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Promotores criticam Estado e sugerem ações para a segurança pública

  

ÁGUA BOA – A promotora de justiça criminal falou que um crime começa a ser desvendado pela formatação correta de um inquérito policial. Clarissa Cubis de Lima Canan disse que o promotor analisa o inquérito e representa contra o suspeito mediante as provas dos autos. Isso exige um melhor trabalho de investigação com excelentes provas. A promotora reconheceu que hoje, o estado não aparelha adequadamente a polícia civil para que produza as provas técnicas necessárias.

Segundo Clarissa, é preciso pressionar o estado para que aumente o quadro de servidores da polícia. Relatou que alguns presos dizem que foram torturados na polícia para confessar crimes que não cometeram. Para ela, esse argumento cairia por terra se a polícia tivesse aparelhagem de vídeo para gravar todos os depoimentos na delegacia. A promotora sugeriu que os comerciantes comprem esse equipamento, repassando para a polícia. Ela reconheceu que os crimes aumentaram nesse ano e que quando os reeducandos são liberados, ela entra com recurso no Tribunal em Cuiabá, uma decisão que pode levar até um ano. Criticou a falta de penitenciária agrícola ou industrial para que o reeducando cumpra penas no regime semiaberto, observando a falta de vagas como um dos motivos para que o preso seja liberado. A promotora discordou que os crimes vem por causa da pobreza, ressaltando que a renda do brasileiro melhorou, mas afirmou que a desestruturação familiar colabora com o aumento do crime. Criticou o estado que é incapaz de emitir laudo pericial de drogas, prova fundamental para manter um acusado preso. Essa prova deve ser produzida pela Politec de Cuiabá, que demora uma eternidade para enviar o laudo.

Já o promotor da área cível, sugeriu que a população participe ativamente do Conselho de Segurança da Comunidade, órgão que pode pleitear as melhorias necessárias neste setor. Francisco Gomes de Souza Júnior sugeriu a criação de um Fundo Municipal para programas sociais destinados a jovens, para o qual empresários possam doar recursos abatidos do Imposto de Renda. Este fundo, explicou ele, servirá para o município investir em melhorias sociais à população.

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