a produtividade era de 40 a 45 sacas por hectare. Mas, usando genética melhor, trabalhando a fertilidade, aplicando fungicida, fazendo tratamento de semente, os números melhoraram. Também começamos a plantar soja mais cedo. Antes, a soja vinha depois do milho. Hoje, em várias safras, plantamos a soja primeiro.” Segundo o diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, durante a visita em Indiana foi possível observar que os produtores da propriedade acompanhada adotam o uso de fungicidas tanto na soja quanto no milho, o que tem contribuído para resultados positivos em produtividade. Ele ressaltou, no entanto, que essa não é uma prática comum entre os demais produtores da região. “No estado de Indiana, os produtores nos relataram um manejo diferente, aplicando fungicida na soja e no milho, resultando em produtividades positivas.”

Mas, o produtor Christopher Taylor reforçou a importância dessa prática. “Nos últimos dez a 15 anos nossas produtividades aumentaram bem por causa das aplicações de fungicida. Fazemos uma passada na soja. Já experimentamos fazer mais aplicações, mas os resultados não mostraram benefícios adicionais. Mas uma única passada, na hora certa, já eleva bem a produtividade. No milho, fazemos duas aplicações, uma no início da safra e outra mais no fim, aérea. Nem todo produtor desta região acredita na eficácia de aplicar fungicida. É caro, de fato, mas para nós tem favorecido a produtividade. Mesmo quando a pressão de doenças é baixa, fazemos aplicações de fungicida. Às vezes essa prática pode estender o período de crescimento e até atrasar um pouco a colheita, mas ajuda demais com a produtividade.”

A série América Clima e Mercado segue nesta terça-feira (19.08) para o estado de Wisconsin, onde a equipe continuará o monitoramento das lavouras e as análises de produtividade.

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América Clima e Mercado percorre Illinois e destaca diferenças entre produtividade e sustentabilidade em relação a MT; VEJA VÍDEO

América Clima e Mercado percorre Illinois e destaca diferenças entre produtividade e sustentabilidade em relação a MT


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QUERÊNCIA
- Neste domingo (17.08), no sétimo dia da série América Clima e Mercado, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) percorreu o estado de Illinois, nos Estados Unidos da América (EUA), para analisar os desafios da safra local. A programação contou ainda com a presença do biólogo e apresentador Richard Rasmussen, que compartilhou suas percepções sobre sustentabilidade, comparando as realidades de Illinois e Mato Grosso.


O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, explicou que a equipe visitou regiões do oeste, centro e leste de Illinois e observou lavouras em boas condições de desenvolvimento. Ele destacou, entretanto, que há preocupações dos produtores locais com as temperaturas noturnas, que podem comprometer a produtividade do milho.


“Neste domingo, nós percorremos o estado de Illinois, passando pela região oeste, central até o leste, onde conseguimos ver as condições das lavouras. Na soja, vimos um padrão com bom enchimento de grãos. Quando olhamos para o milho, os produtores nos relataram que houve um bom índice pluviométrico e bem distribuído. Porém, a preocupação deles neste mês de agosto é com respeito às temperaturas noturnas muito altas, que podem afetar o enchimento de grão e, consequentemente, a produtividade.”


O produtor Adam Rader, proprietário da Fazenda Família Rader, em Bloomington, destacou a safra atual em função da regularidade das chuvas. Ele relembrou os recordes alcançados no ano passado e explicou como as diferenças de solo dentro da propriedade influenciam a média final de produtividade.


“Comparando a safra do ano passado com a atual, dá para dizer que estamos muito animados, sobretudo por causa das chuvas, que foram muito regulares. No ano passado, tivemos ótimas produtividades no milho e na soja. Para este ano, estávamos esperando os mesmos resultados, mas tivemos noites mais quentes, o que acelerou o processo de maturação do milho, e ainda não sei como isso vai afetar os números. No ano passado, tivemos recordes de produtividade: chegamos a 77 sacas por hectare de média em nossos 1.100 hectares, o que consideramos um resultado excelente. Temos áreas menos férteis que reduzem essa média. Em algumas áreas, chegamos a 93 sacas por hectare, mas a média cai para a casa dos 70 por causa desses talhões mais fracos. Aqui na área em que estamos, a fertilidade é excelente chegamos a ter 60 cm de terra preta, com boa drenagem. Outras parcelas em que também plantamos são bem menos férteis, e são esses solos que reduzem nossa média. Mas continuamos trabalhando para melhorar a fertilidade dessas áreas”, disse o produtor norte-americano.


