Dia Mundial do Diabetes em 14/11

O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a complicações no coração, nos rins, nos nervos e olhos, tendo relação direta com a catarata e possível cegueira.
Apesar de ser um problema de saúde com alta incidência, atingindo quase 17 milhões de brasileiros adultos, o diabetes ainda gera muitas dúvidas e receios em grande parte da população.
Para se ter ideia, uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, em 2018, apontou que somente 15% dos entrevistados citaram espontaneamente a doença quando perguntados o nome que corresponde ao aumento do nível de açúcar no sangue.
Estimativas indicam que entre 30% e 35% das pessoas não sabe que têm diabetes, ou seja, um terço da população diabética ainda não foi diagnosticada e, portanto, não se cuida e não faz o controle da glicemia.
No HCor, atualmente, dois grandes são conduzidos a fim de beneficiar pacientes com diagnóstico de diabetes. O primeiro, NUGLIC, busca avaliar a efetividade de uma estratégia nutricional e contribuir com o desenvolvimento de material e outras táticas para melhorar o monitoramento da glicemia em pacientes diabéticos.
Já o segundo, ENDOCRINE, visa determinar um marcador de risco que possa ser usado de forma isolada ou combinado às características clínicas dos pacientes, auxiliando no diagnóstico precoce das complicações do diabetes numa abordagem de atenção primária em locais com poucos recursos e na implementação de novas intervenções terapêuticas neste grupo de pacientes. (Ascom HCor)
25% dos diabéticos sofrem com feridas nos pés e amputações
O “pé diabético” é uma das principais complicações causadas pelo diabetes não controlado, sendo responsável pela maioria das amputações em pacientes com a doença. Nesses casos, alterações nos pés e nas pernas podem acarretar em feridas de difícil cicatrização, que se não tratadas corretamente podem evoluir ao ponto de causar a perda do membro.
Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Ministério da Saúde em parceria com o IBGE, 9 milhões de brasileiros estão com diabetes, o correspondente a mais de 6% da população, e cerca de 25% deles vão desenvolver pelo menos uma úlcera do pé durante a vida.
Apesar de ser uma doença perigosa, muitos pacientes não mantêm o diabetes sob controle ou sequer sabem que têm a enfermidade. Quando mal controlado, o diabetes pode causar deformidades ósseas e alterações anatômicas nos pés e pernas, aumentando os pontos de pressão ao caminhar e causando calosidades que podem vir a se tornar feridas. Além disso, o diabético pode sofrer diminuição do estímulo das glândulas sudoríparas ou sebáceas, o que favorece o ressecamento da pele e pode causar rachaduras. Problemas circulatórios também podem ocasionar lesões de pele devido à morte celular.
Outra consequência importante é a chamada “neuropatia sensitiva”, que faz a pessoa perder a sensibilidade do pé, a percepção de onde está pisando ou mesmo de um machucado. Em muitos casos, o diabético machuca o pé e não sente dor. Se não houverem cuidados diários, a lesão pode não ser percebida, evoluindo rapidamente para o estágio crônico e se tornando porta de entrada para infecções e contaminações.
É dentro desses variados cenários que surge o "pé diabético" e o risco de amputação. “Costuma-se dizer, na literatura, que quando a pessoa completa 10 anos do diagnóstico do diabetes é preciso ficar atenta e passar por um controle mais rígido e constante. O paciente pode apresentar sintomas como dores, agulhadas, alterações no formato do pé, dedos em garra, ressecamento da pele e perda de sensibilidade. Todos esses sintomas merecem atenção”, conta Antônio Rangel, enfermeiro estomaterapeuta e consultor da Vuelo Pharma, indústria farmacêutica que desenvolve produtos altamente tecnológicos, entre eles a Membracel, um curativo especial que acelera a cicatrização da pele.
Segundo o especialista, é importante que o diabético tenha o hábito de cuidar dos pés, verificar as unhas e hidratar a pele, além de usar apenas de meias de algodão e sapatos confortáveis, com solado rígido e material de boa qualidade, para proteger o pé. Se a pessoa já tem as alterações, precisa de um sapato especial que tem uma estrutura especial para o pé diabético.
“O pé diabético é perigoso e pode atingir pacientes de qualquer idade. É pouco comum que ocorra na mesma gravidade nos dois pés, mas pode, sim, atingir os dois membros. Também pode haver manifestações nas mãos, mas é raro”, explica o especialista. O tratamento do pé diabético é complexo e o acompanhamento médico é necessário. Infelizmente, os casos de amputações são comuns, mas os pacientes já encontram no mercado produtos que ajudam na prevenção.
“A Membracel é um curativo à base de celulose, que trata as lesões promovendo uma melhor cicatrização e diminuindo os riscos de infecções. O processo de cicatrização em diabéticos é mais lento e complicado. Esse curativo otimiza a regeneração da pele e ajuda na cicatrização da lesão”, conta Rangel. Para o especialista, o melhor tratamento é o acompanhamento mensal do paciente, com visitas frequentes a um especialista, além do monitoramento diário realizado pelo próprio paciente ou por um familiar. “O diabético precisa olhar o próprio pé todos os dias. Qualquer lesão ou alteração, por menor que seja, deve ser comunicada ao médico ou enfermeiro o mais breve possível”, finaliza. (Ascom)

 

 

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