Apesar de estarem em países diferentes, Illinois e Mato Grosso são líderes mundiais na produção de grãos. No entanto, as diferenças de clima, solos e práticas de sustentabilidade marcam realidades bastante distintas. O biólogo e apresentador Richard Rasmussen chamou atenção para a ausência de áreas de preservação em Illinois, contrastando com a realidade brasileira.


“Olha só a disposição aqui da lavoura do milho: em seguida vem o feno e, imediatamente ao lado, está o rio. Imagina se isso aqui fosse no Brasil, seria completamente diferente. Teríamos uma mata ciliar, uma APP, protegendo o rio, ou seja, é gigantesca a diferença na questão da sustentabilidade.”


Em Illinois, são cultivados cerca de 9 milhões de hectares de soja e milho, enquanto em Mato Grosso a área chega a 13 milhões de hectares. Porém, em solo mato-grossense, mais de 60% do território permanece preservado, sendo que 40% dessa preservação está dentro das propriedades rurais. Já em Illinois, apenas 10% da área total do estado está preservada.


Rasmussen reforçou esse contraste ao comparar a paisagem agrícola de Illinois com a do Brasil.


“Aqui eu vim percorrendo a estrada toda. No Brasil, onde tem lavoura, você vê grandes porções de florestas associadas, que são as reservas legais. Aqui você não vê nada, é apenas um mar de milho. Um mar de milho sem qualquer tipo de floresta. Você vê um pouquinho só de mato em volta das casas. Somente 10% da área total do estado de Illinois é preservada. Isso, porque o maquinário não chega, não consegue chegar nesses 10%. São colinas, várias que são inacessíveis para plantar. Só por isso.”


O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, ressaltou que os números de produtividade em Illinois impressionam, mas que Mato Grosso alia bons resultados à sustentabilidade, além de realizar duas safras ao ano.


“Na safra de 2024 Illinois teve uma produtividade de 70 sacas por hectare e Mato Grosso 66 sacas. Porém, o que vemos de diferença é a sustentabilidade. E Mato Grosso ainda faz duas safras, o que garante competitividade e resultados ainda maiores, garantindo a segurança alimentar.”


Por fim, o biólogo e apresentador Richard Rasmussen destacou que está produzindo um material exclusivo sobre as diferenças entre Brasil e EUA, com foco especial na sustentabilidade.


“Eu vim aqui justamente para isso. Vou estar produzindo um material extra voltado totalmente para essa questão da diferença de sustentabilidade de lá para cá. E agora nós vamos.”


A série América Clima e Mercado segue nesta segunda-feira (18.08) para o estado de Indiana, onde a equipe continuará o monitoramento das lavouras e as análises de produtividade.

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América Clima e Mercado acompanha desafios e oportunidades da produção agrícola no Missouri

América Clima e Mercado acompanha desafios e oportunidades da produção agrícola no Missouri

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MATO GROSSO - Neste sábado (16.08), no sexto dia da série América Clima e Mercado, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) percorreu o estado de Missouri, nos Estados Unidos da América (EUA), para conhecer de perto os principais fatores que determinam a produtividade agrícola local.

O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, explicou que o Missouri apresenta diferentes realidades produtivas conforme a região visitada central, norte e leste. Ele ressaltou que o maior foco dos produtores locais não está no uso intensivo de defensivos, mas sim na conservação e aproveitamento da camada mais fértil do solo.

“Hoje nós passamos pelas principais regiões produtoras de soja e milho do estado do Missouri, região central, norte e leste. O que destacamos é com respeito ao relevo, saindo de regiões mais onduladas para as planícies, sentido ao Corn Belt americano. Os produtores nos destacaram que a principal preocupação deles é com respeito ao Horizonte A, ou seja, a profundidade da camada superficial mais fértil do solo. É onde eles mais analisam e mais investem, ao invés de procurarem fungicidas ou inseticidas. Com isso, conseguem trazer mais rentabilidade ao seu negócio.”

O produtor Roy Meinke, de Missouri, relatou como o relevo e os diferentes tipos de solo influenciam diretamente a produtividade de sua fazenda. Segundo ele, há áreas de menor fertilidade e mais suscetíveis à erosão, mas também solos ricos que garantem bons resultados.

“Na nossa propriedade, temos um relevo levemente montanhoso, que precisa de chuvas frequentes por causa dos diferentes tipos de solos. Existem áreas com menos terra fértil na camada superficial, que sofrem mais erosão, e a variação na produtividade da soja é grande, podendo ir de 35 sacas a 77 sacas por hectare, dependendo do que a natureza nos oferece. Mas também temos solos de leitos de rio, que têm nos dado produtividades crescentes todo ano, com menos variabilidade por causa da melhor qualidade desses solos.”

O produtor também compartilhou o desempenho de destaque obtido em uma área específica de milho na safra passada. “Nesta região centro-norte do Missouri, na safra passada, tivemos o orgulho de produzir num talhão de 200 hectares, com solo bem argiloso e preto, uma produtividade de 235 sacas de milho por hectare. Um número excelente para esta região. E não é um pedacinho de terra de 5 hectares, foram 200 hectares mesmo, e ficamos muito orgulhosos de conseguir. Não dá para concorrer com Iowa, mas nesse talhão a gente chegou perto.”

O diretor administrativo da Aprosoja MT destacou que a qualidade do solo, mais do que o uso intensivo de insumos, foi determinante para a produtividade. “Nessa lavoura de milho, nós destacamos que o manejo de químicos e de fungicidas é quase zero. E o que traz essa grande estrutura de planta, de padrão de espiga, é esse solo diferenciado que essa região norte-americana traz para os produtores.”

O produtor Kenny Meinke, proprietário da Fazenda Meinke, em Princeton, trouxe detalhes sobre as expectativas para a safra atual, apontando variação de resultados entre áreas de melhor e pior qualidade de solo.

“No ano passado, a soja variou de 50 a 55 sacas por hectare. Para a safra atual, espero uma melhora de 5% a 10%. Tivemos bastante chuva entre julho e agosto este ano. Se alguma área sofreu mais, foram os talhões mais baixos, com solo pior, que encharcaram ou tinham menor densidade de plantas. Com o milho foi parecido, começou a chover pouco antes do pendoamento e tem chovido a cada três ou quatro dias. Na safra passada, parte da área de milho apresentou produtividade bem baixa, cerca de 95 sacas por hectare, mas em outra área chegamos a 235 sacas.”

A série ainda ressaltou a logística integrada do Missouri, que garante eficiência no escoamento da produção agrícola. O estado está estrategicamente localizado no centro dos EUA e conta com uma combinação de ferrovias, rodovias e hidrovias, que permitem reduzir custos e ampliar a competitividade dos grãos no mercado. A presença dos rios Mississippi e Missouri, somada às malhas ferroviária e rodoviária, faz com que os produtores tenham fácil acesso tanto a portos de exportação quanto ao mercado interno americano, encurtando distâncias e otimizando o tempo de transporte.

“Quando falamos em rentabilidade, o estado do Missouri se destaca por ter um amplo sistema logístico, que facilita o escoamento da safra do produtor. Esse sistema inclui as ferrovias, as rodovias e o sistema hidroviário, que abrange dois grandes rios, o Mississippi e o Missouri”, disse Bertuol.

A série América Clima e Mercado segue neste domingo (17.08) para o estado de Illinois, onde a equipe continuará o monitoramento das lavouras e as análises de produtividade.

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América Clima e Mercado percorre o Kansas e ouve produtores sobre a realidade das lavouras de soja e milho

América Clima e Mercado percorre o Kansas e ouve produtores sobre a realidade das lavouras de soja e milhoFOTO: Fernanda Trindade
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MATO GROSSO - Nesta sexta-feira (15.08), a série América Clima e Mercado, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), percorreu o estado de Kansas, nos Estados Unidos da América (EUA). Em algumas regiões desse estado, as lavouras são conhecidas por ser de menor potencial produtivo, mas segundo os produtores locais, este é o melhor clima dos últimos três anos.

As lavouras de soja e milho no Kansas enfrentam desafios relacionados principalmente à variabilidade climática, marcada por períodos de seca prolongada e ondas de calor que afetam o desenvolvimento das plantas. O manejo dos solos, muitas vezes argilosos e com baixa infiltração de água, exige estratégias específicas para preservar a umidade e manter a fertilidade.

O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, destacou que o estado apresenta realidades distintas conforme a região. Ele explicou que na parte central do Kansas as temperaturas são mais altas, a umidade relativa do ar é baixa e a presença constante de ventos encurta o ciclo das lavouras, especialmente o milho, que já se aproxima da colheita. Ao se deslocar para o leste, em direção ao Missouri, o cenário muda, com temperaturas mais amenas e um clima mais favorável ao desenvolvimento das plantas.

“Começamos o dia pela região central do estado, onde vemos que o clima é totalmente diferente. Um clima mais quente, com umidades baixas e temperaturas mais elevadas e com bastante vento, fazendo com que as lavouras tenham seu ciclo mais curto, principalmente no milho, onde já estávamos vendo os produtores se preparando para colher. Quando descemos para a região leste, sentido Missouri, onde pega um pouco do Corn Belt americano, vemos lavouras mais estabilizadas, devido às temperaturas mais amenas e a um clima mais favorável. E, principalmente, vale destacar que, junto com o que os produtores nos relataram, esta é a melhor lavoura dos últimos três anos aqui para o estado do Kansas.”

O produtor Ray Flickner, proprietário da Fazenda Flickner, em Wichita, descreveu a posição estratégica, mas desafiadora, de sua propriedade, localizada entre áreas de boa pluviometria e regiões mais áridas. Ele relatou que as chuvas deste ano devem garantir bons resultados, apesar dos riscos ainda presentes na segunda safra.

“Estamos na região central do Kansas, entre áreas com boa pluviometria e áreas desérticas mais ao sudeste. Então, somos uma região de semiárido, dependendo do que a natureza nos dá em termos de temperatura e umidade, que são fatores decisivos para a produtividade. Este ano, com as boas chuvas, espero uma safra excepcional. Nesta área, algo entre 77 e até 100 sacas por hectare de soja. Para a segunda safra, ainda não sabemos, estamos um pouco atrasados e podemos ainda perder plantas para a geada, então estimo colher 20% a menos na área plantada sobre a palhada de trigo. Minha rotação inclui milho, depois planto trigo, e depois soja. Na área de milho faço um revolvimento mínimo na terra. No trigo faço plantio direto sobre a palhada do milho, e a seguir faço plantio direto da soja, sobre a palhada do trigo. Em alguns talhões, no outono, usamos outras culturas de cobertura, como centeio, nabo e rabanete, em ensaios para identificar o que proporciona mais retenção de água. É isso: soja após o milho, com alguma cultura de cobertura na rotação.”

O produtor Andy Larson, proprietário da Fazenda Larson, em Andolph, ressaltou que, apesar da pluviometria ligeiramente acima da média, o fator decisivo foi a boa distribuição das chuvas, que resultou em lavouras vigorosas. Ele também apontou como as diferenças de solo e clima entre as regiões do estado influenciam diretamente na produtividade.

“Aqui na área de milho do Kansas, esta lavoura vai bater entre 136 e 147 sacas por hectare. A pluviometria este ano ficou ligeiramente acima da média, choveu pouco, mas em vários intervalos bem distribuídos, o que resultou numa lavoura muito boa, verde. Estamos começando a cortar para silagem. Vamos terminar de colher em cerca de um mês. Estamos em uma área entre o centro-norte e o norte do Kansas. Para milho plantado em sequeiro, isto que vemos aqui é o esperado. Mais a leste no estado, os solos são diferentes, além de haver mais umidade, mais precipitação e menos ventos. Já por aqui, os ventos, a menor umidade e as temperaturas noturnas mais altas afetam a produtividade.”

A série América Clima e Mercado segue neste sábado (16.08) para o estado de Missouri, onde a equipe continuará o monitoramento das lavouras e as análises de produtividade.

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No Nebraska, chuvas regulares reduzem necessidade de irrigação na safra 2025; VEJA VÍDEO

No Nebraska, chuvas regulares reduzem necessidade de irrigação na safra 2025

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MATO GROSSO - Nesta quinta-feira (14.08), a série América Clima e Mercado, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), percorreu o estado de Nebraska, nos Estados Unidos da América (EUA), e constatou que, neste ano, os produtores reduziram significativamente o uso de pivôs de irrigação devido às chuvas regulares. A equipe também avaliou as condições de solo e manejo na região, marcada por áreas arenosas que impõem desafios semelhantes aos enfrentados em Mato Grosso, mesmo em propriedades com irrigação.

O proprietário da Fazenda JSMM, na cidade de Spalding, Brent Tenopir, explicou que o uso de pivôs de irrigação é mínimo na propriedade devido ao volume de chuvas registrado nesta safra, e destacou as estratégias adotadas para manter a fertilidade do solo. “Usamos muito pouco o pivô, o mínimo mesmo. É até difícil repor o nitrogênio sintético por conta do volume de chuvas que tivemos, mas fazemos de três a quatro aplicações em cada área. No solo, temos um bom programa de gestão e aplicação de dejetos. Usamos o esterco do nosso confinamento, uma ótima maneira de devolver nitrogênio para o solo. Fazemos análises de solo todo ano, no outono, e com isso sabemos quanto nitrogênio precisamos aplicar em cada área, e isso vai variar de safra para safra. Já usamos esse programa de aplicação há dez anos. Um dos desafios é que a areia cria uma espécie de camada mais dura, depois de anos ali, que dificulta a infiltração da água, que muitas vezes escorre sem ser absorvida pelas raízes. Estamos agora estudando maneiras de melhorar a retenção da água que usamos para irrigar estas áreas”.

O consultor da Aprosoja MT, Táimon Semler, observou que, nesta safra, a soja apresentou uniformidade de desenvolvimento mesmo em áreas de bordadura, onde normalmente há perdas significativas. Ele destacou ainda o uso do plantio direto sobre palha de milho e centeio como fator de preservação da umidade e melhoria da estrutura do solo. “Nós observamos que a soja normalmente, nas áreas de bordadura, nos outros anos, era uma soja de menor desenvolvimento, até mesmo por relatos dos produtores. Este ano nós temos uma uniformidade de desenvolvimento na lavoura, tanto que nós não conseguimos encontrar uma divisa nítida entre a área irrigada e não irrigada. Isso faz com que o produtor tenha uma expectativa de que a produtividade alcance patamares muito próximos, quando normalmente seria 33% ou 35% a menos de produtividade na área de bordadura, e este ano eles esperam uma produtividade muito semelhante em áreas como essa em relação à área irrigada,” disse Táimon.

O consultor da Aprosoja MT ainda ressaltou que os produtores do Nebraska têm adotado práticas adaptadas às condições de solo arenoso, semelhante às encontradas em algumas regiões de Mato Grosso. Entre essas estratégias, ele apontou o plantio direto sobre palha de milho e centeio como uma solução eficiente para preservar a umidade e proteger a estrutura do solo, garantindo melhor desenvolvimento das lavouras. “Aqui, os produtores do Nebraska, observando essa condição de solo que eles têm e as dificuldades dos solos arenosos, que nós também conhecemos lá no Brasil, estão adotando uma prática muito interessante, que é o plantio direto, para eles, uma tecnologia que para nós já está bem consolidada, sobre palha de milho. Logo depois do milho vem o centeio, e essa lavoura está nessa condição. Esse plantio direto com a palha do milho e do centeio tem tido um bom desenvolvimento e um bom poder tampão para a cultura da soja. Além disso, estando numa bordadura, o solo está úmido pela chuva, mas tem um alto teor de matéria orgânica, um grande diferencial. Também apresenta um teor maior de silte, o que dá uma capacidade de suporte muito maior para a cultura da soja, permitindo esse desenvolvimento e essa condição que estamos observando hoje”.

O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, fez um balanço das visitas no Nebraska, apontando as diferenças regionais e as semelhanças com os desafios enfrentados em Mato Grosso. Ele destacou que, mesmo em áreas irrigadas, existem limitações relacionadas ao tipo de solo, reforçando a importância de investir em manejo específico. “Percorremos todo o estado, passamos pelos solos mais estruturados na região sudeste, mais próximo de Iowa, onde sabemos que há alta produção de milho e de soja. E agora estamos na região centro-norte, onde vemos a variabilidade de solos, principalmente nesse talhão em que estamos, onde vemos um milho sofrendo com a estrutura do solo. É uma estrutura de solo arenoso e que não dá suporte para grandes desempenhos em produtividade do milho. Então vemos que temos pontos muito similares com o nosso estado de Mato Grosso, reforçando a importância do nosso centro de pesquisa em trazer resultados para cada talhão dos produtores lá. Enfim, mesmo em ambientes irrigados, como aqui nos Estados Unidos, vemos que também têm suas limitações, como solos com baixo teor de argila, trazendo limitações na produtividade, assim como no Brasil. E por isso, a importância de investir em trabalhos de manejo”.

A série América Clima e Mercado segue nesta sexta-feira (15.08) para o estado do Kansas, onde a equipe continuará o monitoramento de lavouras e as análises de produtividade.

Fernanda Trindade

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“América, Clima e Mercado” avalia potencial produtivo da soja e do milho na Dakota do Sul

“América, Clima e Mercado” avalia potencial produtivo da soja e do milho na Dakota do Sul
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MATO GROSSO - Nesta quarta-feira (13.08), a série América Clima e Mercado, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), percorreu o estado de Dakota do Sul para avaliar o cenário agrícola local. Durante as visitas técnicas, foi possível identificar diferenças significativas entre as regiões sudeste e oeste do estado. Enquanto o sudeste conta com uma estrutura de solo mais profunda e fértil, o oeste apresenta solos mais rasos e arenosos, o que influencia diretamente nas produtividades.

A média geral no estado é de cerca de 48 sacas de soja por hectare no ano de 2024. Neste ano, o índice pluviométrico foi favorecido por chuvas acima da média e regulares durante o ciclo, o que, segundo produtores locais, pode resultar em um acréscimo de até três sacas por hectare na soja e dez no milho se comparado aos números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA) da safra passada.

O produtor Justin Campbell, da Dakota do Sul, avaliou o cenário com otimismo e disse que as condições de clima registradas ao longo da safra devem garantir resultados expressivos. Segundo ele, a expectativa é de produtividades bastante positivas para a soja, inclusive com áreas de destaque no estado. “Com base em conversas com produtores aqui na Dakota do Sul, estão todos muito animados com as condições de clima que tivemos ao longo desta safra. Estão esperando boas produtividades para a soja, entre 55 e 65 sacas por hectare, com algumas áreas chegando até em torno de 80 sacas por hectare. A faixa de 55 a 65 é para as lavouras em sequeiro. Os preços das commodities e a questão das tarifas também são fatores que influenciam as decisões dos produtores de soja, que estarão acompanhando de perto os acontecimentos antes de bater o martelo quanto ao que fazer com o produto colhido”.

De acordo com a avaliação de Justin, a soja apresenta maior dependência de compradores externos, especialmente da Ásia. O cenário de tarifas adotadas pelo governo dos EUA e preços internacionais tem feito com que produtores considerem a possibilidade de armazenar o produto até obter maior clareza sobre as condições de comercialização. Já o milho, segundo ele, em sua maior parte é destinado ao mercado interno, principalmente para criadores de gado leiteiro e usinas de etanol.

O proprietário da Mossing’s Dairy, Michael Jopson, explicou que a safra 24/25 tem sido boa e que o alinhamento entre manejo, clima e aplicação de insumos foi decisivo para o bom desempenho da lavoura. Ele ressaltou que a temporada atual contrasta fortemente com anos anteriores marcados por dificuldades. “Tivemos muita sorte este ano, em comparação com as últimas cinco safras. Foi a chamada tempestade perfeita, o dejeto do gado esteve ótimo este ano, temos parceiro terceirizado que nos ajuda a aplicar nos talhões certos. E as chuvas também ajudaram, vieram de forma regular e bem distribuída. Tivemos mesmo muita sorte, comparado por exemplo com 2019, quando tivemos chuvas fortes praticamente todos os dias, o que destruiu a lavoura. Muitos produtores tiveram que recorrer ao seguro agrícola, as fazendas estavam encharcadas. Mas, como falei, este ano foi perfeito, muita sorte”.

O produtor Ray Epp, de Mission Hill, comparou as condições atuais de umidade e desenvolvimento da soja com as do ciclo anterior, destacando que as lavouras deste ano apresentam potencial de rendimento acima do histórico recente. “Estamos agora em meados de agosto e tivemos, até aqui, em torno de 430 milímetros de chuva. No ano passado, nesta mesma época, tivemos cerca de 230 milímetros. A soja, naquele momento, estava com 50 cm de altura, 60 cm no máximo quando colhemos. Agora, já estamos com 90 cm e ainda está florescendo. Há previsão de mais chuvas e tempo quente e úmido o que para a soja são boas condições. Temos potencial de alcançar os números do ano passado, e quando digo alcançar, quero dizer 23 sacas a mais por hectare, com base no que vemos no momento”.

Encerrando o dia, o diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, fez um balanço das visitas, ressaltando que a boa distribuição das chuvas ao longo do ciclo tem sustentado o potencial produtivo, mas que ainda existem riscos a serem observados, especialmente no milho. Ele também destacou pontos de atenção com a soja identificados nas áreas com solos mais arenosos. “Finalizando o dia aqui na Dakota do Sul, onde os produtores nos relataram o potencial produtivo das lavouras devido principalmente à distribuição de chuvas durante o ciclo das lavouras. Mas vale destacar que, principalmente na soja, onde tem solos mais arenosos, nós quantificamos potenciais perdas. E quando olhamos para o milho, daqui para frente a preocupação são os ventos, que podem trazer a quebra da planta e também a perda foliar”.

A série América Clima e Mercado segue nesta quinta-feira (14.08) para o estado do Nebraska, onde a equipe continuará o monitoramento de lavouras e as análises de produtividade.

Fernanda Trindade

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No segundo dia do América Clima e Mercado, Aprosoja MT explora desafios e soluções da agricultura na Dakota do Norte
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FOTO: Fernanda Trindade

MATO GROSSO - Nesta terça-feira (12.08), a série América Clima e Mercado da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) percorreu o estado de Dakota do Norte. Pela manhã, a equipe realizou uma visita técnica à Universidade do Estado de Dakota do Norte, onde conversou com os professores Carlos Pires e Leandro Bortolon, especialistas em saúde do solo na região.
O estado é marcado por uma agricultura diversificada, onde cerca de 95% das propriedades são familiares, distribuídas em 15,7 milhões de hectares e mais de 24 mil fazendas. Além de soja e milho, a produção do estado inclui trigo, girassol, canola, mel, feijão, ervilha, cevada, entre outras culturas. E os principais desafios na produção são a erosão eólica, plantas daninhas como kochia e waterhemp e a salinidade natural do solo.


Segundo o professor Carlos Pires, a universidade mantém um trabalho muito próximo dos agricultores, com pesquisas voltadas a demandas práticas.


“Trabalhamos muito com pesquisas on farm, buscando levar para nossos experimentos exatamente as perguntas que o produtor quer responder. Isso faz com que a parceria se forme de maneira natural, pois entregamos ao produtor a informação que ele realmente precisa. Em 2023, realizamos um levantamento em todo os Estados Unidos, envolvendo mais de 250 produtores de 15 estados, e identificamos que, para 60% deles, a universidade é a principal referência em informações de campo. Nosso foco é responder a questões práticas que surgem no dia a dia da produção, e esse processo fortalece ainda mais as parcerias. De forma semelhante ao que acontece no Brasil, o financiamento dessas pesquisas vem dos próprios produtores. São eles que decidem como os recursos serão aplicados”, destacou Carlos.


O diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol ressalta que em Mato Grosso também existem iniciativas estruturadas para aproximar a pesquisa da realidade do produtor. Um exemplo é o trabalho desenvolvido pelos dois centros de pesquisa da entidade, o Ctecno Parecis e o Ctecno Araguaia. Criados e mantidos com recursos dos próprios associados, esses centros atuam em experimentos de campo, validando tecnologias e práticas de manejo que atendam às necessidades específicas das regiões produtoras do estado.


“Nós, na Aprosoja MT, mantemos dois centros de pesquisa que são referência para os nossos mais de 9 mil associados. Buscamos sempre gerar informações para que o produtor trabalhe melhor com soja e milho. Por isso, foi muito interessante também conhecer a Universidade de Dakota do Norte e ver como eles têm um sistema estruturado de pesquisas voltado para o campo”, disse Bertuol.


O professor Leandro Bortolon informou ainda que Dakota do Norte tem uma grande variação de ambientes produtivos e que o clima impõe desafios específicos.


“A Dakota do Norte, como um todo, apresenta bastante variação nos ambientes de produção. Se formos listar as principais dificuldades que enfrentamos, a primeira sempre será a chuva. Ela pode ser limitante no momento de definir o plantio, já que temos uma janela muito curta e precisamos otimizar ao máximo esse período. Além disso, enfrentamos um problema crônico no estado inteiro que é a salinidade do solo. Buscamos constantemente opções para orientar os produtores sobre como lidar com essa condição e otimizar o uso da terra. Mas, comparando a safra passada com a atual, este ano, no início do plantio da soja, tivemos um pouco de falta de água. Porém, como sabemos, a soja não demanda muito nesse estágio inicial. Aqui, costumamos dizer que a produção depende das chuvas entre agosto e setembro. E, felizmente, elas têm ocorrido de forma satisfatória. O resultado é uma soja com porte bonito, bem engalhada e com bom número de nós e vagens. Por isso, acredito que este ano teremos uma safra acima da média em todo o estado”, pontuou Leandro.


No período da tarde, a equipe da Aprosoja MT visitou a propriedade do Dallas Loff, produtor em Wahpeton, acompanhada pela Associação dos Produtores de Soja de Dakota do Norte. No campo, foi possível observar o desenvolvimento da soja e do milho. Bertuol também observou que, diferente de estados como Iowa e Illinois, a produtividade média de soja em Dakota do Norte gira em torno de 40 sacas por hectare, com a oleaginosa sendo usada muitas vezes como alternativa de rotação de culturas, junto ao milho, canola e beterraba.


“Planto soja, milho e beterraba açucareira, e este ano tivemos uma safra bastante produtiva nas três culturas. No milho, devemos alcançar resultados semelhantes aos do ano passado, em torno de 210 sacas por hectare. Já para a soja, não esperamos números tão altos quanto no ciclo anterior, projetando uma queda de cerca de 10%. Ainda assim, mesmo com essa redução, que é mais difícil de estimar antes da colheita, a produtividade deve continuar acima da média da região”, afirmou o produtor Dallas Loff.


A série América Clima e Mercado segue nesta quarta-feira (13.08) para Dakota do Sul, onde a equipe continuará o monitoramento de lavouras e as análises de produtividade.

Fernanda Trindade

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Aprosoja MT inicia 4ª temporada da série “América, Clima e Mercado” nos Estados Unidos; VEJA VÍDEO
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Fernanda Trindade

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MATO GROSSO - A 4ª temporada da série “América, Clima e Mercado”, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), começou na segunda-feira (11.08). Em Nevada, no estado de Iowa, a equipe técnica acompanhada pelo diretor administrativo da entidade, Diego Bertuol visitou a Longview Group, propriedade de 5 mil hectares comandada pelo CEO Scott Henry e seu irmão. A safra de 25/26 na região apresenta perdas e margens de produtividade reduzidas.


De acordo com Scott, o mês de julho registrou a maior precipitação da história na região, o que trouxe consequências diretas à produtividade. A soja deve ter redução entre 15% e 20% devido à incidência de doenças como mofo branco, ferrugem e nematoide cisto, enquanto o milho apresenta quebra estimada de 5%. Apesar do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos da América (USDA) projetar safra recorde, a expectativa local é de números menores.


Dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indicam que a produtividade média da soja no Brasil, na safra 24/25, foi de 59,3 sacas por hectare. Nos Estados Unidos, o USDA projeta para a safra 25/26 uma média de 58,5 sacas por hectare. Ao comparar os principais estados produtores de cada país, observa-se que Mato Grosso, líder nacional, registrou média de 66,1 sacas por hectare em uma área total de 12,7 milhões de hectares. Já Iowa, maior produtor norte-americano, estima 70 sacas por hectare em uma área de 3,8 milhões de hectares.


“A safra de soja do ano passado foi recorde. Neste ano, a expectativa é de uma produção de 15% a 20% abaixo desse resultado, o que contrasta com as projeções feitas há dois meses, quando se esperava números mais altos. Este ano foi marcado por desafios na região, com alta umidade e excesso de chuvas na região central de Iowa, o que aumentou a incidência de doenças e pragas. Na soja, houve impacto significativo na produtividade, com ocorrência de morte súbita, mofo branco, pulgões, ferrugem e outras pragas. No milho, o desempenho foi melhor diante das condições climáticas, mas ainda houve registro de perdas em áreas de cultivo contínuo, além de infestação por caruru e outras plantas invasoras de difícil controle”, disse Scott.


A Longview Group mantém integração entre agricultura e pecuária, além de atuar na produção de sementes e grãos. A estrutura societária é dividida entre os pais e os irmãos. De acordo com Scott, para herdar participação na propriedade, é necessário ter experiência prévia fora da fazenda e, ao retornar, trabalhar diretamente na produção.


A logística da empresa inclui o envio de grãos para fábricas de etanol localizadas próximas à propriedade e o abastecimento de plantas de processamento de alimentos, como a Hellmann’s e a cidade de Des Moines. A proximidade com a ferrovia permite ampliar o alcance dos embarques.


O dia ainda foi marcado pelo monitoramento das lavouras de milho na região do extremo norte de Iowa. De acordo com o diretor administrativo da Aprosoja MT, Diego Bertuol, a observação dessas áreas é fundamental para compreender as diferenças de manejo e desempenho dentro do próprio estado.


“No extremo norte de Iowa, foi encontrada uma lavoura de milho em estágio mais avançado, cultivada em um solo com melhor drenagem, diferente das áreas visitadas pela manhã. O grande diferencial do estado é a qualidade do solo, rico em matéria orgânica e bem estruturado, o que oferece segurança para que os produtores realizem investimentos, especialmente em nitrogênio. Nessa lavoura, a sanidade foliar é mantida com apenas uma aplicação de fungicida e duas de inseticida, resultando em produtividades acima de 200 sacas por hectare”, destacou Bertuol.


A série segue agora percorrendo os principais estados produtores dos Estados Unidos, com o objetivo de monitorar as lavouras e apresentar, de forma técnica e detalhada, a realidade da produção de grãos norte-americana. A próxima parada será em Fargo, no estado de Dakota do Norte. A programação continua até o dia 21 de agosto, com vídeos diários publicados nas redes sociais da Aprosoja MT.

Fernanda Trindade

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